terça-feira, 21 de abril de 2009

Republica Portuguesa entra no caminho da Depressão

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O Banco de Portugal prevê uma recessão de 3,5%, ainda uma previsão, mas uma previsão revista, quatro vezes superior à anterior e sem ter ainda acabado o 1º semestre (muito antes do efeito do pagamento dos IVA, IRC e IRS).Mais do que o valor em si (3,5%) é a velocidade de degradação da estrutura económica nacional que deve preocupar
A esta velocidade Portugal pode efectivamente atingir o último trimestre com uma recessão de 5% (trimestral)

As crises europeias demoram em média 6 meses a atingir Portugal, regra geral.
Este hiato temporal tem permitido ao executivo elaborar um discurso positivo no sentido da eficácia das reformas estruturais efectuadas pelo Governo em posse, mas não é honesto na realidade da avaliação dos factos. e desvirtua as reais consequências dos vários planos económicos , para efeitos eleitorais

Portugal tem um grau de exposição a crises europeias de 75% (num crescimento Portugal beneficia de 0,75 pp por cada 1 ponto percentual de crescimento) com especial sensibilidade para evoluções negativas do Produto, ou seja em caso de recessão grave Portugal ultrapassa em larga escala o resultado obtido a nivél europeu demorando mais a recuperar.Sendo expectavel uma recessão de 3,5% para a Alemanha, até ao fim de 2009, Portugal poderá atingir no 1º semestre de 2010 uma taxa de crescimento negativa superior a 4% com uma taxa temporal de permanência superior à média europeia

(14 de Abril de 2009)

Portugal à beira de 4 crises:
Social, regimental, orçamental e económica

Com as previsões ontem apresentadas pelo Governador do BP, Vitor Constâncio, (longe de serem novidade para o que o IDP já previa no final de 2008) deixa de ser injustificada a presença de ilustres da Assembleia Constituinte nas eleições para o Parlamento Europeu (em Portugal).
O Regime procura legitimar pelo nome de ilustres a falta de ideias e soluções que tem vindo a evidenciar nos últimos tempos.

Entre o decretar o "fim da Crise", a apresentação de Orçamentos de Estado virtuais e planos sem fundos, tudo tem sido usado para evitar o enfrentar da mais dura realidade desde 1974:Portugal não só enfrenta a crise económica mais grave da 3º Republica como está exausto de soluções, dinheiro, vontade e capacidade.

Mais do que a Crise Financeira é o regime e as suas instituições que provam estar em crise.
Economia contrai 3,5% em 2009

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As 3 republicas e as endémicas crises económicas, face aos 3 Reinados de D. Luis I, D. Carlos e D. Manuel II: 1866-2009
Existe uma permanente disfuncionalidade das instituições desde 1910 que condiciona a evolução económica.



As fortes quedas nas exportações e no investimento das empresas vão levar Portugal à pior recessão desde 1975. O Banco de Portugal afasta o cenário de deflação, mas o défice e a dívida pública vão disparar em 2009.

A economia portuguesa vai atravessar este ano, a pior recessão desde 1975 e a 12º desde 1910, com o Produto Interno Bruto (PIB) a contrair 3,5% devido à deterioração da conjuntura internacional que provocou uma "queda ímpar" no investimento privado e exportações nacionais, disse ontem o Banco de Portugal. A inflação deverá cair 0,2% este ano, mas o cenário de deflação foi afastado.

A previsão avançada no Boletim Económico de Primavera para a evolução da economia portuguesa em 2009 é, de longe, a mais pessimista divulgada até agora.

Esta previsão é mais de quatro vezes superior à estimada pelo Governo e banco central em Dezembro (uma contracção de 0,8% do PIB) e fica também muito acima das previsões das organizações internacionais como a Comissão Europeia (-1,6%), OCDE (-0,2%), FMI (+0,1%). Nos últimos dias, análises da Universidade Católica e ISEG já apontavam para uma quebra do PIB de 3% para este ano.


A confirmarem-se os números do Banco de Portugal, a economia terá a pior perfomance desde 1975, ano em que o PIB recuou 4,3%. Nos últimos 30 anos, Portugal atravessou três recessões (1975, 1984, 2003) além da actual.


O banco central justifica esta revisão em baixa com o facto da economia portuguesa ser "particularmente vulnerável" à evolução da situação internacional que se deteriorou fortemente com o progressivo "adensamento" da crise financeira mundial nos últimos meses.



"A análise da evolução projectada das componentes da procura global permite concluir que esta recessão comporta uma queda ímpar das exportações e do investimento face às anteriores. Esta evolução do investimento e das exportações traduz, por um lado, o forte impacto da crise financeira e da sua interacção com a deterioração da actividade económica e, por outro, a natureza global da actual contracção e o seu impacto sobre os fluxos de comércio internacional.", justifica o Banco de Portugal.

As exportações, um dos principais motores da economia, vão sofrer uma contracção de 14,2% este ano, que compara com a quebra de 0,4% em 2008 e a descida de 3,6% estimados em Dezembro. As recessões nos principais parceiros comerciais de Portugal, como os países da Zona Euro, irá eclipsar a procura externa às empresas nacionais, que deverá cair 13%, o que compara com o decréscimo de 2,5% projectado no último boletim, adianta o Banco de Portugal. As importações deverão regredir 11,7% em 2009, "uma redução pronunciada" que reflecte a travagem do comércio internacional, escrevem os economistas do banco central.

Além das exportações, o investimento privado será outro dos grandes responsáveis pela correcção em baixa feita pela equipa de Vítor Constâncio. O investimento das empresas irá contrair quase 15%, mais 12,7 pontos percentuais que o avançado em Dezembro. O Banco de Portugal refere que as empresas estão a adiar os seus investimentos devido à esperada quebra das encomendas, redução da produção, crescente pessimismo, restrições ao crédito e a expectável redução do consumo das famílias receosas com o desemprego.


O rendimento real das famílias portuguesas deverá subir 2% este ano devido à estagnação dos preços e descida das taxas de juro que aliviará os créditos à habitação. Porém, este alívio não é real para recuperar o consumo privado (que vai contrair 0,9% este ano contra uma expansão de 1,7% de 2008), devido ao facto de que uma deflação representar um número crescente de empresas a falir e postos de trabalho que desaparecem.
As deflações são mais graves do que as inflações, porque ao contrario das últimas, não criam emprego destruindo sem retorno os que existem.

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Degradação do emprego ,potenciadora de conflitos sociais graves num País que não está habituado a lidar com taxas de desempego de dois digitos


O relatório adianta que as famílias portuguesas continuam com níveis de confiança muito baixos devido ao aumento do desemprego e incerteza quanto ao futuro da crise, estando por isso a refrear os seus consumos.

A restrição ao crédito e os spreads altos praticados pelos bancos anularam as vantagens para as famílias de um período de juros historicamente baixos, acrescenta.

O Banco de Portugal desenhou o quadro macro-económico, apresentado ontem, para 2009, com base num preço do barril de petróleo de 49,3 dólares, metade do valor médio de 2008 (98 dólares) e com uma taxa de juro média de 1,8% ( 4,8% em 2008).

O banco central prevê ainda uma inflação negativa de 0,2% em 2009, uma revisão em baixa face a uma inflação de 1,2% estimada em Dezembro e aos 2,7% apurados em 2008. Porém, os economistas do BdP, afastam o cenário de deflação - queda constante dos preços, - justificando que a quebra no Índice de Preços ao Consumidor está muito influenciado pela descida dos preços energéticos que perderam metade do valor num ano e salientando que 90% dos produtos que constituem o cabaz que mede a inflação registaram subida de preços. "Parece-nos que a deflação está afastada de Portugal, é nisso que acreditamos como cenário central. Para não ser assim, seria necessário que os agentes económicos interiorizassem de tal maneira o cenário de deflação que traduzissem isso nas negociações salariais", afirmou Constâncio, em conferência de imprensa.


Em declarações à Lusa, na segunda-feira, o economista-chefe do Santander, Rui Constantino, explicou que para se falar em deflação é necessária a conjugação de três factores: a descida dos preços deve ser generalizada (ocorrendo nos preços de todos os bens e serviços); deve ser persistente, ou seja, tem de ser prolongada no tempo e não apenas durante alguns meses; e é preciso que os agentes económicos assumam que os preços vão continuar a cair no futuro, adiando assim as suas despesas de consumo.


O governador Vitor Constâncio, adiantou que a retoma de Portugal "está muito dependente do que acontecer na economia europeia", lembrando que a revisão "muito significativa" das previsões para 2009 ocorreu após a revelação dos números no quarto trimestre de 2008 (feita pelo Instituto Nacional de Estatística em Março) que alteraram "radicalmente" o panorama para o ano de 2009. Ainda assim, o governador referiu que o facto de Portugal não estar exposto às economias com maiores desequilíbrios dá alguma margem de segurança.


O ministro das Finanças afastou ontem a apresentação de novas previsões para a economia portuguesa, remetendo eventuais alterações para "momento oportuno".

"Neste momento, temos as previsões do Banco de Portugal e é para elas que devemos olhar" porque são os números "mais actuais", disse Fernando Teixeira dos Santos num encontro com os jornalistas, depois da divulgação do Boletim de Primavera.

fonte parcial: Oje


6 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

Como é evidente, o senhor doutor Cavaco Silva, não tem qualquer responsabilidade nesta situação, até porque foi apenas primeiro-ministro...*


*Já se esqueceu dessa parte do Curriculum Vitae, claro!

Ricardo Ferreira disse...

Não é por nada... mas a primeira imagem tem uma qualidade péssima. Pode muiti bem ter sido manipulada.

Quando colocam dados, devem ter um minimo de bom senso e não fazer as outras pessoas passar por idiotas.

Rui Monteiro disse...

Bem ... 45% de abstenção nas eleições presidenciais revela que afinal ainda há muito "idiota" que vota :)

Ricardo Gomes da Silva disse...

Primeiro um agradecimento ao Rui que pôs aqui o artigo

Por acaso não pus a recessão de 1993...faltaram-me as séries dessas datas dai a interrupção da linha

quanto à manipulação e etc....o gráfico tem uma escala!
Eu sei que os republicas gostam muito dos gráficos das revistas "Maria" e "GENTE" e etc....mas este tem escala


Caro Ricardo ferreira,

se quiser posso por as séries, salvando-o do abismo psicológico de se sentir mais idiota
Consequência óbvia de gostar de "enfiar o barrete" (barrete= republica)

lol

Ricardo Ferreira disse...

Gomes da SIlva, pode por o que lhe apetecer, e quanto ao berrete poede muito coloca-lo no orifício que surjiu em certa etapa da evolução do sistema digestivo.

Rui Monteiro disse...

sabe Ricardo Ferreira tenho um adjectivo para si ... "Coitado".

Procure o significado no dicionário ... divirta-se