domingo, 23 de setembro de 2012

Os responsáveis

No Conselho de Estado da passada sexta-feira, estiveram presentes todos os principais responsáveis pela situação a que o país chegou. Muito justamente presidido pelo Sr. Cavaco Silva - o conhecido avô da matrona despesa - não deixaram de marcar presença o confortavelmente indignado sr. M. Soares e o paridor de golpes de Estado constitucionais, o sr. Sampaio. A lista é longa, surgindo à cabeça os chefes regionais e o inevitável tagarela do esquema vigente, o sr. Rebelo de Sousa, prazenteiro gestor de uma Fundação que consiste em propriedade roubada pela República. Não faltou também, a conhecida gente do submundo dos negócios e da informação a soldo. O rol não podia ficar completo se não incluíssemos os amigos de confiança de outras eras, outrora douradas por milhões que deram sumiço. É esta a gente que agora muito aflita, pretende salvar Portugal.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Senhor Presidente, a nossa sugestão

Diz-se que o ainda Chefe do Estado, anda numa fona à cata de um nome para encabeçar um futuro governo de "Salvação Nacional", ou mais propriamente dizendo, de resgate do regime de carteiras fanadas. Os monárquicos, gente de inteira boa-fé, desde já se disponibilizam para a apresentação de exemplos históricos, apresentando os nomes de personalidades que tão bem souberam desempenhar o seu dever e manter íntegra, a lealdade à Bandeira. Assim sendo, torna-se muito mais fácil a urgente escolha de um nome capaz das mais entusiásticas adesões e radioso porvir. Aqui deixamos o primeiro alvitre: o Almirante Ferreira do Amaral.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O semi-chefe-de-estado

Nunca como nesta amarga hora que o País vive foi tão evidente a patética posição em que se vê colocado o nosso semi-presidente, uma instituição definitivamente equivoca e inútil. 
Qual o papel de Cavaco Silva? Ouvir o povo? Estar Calado? Fazer consultoria financeira ao governo Passos Coelho? Provocar uma crise política? 
Sabemos bem que se no seu lugar lá estivesse o Jorge Sampaio, umas lágrimas canhotas solenemente derramadas nas televisões acalmariam os agentes políticos e comentadores regimentais pelo menos até ao Natal.

Canalha

De canalhização em canalhização, os activistas "anti-austeridade" dão largas ao entusiasmo. Em todas as "manifestações" contra membros do governo lá estão dezenas de sindicalistas, de esquerda. Empurram, fazem moche, riem, insultam, atiram ovos, atiram-se para cima de carros, apelam à violência. Bem sabemos como a canalha há 102 anos se aproveitou da instabilidade política para fazer o terrorismo de rua e tomar de assalto o poder. Um país que não sabe respeitar as hierarquias, dispostas com legitimidade, não sabe distinguir os caminhos da cidadania e civilidade, não reconhece o diálogo nem a construção do bem comum. Se é legitimo agredir e insultar um governante por impôr medidas contrárias à disposição dos cidadãos, ou lesivas do bem pátrio, então porque é que o sr. Soares & Comp.ª dos últimos 38 anos ainda não levaram um enxerto?
 

domingo, 9 de setembro de 2012

A I República...


A I República nasceu de uma revolução, não de um pronunciamento militar como o "25 de Abril". Ou seja, nasceu da violência e dali em diante viveu da violência. Essa violência, como costuma suceder desde 1789, tomou a forma de um terrorismo de massa. Até 1917, e com mais brandura, até 1926, grupos republicanos (ligados directamente ou indirectamente ao partido), à mistura com algumas centenas de adeptos da anarquia e da bomba: mataram, prenderam, torturaram, degredaram, espiaram e ameaçaram o cidadão comum. Milhares de inocentes por discordância ou inadvertência lhes caíram nas mãos. Mas sobretudo a I República, imitando como sempre o radicalismo francês do petit père Combes, perseguiu a Igreja com uma vulgaridade sórdida e brutal.

Vasco Pulido Valente no Público