sexta-feira, 9 de abril de 2010

Eleições presidenciais

O texto transcrito de seguida é da autoria de Ramos de Almeida.
Datado de quando? A propósito de quem?
Responda quem souber...
«A eleição presidencial de... vem demonstrar o divórcio entre os dirigentes do maior partido da República e as suas próprias comissões populares. Enquanto estas, tal como em ..., apoiam a candidatura de ..., aqueles combatem-na, adiando a solução do problema político, cuja acuidade se tornara premente. Batido pelo candidato oficial do partido democrático, ... traça o quadro da decadência do regime, certo de que "por estar decidido a fazer uma política nacional, com continuidade e energia, não fora eleito".
Realmente assim sucedeu. Os leaders do Partido preferiram um literato e um diplomata - de valor, é certo - que pouco ou nada conhecia dos meandros da política e das reivindicações concretas do Povo, ao político experimentado e lúcido, que conhecia como nenhum outro a política nacional, como nenhum outro penetrara pelo pensamento e pela acção no sentir do Povo, através do conhecimento mais perfeito das suas necessidades e das suas causas».
Dão-se pistas acerca das entidades em causa:
a) - Mário Soares.
b) - Aníbal Cavaco Silva.
c) - Freitas do Amaral.
d) - Afonso Costa.
e) - Otelo Saraiva de Carvalho.
f) - Bernardino Machado.
g) - Meneses Alves.
h) - Teixeira Gomes.
i) - Francisco Louçã.
j) - Craveiro Lopes.

19 comentários:

  1. João Afonso,

    Esqueceu-se de uma alínea:


    l)Pergunto ao vento que passa
    notícias do meu país
    e o vento cala a desgraça
    e o vento nada me diz.

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  2. Filipa:
    Só para aumentar a confusão, e mantendo o estilo épico, aí vai a quintilha:

    Portugueses seculares,
    Nosso povo vitorioso,
    Império dos mares,
    Um futuro radioso
    Só com o velhos Soares.

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  3. Craveiro Lopes ou Teixeira de Sousa?

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  4. Caro Francisco:
    Craveiro, político experimentado - não. Literato - também não.
    Teixeira de Sousa, literato não. Experimentado - também não.

    Faça lá mais uma tentativa...

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  5. Se me permitem seguir o raciocínio de Filipa Jardim:

    "Pergunto à gente que passa
    Por que vai de olhos no chão
    Silêncio é tudo o que tem
    Quem vive na servidão"


    Estudou Medicina, mas desistiu do curso.
    Diplomata..
    Escritor...

    Partido Democrático.

    Teixeira Gomes

    Decadente! Decadente!
    Mas nunca mais cai!

    Maria da Fonte

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  6. Se me permitem seguir o raciocínio de Filipa Jardim:

    "Pergunto à gente que passa
    Por que vai de olhos no chão
    Silêncio é tudo o que tem
    Quem vive na servidão"


    Estudou Medicina, mas desistiu do curso.
    Diplomata..
    Escritor...

    Partido Democrático.

    Teixeira Gomes

    Decadente! Decadente!
    Mas nunca mais cai!

    Maria da Fonte

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  7. Viva Maria da Fonte:
    quer-me parecer que a coisa esteve mais complicada: as comissões populares queriam, senão o Otelo, pelo menos o Louçâ. Do lado da Cultura surge o Alegre. Mas depois ganhou o candidato do maior partido: terá sido o Cavaco ou o Soares? Não faltará aqui o Sampaio?
    É que em 100 anos eles foram às dúzias...

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  8. Isto cheira-me a conspirata do Meneses Alves.

    M. Figueira

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  9. Não pode ser o soares, não é o fretias, só pode ser o bernardino, mas esse até era experiente, em bandear-se de lado!!!

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  10. Cara Maria da Fonte,

    Pode, como sempre, seguir o meu racíocinio.
    É um gosto reencontrá-la por aqui. Já são uns meses largos de lides, (com roupagens mais cénicas é certo :)).
    Quanto às estrofes, não nos falte inspiração...

    Entre o passeio da estrela,
    à sombra do junqueiro
    Literatuta quanto baste
    e decretos?
    Começou em Maio,
    não chegou a Janeiro.



    Cumprimentos,




    Filipa V. Jardim

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  11. Caro Francisco:
    Porque não o Freitas? Foi MNE e até escreveu uma peça de teatro e a biografia de D. Afonso Henriques.
    Foi derrotado nas Presidênciais pelo Soares e fez-se ao piso a uma outra eleição, mas foi preterido pelo PS, a quem se estava a chegar claramente.

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  12. Ora porque o Freitas é uma político experiente, é o mais próximo do bernardino dos dias de hoje...
    Continuo a achar que é o Teixeira Gomes...
    Já agora, segundo a outra organização do centenário e a INCM, qualquer dia vamos comemorar apenas os 35 anos da república, ou quem sabe o 28 (desde 82)... http://www.centenariorepublica.pt/conteudo/exposicaoresistencia e http://www.incm.pt/site/loja?type=produto_detalhe&codigo=101890

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  13. Caro Francisco: uma verdadeira vergonha!
    Já mandei um mail para o outro Centenário:


    Bom dia!

    Gostaria de aqui deixar o meu protesto pelo V/ blog fechado e inacessivel ao público em geral.
    Quanto ao esquecimento da II República, deixo aqui duas questões que gostaria fosse divulgadas e respondidas:
    a) - Se os 48 anos de Ditadura não se incluem na República, como comemora esta 100anos?
    b) - O Gen. Humberto Delgado, foi ou não candidato à Presidência da República) Antes de 1926? Depois de 1974?...

    Agradeço antecipadamente a V/ resposta que decerto contribuirá para o apuramento da verdade histórica.

    Com os melhores cumprimentos

    João Afonso Machado


    VAMOS LÁ VER SE ELES RESPONDEM.

    Quanto às suas conjecturas sobre os mencionados no texto, a coisa está a tomar forma...

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  14. Acho que acertei! Deve ser a Arlete Vieira (?) que foi candidata a Belém pelo POUS (?)....

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  15. Cara amiga Filipa, com a pista que deu pode ser o Teófilo Braga, o Mendes Cabeçadas, o Spínola,

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  16. Caro Nuno: a patriota do POUS era (é?) a Carmelinda Pereira. A inseparável do aires Rodrigues.

    Caro Francisco:o texto de Ramos de Almeida foi lido numa evocação do Bernardino em 1951. E orador lamentava a preferência do Partido por Teixeira Gomes, literato, em detrimento do experimentado Bernardino.
    Não sei o que o Alegre dirá disto e eu próprio já não sei em quem confiar e em quem votar: no nosso bardo ou em alguém mais especializado em números...

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  17. Só podia, mas olhe tudo depende da lei do casamento homossexual... provavelmente o meu voto vai dizer "S.A.R. El-rei D. Duarte II"
    Tenho um antigo secretário de junta e companheiro de partido, que faz sempre isso nas presidenciais.

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  18. Caro Franciasco RB,

    Por acaso estava a pensar, concretamente, no Teófilo Braga.

    De todos eles, um merece-me uma especial atenção, por o considerar uma boa pessoa, assim como a descendênca que tenho o gosto de conhecer: Manuel de Arriaga.
    Recordo aqui o seu filho, um contador de histórias, com os bolsos cheios de rebuçados, que fazia as delícias da miudagem, nos dias de nevoeiro, na praia.

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  19. Filipa:
    Arriaga, bom homem, era um desiludido com a República. Em 1915na carta que escreveu ao Gen. Pimenta de Castro, pedindo-lhe para formar governo, referia a «amaldiçoada barafunda em que as paixões sectaristas e a intolerância dos velhos costumes tem envolvido esta nossa querida Pátria». Após o derrube do Governo de P. Castro, também ele resignou ao cargo de PR.

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