domingo, 29 de maio de 2011

Alternativas

E o circo vai entretendo o país. Na rádio apanho com a campanha eleitoral dos partidos. Tudo na descasca. Aqui e ali uma ideia precisa, sobre o ideal do partido. Só do PPM e do MPT ouvi algumas propostas díspares, no sintágma, todas as outras me pareceram ir ao encontro do confronto com as ideias do partido governante que é o mesmo que dizer são páginas da mesma resma. Nas televisões não sei porque ou mudo de canal ou porque as horas a que vejo televisão não são as das refeições e por isso não sou um espectador de enfardar. Mas por muito pouco que evite, os jornais on-line, mesmo sem o ruído das audíveis mentiras, trazem-me novas preocupantes. A geração de Abril que pôs os putos à rasca, primos da geração rasca, prepara-se para nos presentear com mais da mesma solução socialista-social democrata, essa, a que minou e preparou o terreno para que só os seus pudessem percorrer a estrada no "conforto" da mama da mamã República. Já aqui tenho escrito, com muita incidência, que o país está defunto porque está partidarizado em todas a suas hierarquias. A solução passa por desburocratizar o Estado, dar-lhe independência, que é o mesmo que dizer carácter, e, continuando, limpar (até pode ser na forma democrática, através do "voto") os partidos com responsabilidades na espelunca moral e financeira em que nos encontramos. Ora isto passa pela queda do regime republicano e pela refundação de uma nova ideia de Parlamento; nova, pelos novos actores. Se o povo quisesse, isto podia ser feito sem delongas, sem tiros, sem demoras, mas com muito cuspe na cara, no cara a cara, na discussão que parte mas que contrói, que dói mas que sossega, que liberta. O que vejo? O seguidismo do povo, o não querer assumir o falhanço das escolhas pessoais, o não querer assumir que a coisa é má, o preferir dizer que não há alternativa quando isso a mais pura das falácias. Há. Em cada um de nós. A nossa escolha é uma alternativa. Pena que a "alternativa" dos que dizem não haver outra seja a manutenção dos políticos (e das politicas) que não nos dão qualquer alternativa que não seja penar. E no dia a seguir às eleições lá vem o povo que votou no mesmo continuar a falar mal e assim tentar limpar a consciência; se é que se possa chamar "consciência"... antes massa turva.

sábado, 28 de maio de 2011

A 28 de Maio


«Portugueses:

Para homens de dignidade e de honra, a situação política do País é inadmissível.

Vergado sob a acção de uma minoria devassa e tirânica, a Nação, envergonhada, sente-se morrer.

Eu, por mim, revolto-me abertamente.

E os homens de valor, de coragem e de dignidade que venham ter comigo, com as armas nas mãos, se quiserem comigo vencer ou morrer.

Às armas, Portugal!

Portugal, às armas, pela Liberdade e pela Honra de Portugal.

Às armas, Portugal!».

Esta não é uma proclamação recente, da autoria de um Otelo ou de umas Brigadas Revolucionárias quaisquer. Data de 1926 e o seu teor expressa bem a coboiada que foi a I República. Com ela o Marechal Gomes da Costa deu início à chamada Revolução Nacional, com princípio em Braga - que delirantemente a aplaudiu, como o Porto também e o resto do País, cansado de golpes, contra-golpes, politiquices, corrupção e fome.

E a Revolução atravessou pacíficamente Portugal e foi instalar-se em Lisboa, onde se demorou 48 anos. Tantos quantos viveu a II República. A mais longeva filha da República-mãe.

O preço da extinção da "ditadura das ruas" foi elevado. A II República surgiu muito autocrática, impondo o silêncio a toda a gente. Refinou a actuação da polícia política, perseguiu, prendeu, torturou. Actualmente, é de tal modo execrada que os próprios republicanos a renegam. Esquecendo que, na tirada final dos seus dias, os propósitos liberalizantes de alguns foram aparados cerces pela facção mais ortodoxa, encabeçada pelo Presidente Almirante Américo Tomaz.

O que será a IV República ainda não sabemos. Sabemos apenas que os mais entusiastas da actual, a III, gastaram 10 milhões de euros a comemorar o fim da Monarquia.

Quando o País, de Norte a Sul, já era, como é, literalmente, uma casa de penhores!



terça-feira, 24 de maio de 2011

A culpa é do capitalismo?

Nesta sociedade Portuguesa de mediocridade queixosa, o que é o Capitalismo? Nesta sociedade onde, desde o varredor ao torneiro mecânico, do barbeiro ao oficial de seguros, do professor da universidade ao professor do magistério primário, do balconista ao delegado de propaganda médica, do "gestor", médio, baixo, uper, do fotógrafo ao sindicalista, do escritor ao paineleiro/comentarista, do arquitecto ao filósofo, todos, do isto ao aqueloutro todos têm as suas dívidas e créditos ao banco, se todos compram e vendem, se todos gastam com recurso aos cartões de crédito, se todos têm cartões a prazo, coloridos ou prateados, se os partidos pagam a 200, e tal dias, lá por baixo da mesa, o que é o capitalismo? Basta de falácias e desculpas para o abastardamento e o fracasso do regime, desta abastardada República!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Má Despesa Pública – Palácio de Belém mais caro que Buckingham

O leitor do DN João Gaivão fez as contas. “Referia o DN de sábado que a Presidência da República emprega agora 500 pessoas. Numa recente publicação, é referido que o Palácio de Buckingham emprega 300. Será que Cavaco e a sua Maria necessitam de mais cuidados que a Rainha e o seu consorte? Ou será antes a eterna questão de os serviços públicos em Portugal empregarem muito mais gente do aquela que realmente necessitam, pagos por todos nós? No mesmo trabalho de investigação, referia-se que o orçamento da Casa Real britânica era de 46,6 milhões de euros e o da casa republicana de Portugal era de 16 milhões. Aparentemente, a monarquia é mais dispendiosa. Errado. Se dividirmos 46,6 milhões por cerca de 50 milhões de ingleses, dá bastante menos (0,93 euro) que 16 milhões por dez milhões de portugueses (1,6euro).” (Fonte: Diário de Notícias)

Fonte AQUI

sábado, 21 de maio de 2011

Braga gostou da ideia


Em Braga, esta manhã, no Arco da Porta Nova. A bandeira monárquica é hasteada no topo do monumento. As pessoas vão chegando, os transeuntes param, puxam do telemóvel e fotografam. Um dirigente local do PPM dá uma entrevista a um canal televisivo. São atenciosíssimos, os dois agentes da PSP presentes. E porque não haviam de ser?, nota alguém, de olhos postos nas cores da sua viatura. O tempo vai troteando, amenamente, animadamente, num sorriso que abarca toda a vizinhança.


Depois foi o passeio pela pedonal Rua D. Diogo de Sousa, ainda com vestígios dos festejos pela proeza futebolistica dos bracarenses. Os comerciantes vêm à porta, incentivam, por alma de quem não há a bandeira de estar ali? Antes estes do que os que lá estão, a roubar-nos...


- Perdão, minha senhora: nós é que não estamos aqui à cata de votos...


E foi assim até à Lusitana, no centro, para um café e mais um bocado de conversa. Enquanto Braga prosseguia o seu matinal sábado. Sem medo nem histerias. Sempre com palavras de simpatia pela Bandeira Nacional.

Chegámos a isto...



Vejamos.
Três Partidos que sabem ser imperioso entenderem-se, nem que seja para a partilha de despojos ou sinecuras. Sem juízo, persistem em erros e dislates velhos de décadas.
Dois Partidos que degustam a crise, delirando com a hipótese de um futuro ataque a um Palácio, num país onde o inverno nem sequer pode ser considerado Inverno.
Um Presidente sufragado por uma côdea eleitoral e que pertencendo a um dos Partidos, é o verdadeiro líder-sombra em oposição à chefia democraticamente eleita em Congresso e que nestas semanas de vésperas, desespera nas tentativas de desestabilização. Desestabilização do seu Partido, desestabilização de uma provável e bem possível maioria, pois resta-lhe a vanglória de dividir para mandar. Mandar o quê, mandar em quem e para quê? Há quem queira investir num "empate técnico", bem capaz de por si só, fazer embalar orgulhosos egoísmos sem sentido.

Chegou a isto, a República Portuguesa.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Uma triste sina, ou um pesadelo mesmo...

Ontem no meio de já tantas preocupações que assaltam o meu quotidiano, em conversa com amigos acometeu-me um sobressalto, ao equacionar os futuros “presidenciáveis” com que inevitavelmente seremos brindados para o futuro pós Cavaco. Como se já não bastasse o vexatório histórico de chefes de Estado nos últimos 100 anos, daqui a pouco mais de quatro, estaremos sujeitos a ver sentados em Belém, personagens sinistras ou bizarras como José Sócrates, António Guterres ou até quem sabe um “desertor” como Durão Barroso.
Estes são os símbolos que a república destina ao seu Povo, a “benigna ficção”, curiosa definição que Miguel Morgado dá ao cargo de Presidente, a que os portugueses têm direito. Afundados no mais profundo desânimo e descrença moral.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Uma Causa Real à conquista do Futuro

Decorreu no passado dia 14 no Palácio da Bolsa, no Porto, o XVII Congresso da Causa Real, que uma vez mais reuniu os seus órgãos sociais e as suas estruturas regionais, as reais associações. Na agenda constava o pedido de renúncia Paulo Teixeira Pinto, a sua substituição, até ao fim do mandato da Direcção que ocorrerá em 2012, pelo Vice- Presidente, Luís Lavradio, assim como a substituição de diversos cargos directivos, por morte ou demissão. Saiba mais aqui»»»


sábado, 14 de maio de 2011

Uma sangrenta crise republicana

Muito sucintamente foi isto: em 1915 a República estava ao rubro, em permanente ameaça de conflitos armados entre facções e de convulsões sociais. Vivia-se pessimamente, com as milicias de Afonso Costa (a famigerada formiga branca) dominando a capital e cometendo as maiores tropelias.


O Presidente Manuel de Arriaga - um homem bom e desiludido - convidou o septuagenário General Pimenta de Castro para formar Governo (assim depondo o chefiado por Victor Hugo Azevedo Coutinho, caricaturalmente conhecido como o dos Miseráveis...) onde se juntassem ministros oriundos de todos os partidos da República.


Seguiram-se semanas, meses, de contestação e caceteirismo afonsista nas ruas de Lisboa. À frente das tropas pró-governamentais, Machado dos Santos, incapaz de suster a insurreição. Nem mesmo contando com a fidelidade da Cavalaria e dos cadetes da Escola de Guerra.


Os estabelecimentos comerciais foram saqueados. Roubou-se, sobretudo, muito vinho, um dos principais ingredientes de qualquer arruaça ou motim. A formiga branca sabia-o e actuou, como sempre, com a máxima eficiência.


Feitas as contas, morreram nesse dia - 14 de Maio de 1915 - cerca de 200 pessoas, só em Lisboa. Os feridos ascenderam os mil. Arriaga, Pimenta de Castro e Machado dos Santos seguiram para o exílio, empurrados pelos "democráticos". Logo - democráticamente...


Não há registos de outra rebelião com tão elevado número de vítimas. Esperemos, ainda assim, que a República se fique por aí, nada fazendo para subir a fasquia...

quinta-feira, 12 de maio de 2011

É já no próximo Sábado dia 14 de maio

Organizado pela Real Associação do Porto, realiza-se no próximo dia 14 de Maio no Porto, no Auditório do Palácio da Bolsa, o XVII Congresso da Causa Real. Da parte da tarde participarei com João Palmeiro presidente da Associação Portuguesa de Imprensa num curto seminário sobre Comunicação, as oportunidades dos Media “Social” e Tradicionais. Além dos congressistas e convidados, o evento é aberto a todos os interessados, sob o estatuto de observadores.

V Centenário Portugal-Tailândia



Há quem se admire pela invocação de um passado que continua a ser um precioso património a aproveitar. No entanto, também existe muita gente interessada em continuar o legado dos nossos antepassados e esta iniciativa que visa celebrar os 500 anos da chegada dos portugueses ao Sião, a Tailândia dos nossos dias, é um marco que poderá iniciar o necessário regresso de Portugal à Ásia.

Seguindo o apelo do Combustões, não deixem de aderir à página dos amigos da iniciativa Portugal-Tailândia, 500 anos 1511-2011.

Por um Portugal melhor



Transformações na estrutura das Forças Armadas, criação de uma Guarda Costeira, reformas profundas no poder político, criação de uma Secretaria de Estado para os Idosos e o Ministério do Mar. Eis algumas das propostas que o MPT - Partido da Terra faz aos Portugueses no seu programa Eleitoral, consultável aqui.

terça-feira, 10 de maio de 2011

SEiS, SEIS SUBMARINOS!




Aqui está, o espectacular resultado que a República Portuguesa conseguiu em época de regabofe pelo seu Centenário: só em juros, os portugueses terão de pagar 3.000 milhões (para que fique claro, três mil milhões!), ou melhor dizendo em politiquês actual, o equivalente a uma Armada de seis novos submarinos. Em suma, um descarado abuso perpetrado pelos nossos alegados benfeitores.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Olha-m'este!



Agora, pega no conhecido programa monárquico de racionalização do poder local - há 40 anos já disso falava Ribeiro Telles! - e copiando sem hesitações, diz que "existem freguesias e concelhos a mais". Também existem frotas automóveis a mais, assessores a mais, Gabinetes a mais, Institutos a mais, Fundações privadas com dinheiro público a mais e ex-Presidentes a mais.

Melhor faria em definitivamente dedicar-se ao "faz de conta" de reedição da "Rainha Dª Amélia II"- e proveitoso uso do respectivo atelier nas Necessidades -, fazendo algo de visível pela luta contra a tuberculose.

FMI ignora presidência da República



Além do olímpico destroçar de toda a propaganda vertida ao longo de tantos anos - duas gerações de incompetência do PS, PSD e CDS, porque PC e BE não existem! - e conhecido o programa que nos espera e que há muito tempo o país precisa, apenas há a reter a impiedosa resposta de um dos três actuais Regentes (1), quando questionado acerca da "necessária" assinatura do Presidente da República, lapidarmente respondeu:

- "Temos o acordo e o compromisso das principais forças políticas partidárias".

Em boa verdade, deixou bem visível a inutilidade do regime imposto em 1910.


(1) Grandes profissionais, justamente o reconhecemos. É uma desgraça não serem portugueses.