domingo, 19 de junho de 2011

Dinheiro. República

"PRESENTES LUXUOSOS
Luciana e Djaló não se cansam de trocar mimos. Recentemente, o jogador do Sporting decidiu surpreender a mulher e ofereceu-lhe um Porsche Panamera. Lucy retribuiu com um Audi R8."

Assim canta uma notícia no pasquim da profundidade da República Portuguesa, o "Correio da Manhã". Penso, às vezes, quais as principais características da nova sociedade instalada. Ódio e inveja são duas das principais. Não há jornal que não aponte a cor do dinheiro e o cole ao luxo, embrulhando os detentores com os mais hilariantes adjectivos. No novo mundo, principalmente o território do socialismo cantante, é VIP quem aparece na TV e nas revistas cor-de-rosa e é rotulado quem tem dinheiro; às vezes sinto que há um desconto para quem tem dinheiro mas tem uma tatuagem, se tiver duas, se calhar, está perdoado. Se o sujeito, ou sujeita, tiver dinheiro mas usar gravata está feito. É um pulha, com "amigos" na sucata ou no phoder. Também há outro perigo maior que o dinheiro: o nome de família. Por isso só convém assinar ou referir um só apelido não vá o jornalista chamar fascista ou colar a personagem ao lado de um jogador de futebol ou vedeta de strip. Nunca, muito menos, referir qualquer história familiar, a menos que seja de familiares com percurso no terrorismo carbonário ou profissões mecânicas. Por último, e à laia desta notícia acima referida, devo dizer que a república portuguesa evoluiu imenso desde 1910! Realmente, vê-se pelo manto da inveja e ciúme que cobre este país que a escadaria da ascensão social e da igualdade por decreto foi uma empreitada nunca conseguida pelo regime terrorista. Os jornaleiros lá tentam, os políticos de caserna lá tentam, os doutores e engenheiros lá tentam, mas o país real está bem à vista; as estatísticas não mentem. Não basta pôr verniz, colar diplomas ou divulgar ordenados chorudos para que a sociedade se disfarce e se julgue sentir cumprida.
Por outro lado, o que mais me choca nesta notícia é a colagem do amor ao "benefício" do dinheiro. Como se um Porsche Panamera fosse, nesse contexto, mais válido que uma flor.
Somos, de facto, uma República. Todos iguais, todos candidatos naturais à presidência. Uma sociedade que vive educada a ser cheia de amor "à Djaló". Pode ser que um dia este povo, que não se cansa de querer mimos, ofereça, de presente, a presidência da república à Luciana.

2 comentários:

António Calheiros disse...

A Luciana Abreu, ou melhor a Sra. Luciana Abreu Sodré da Costa Real, reproduz a opulência da Sereníssima Casa de Bragança, da qual descende pelo lado de sua bisavó materna, D. Maria da Paz de Faro Lucena Noronha e Menezes.

Um bem haja!

Viva Portugal!

JSM disse...

Subscrevo o postal, não o comentário. Porquê?! Porque atacar a Casa de Bragança foi (é) (a seguir ao futebol) o desporto oficial deste país. A Casa de Bragança é a que temos, não temos outra. Talvez um pouco desproporcionada face à dimensão do rectângulo, mas adaptada ao território imperial que já possuímos. Erros?! Concerteza. Por exemplo, a eliminação da concorrência. Mas como disse, a capoeira (leia-se, o projecto português) dificilmente comporta mais do que um galo.
Quanto ao casal Djaló/Luciana, não admira que só pense em dinheiro, uma vez que só ouve falar de dinheiro na televisão. E o país, hoje, é a televisão. E a inacção consequente.

Saudações monárquicas