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domingo, 1 de agosto de 2010

Cerveja, pastilha e charros




À falta de povo participante nas cerimónias de cariz marcadamente político, os limpa-latrinas do regime decidiram recorrer ao chamariz dos conhecidos festivais de verão. Normalmente ocorrem na época das férias e atraem grandes contingentes de miudagem, ansiosa por dançar, beber uns copos e para o que mais possa acontecer. É claro que os alegados repertórios festivaleiros da alambazadora comemoração, nada terão em comum com marchas patrióticas, "hinos à república", "canções de "intervenção" e outras besteiras do costume.

Desta vez, os comissionistas oficiais, transformaram o Festival dos Oceanos numa oportunidade de comemoração da república! O descaramento não tem limites e a manobra é tão evidente que se torna ridícula. Sugerimos que coloquem no palco, dois ou três oradores experientes nas coisas académicas e que tenham a capacidade de atrair a atenção do público, intercalando as bandas com uns inflamados discursos evocativos da "gloriosa 1ª república". Sugerimos a preventiva distribuição de uns charros e de pastilhas, para acalmar uns ânimos que se possam rebelar contra o abuso de confiança.

Estamos ansiosos, aguardando a reacção das "massas republicanas".


"O governo não gostou e lançou uma vaga de perseguições sem precedentes contra os monárquicos. Milhares foram detidos nos novos campos de concentração, centenas tiveram de procurar refúgio no estrangeiro e muitas dezenas pagaram com a vida a defesa da liberdade e do Rei contra a escalada liberticida".
"Ao sair do belíssimo museu, reforcei a ideia há muito inculcada que os reis são os maiores aliados do povo e os mais sacrificados protagonistas da luta sem tempo entre a liberdade e tudo aquilo que se lhe opõe; em suma, não há monarquia sem liberdade, como não há democracia sem monarquia".

sábado, 1 de maio de 2010

Comemorações da república


Já não as vemos, porque aquilo tornou-se historicamente discreto a partir do momento em que se percebeu que a I República não tinha nada que ver com a democracia e isso cortou as pernas à comemoração que está reduzida a actividades académicas, mas em termos públicos creio que passou. O regime percebeu que não se pode identificar com um regime repressivo, antidemocrático, anti-feminista, colonialista e, por outro lado, a crise actual não dá para grandes festejos. E essa comemoração está muito longe... ninguém está a reparar. Neste momento são só os historiadores que falam nisso e ainda bem.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Aquela "máquina"


A "máquina" republicana é um postal. A maquineta começou a ser construída nas últimas décadas de 1800, foi pré-montada em 1908, foi inaugurada em 1910, foi sendo oleada até 1926, depois entrou em rodagem até 1974 e daí até hoje, apesar de nunca ter ido à revisão, não faltam artistas para a fazerem andar. Por incrível que pareça as peças são as mesmas, as porcas também. É pena ter lugares limitados e ser muito difícil embarcar na história. O consumo é que é um problema; gasta que se farta e polui demais. Mas é vê-la! Leva tudo à frente, talvez por isso não tenha espelhos retrovisores, desce, desce, desce sem medo dos precipícios. Saiam da frente! Lá dentro todos sorriem, os janotas, da vida garantida. O povo, esse, que inconsciente: não é que se juntam em lugares perigosos, prontos a levar com um rodado nos miolos... ide ver ao longe, não estorvem, não ponham em causa a marcha da "máquina"!.. Não se ponham à frente da "máquina".