sexta-feira, 18 de março de 2011

As fragilidades republicanas

Sabe-se como é, lá como cá, em França, seja onde for, sempre que um chefe de estado é eleito, quem o elege, quem paga a campanha eleitoral, tem tendência a cobrar a factura da eleição. É humano, e por ser humano, é que os humanos perceberam que se tornava necessário encontrar um regime onde o chefe de estado fosse eleito, sim, mas não por uma maioria conjuntural, efémera e sobretudo ‘interessada’. E assim se chegou à monarquia, regime onde o chefe de estado é eleito pela história, sem depender de nenhuma facção, de nenhuma maioria (ou minoria), sem dever favores a ninguém. Livre portanto para representar tudo e todos, antes e depois. O Rei é, numa imagem feliz, ‘a figura humana da Pátria’.

O mesmo não acontece com o chefe de estado republicano, que raramente se livra de apuros ou comentários quando alguém, como o filho de Khadafi, insinua que a Líbia terá pago a campanha eleitoral de Sarkozy, e exige agora o dinheiro de volta. Dir-se-á que se trata de vingança líbia, atendendo ao protagonismo do presidente francês, empenhado em depor Khadafi! Pode ser, como pode ser o contrário.
Enfim, fragilidades republicanas, que neste caso fragilizam a França.

Saudações monárquicas

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