terça-feira, 2 de agosto de 2011

Nós os monárquicos temos um azar... somos uns tipos mais passivos, mais simpáticos, mais bonacheirões, portanto não gostamos de revoluções...

Ser monárquico é uma maneira diferente de ver o país, e sobretudo de estar no país. Mudando o regime pode-se mudar qualquer coisa, sobretudo a mentalidade das pessoas. (...) Não há nenhum país monárquico que tenha pedido ajuda ao FMI, todos os países que recorreram à ajuda financeira são repúblicas.

Rodrigo Moita de Deus, numa luminosa entrevista ao Jornal i em parceria com o Canal Q na integra aqui.

1 comentário:

César disse...

Pois, «todos os países que recorreram à ajuda financeira são repúblicas» ou, em linguagem juridico-constitucional mais «técnica», todos os países que recorreram à ajuda financeira têm estados republicanos, já que os países não se confundem com as formas do Estado em que especificamente se constituem. Posto isto, até me parece muito lógico que as coisas funcionem assim, isto das bancarrotas nacionais são a decorrência usurária do capitalismo financeiro - fenómeno de natureza parasitária, indigna de cristãos - é o corolário do liberalismo, essencialmente incompatível com a democracia autêntica, naturalmente coroada pela instituição real à cabeça do Estado. A República, insisto, mais não é do que a expressão prática das negociatas das privatizações, a saber, no caso concreto, a privatização da Chefia do Estado, a exercer em regime de concessão a privados. E que privados, carago!...