Deixando de lado as misérias e mediocridades do nosso triste quotidiano, recomendamos um olhar muito atento a este importante trabalho que da Itália chega. Uma grande quantidade de textos que tem Portugal como objecto de interessado estudo e reflexão. Sem grande surpresa, deparamos com aquilo que há décadas alguns dizem sem que sejam escutados, ou pior ainda, sendo desprezados pela turba que deixa o país nesta situação desesperada.
Os próprios italianos o dizem: temos de nos ver livres daqueles que condenam Portugal a uma desnecessária canga.
"- Portugal é um país central no complexo euro-atlântico e não pode submeter-se a orla periférica do Mitteleuropa;
- A comunidade cultural, linguística e afectiva dos países herdeiros da expansão portuguesa não é um adereço retórico; detém hegemonia económica, demográfica e política sobre a América do Sul e encontra em Angola o mais poderoso Estado da África negra após a África do Sul, posto que a Nigéria perdeu a sua grande oportunidade;
- Portugal está virado para os grandes espaços. Mais que uma inclinação, há uma verdadeira pulsão existencial que o impele a viver fora da Europa;
- Portugal não está condenado a desaparecer: há um grande potencial nos futurivéis, conquanto nos libertemos do Euro, que nos empobreceu;
- O Estado Social e as suas quimeras nórdicas levou o país à miséria, pelo que a ideia de Estado Social se deve adaptar aos recursos do país;
- A CPLP pode ser o pan in herbis de algo realmente grande e a ideia peregrina de juntar todos os países resultantes das fases imperiais de Portugal é, mais que uma nostalgia, uma ideia moderna e actualíssima na era da globalização;
- A Lusosfera não é um mito. Haverá dirigentes à altura para a alavancar ?"
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