quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Sim, porque a Honra conta


Sobre o caso "watergate" português, só há duas opções: ou o presidente da república acha mesmo que Belém está sob escuta e toma as medidas que se exigem — faz queixa à procuradoria geral da república ou demite imediatamente o primeiro ministro — ou desmente categoricamente a insinuação — e demite o assessor que falou com o Público. O que não faz sentido é inverter-se o ónus da prova e achar que quem deve explicações ao país é o primeiro ministro e o PS. O silêncio irresponsável da presidência é inaceitável — e não é de todo compatível com o seu papel de garante do regular funcionamento das instituições democráticas. Num país a sério veríamos um batalhão de jornalistas acampado à porta do presidente a exigir que ele se fizesse uma declaração. Mas, infelizmente, Portugal não é um país a sério.

Como eu já havia opinado atrás, não dar relevância a certas "coisas" só porque se acham irrelevantes pode ser: relevante.

1 comentário:

  1. Não sei qual a admiração: a presidência serve o seu partido. Soares e Sampaio serviram o PS, Cavaco serve o PSD. Nada de errado. É a república.

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