Estranho me parece que numa conjuntura como a actual, uma inusitada crise económica, de valores, e das instituições nacionais, as celebrações do 1º de Dezembro tenham passado de forma tão discreta pela comunicação social em geral e pelos jornais em particular.
Digo isto porque esta efeméride encerra quanto a mim uma mensagem de grande pedagogia e actualidade: o usurpador foi corrido e o assessor “defenestrado”.
Nestes dias em que a burocrática Europa se vê reforçada, por mais que se considere supérfluo e ultrapassado o conceito da identidade nacional, comunitária ou familiar, afinal perigosos contra-poderes, não me parece muito avisado que se abuse demasiado da famigerada bonomia indígena.
3 comentários:
Não será estranho, dado o modo pouco sério como a Comunicação Social continua a retratar os eventos e os monárquicos.
Basta ver as reportagens da SIC, por exemplo, as outras nem vi se mostraram alguma coisa.
Parece que estão a descrever uma seita ou uma tribo da Nova-Guiné com hábitos estranhos.
O câmera esforçou-se por capturar os bigodes mais aristocráticos e as damas mais aperaltadas para confirmar o estereótipo de que os monárquicos são todos aristocratas. E o discurso e os comentários de D. Duarte são sempre reduzidos a uma ou outra frase que reforça o estereótipo.
Seja por ignorância, seja propositado, os jornalistas acabam sempre por manipular a imagem que transmitem dos monárquicos.
Enquanto não se mudar isso, não se passa da cepa torta.
Cumps.
Cada vez mais me convenço que vivemos num estado faz de conta :(
Falta cumprir Portugal!
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