
A posição eminente do psiquiatra Miguel Bombarda no martirológio republicano pode avaliar-se contando o número de placas toponímicas dedicadas a ele por todos os cantos do país. Tal como os arqueólogos deduziram, pelo abundante número de lápides a ele consagradas, que o deus Endovélico era uma das maiores figuras da religião dos lusitanos, também o investigador desse mundo obscuro que é o republicanismo português, avaliará a suma importância deste grande mártir republicano, se viajar de Norte a Sul de Portugal ou de Leste a Oeste, embrenhando-se no interior do país profundo ou deixando-se ficar pela frescura do litoral. Por toda a parte encontrará o nome do ilustre psiquiatra oferecido à veneração pública, nesses autênticos altares do laicismo republicano que são as placas toponímicas. Nas cidades e vilas da república portuguesa não faltam as avenidas, ruas, travessas, praças e pracetas, os largos e os becos com o nome de Miguel Bombarda. Qualquer estrangeiro que viaje pelo país dando atenção às ruas por onde passa, convencer-se-á de que este nome é o de uma das maiores personagens da nossa história. Leia na integra aqui »»»»
Por acaso, nasci no Hospital Miguel Bombarda, em Lourenço Marques. Hoje lá terá outro nome.
ResponderEliminarE adivinhem quem assistiu ao parto? O Dr. Pais, filho do Sidónio...
Essa é boa. Neste caso o prejuízo da mudança de nome é pouco. Qualquer Sambalelé lhe faz bem as vezes.
ResponderEliminarSe Bombarda e o Alm. Reis têm, em Lisboa, direito a umas avenidas daquele tamanho, qual a dimensão que, para a República, não mereceriam os topónimos Machado dos Santos ou Carlos da Maia?
ResponderEliminarA República não faz avenidas monumentais com estes nomes dos seus pais - porque é parricida. Matou-os em 19 de Outubro de 1921. E não castigou os autores materiais do crime.
Pena que o homem de ciência tenha ficado esquecido. Miguel Bombarda é juntamente com Júlio de Matos o fundador da psiquiatria portuguesa moderna. Por esse facto é merecedor do nosso crédito e respeito.
ResponderEliminarO artigo é interessante pelo desenterrar de inventonas passadas. Sempre tinha lido que Bombarda foi morto por um dos seus doentes (esquizofrénico) pelo que o aproveitamento politico da sua morte parece ter sido efectivamente coisa do passado (ainda bem).
A história passada faz parte do nosso património. Seria agora tão estúpido mudar o nome às ruas Miguel Bombarda, como foi no passado mudar o nome da avenida D. Carlos I (entre outras). Um erro a não repetir.
Sr. Jerónimo Eleutério:
ResponderEliminarNão sendo eu o «postador», sempre lhe digo que não se discute os méritos ciêntificos de M. Bombarda.
Mas não é por aí; senão Júlio de Matos ou Magalhães Lemos eram mtopónimos igualmente de amplas artérias.
Por isso, de acordo consigo, quando sustenta a desnecessidade de mudar o nome das ruas, independentemente das circunstâncias políticas.
O que está em causa é o icone político que nunca existiu: o cientista Bombarda que, por acaso (e no seu pleno direito) era republicano. O que está em causa é o acentuar da sua opção política que, por motivos de oportunidade e iniciativa do regime vigente, faz esquecer o homem de Ciência em favor do seu credo político, em que sobressaiu muito menos.
Sr. Jerónimo Eleutério:
ResponderEliminarNão sendo eu o «postador», sempre lhe digo que não se discute os méritos ciêntificos de M. Bombarda.
Mas não é por aí; senão Júlio de Matos ou Magalhães Lemos eram mtopónimos igualmente de amplas artérias.
Por isso, de acordo consigo, quando sustenta a desnecessidade de mudar o nome das ruas, independentemente das circunstâncias políticas.
O que está em causa é o icone político que nunca existiu: o cientista Bombarda que, por acaso (e no seu pleno direito) era republicano. O que está em causa é o acentuar da sua opção política que, por motivos de oportunidade e iniciativa do regime vigente, faz esquecer o homem de Ciência em favor do seu credo político, em que sobressaiu muito menos.