quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A alvorada da civilização


Convenientes patranhas são arvoradas pelos mais empedernidos republicanos quando atribuem ao regime vigente em Portugal há quase cem anos as conquistas civilizacionais trazidas pelo Século XX: ele é a justiça, ele é os direitos da mulher, ele é a instrução publica, ele é o sufrágio directo etc. etc.
Então pergunto eu: porque não damos também graças à república pela penicilina, mortalidade infantil, crescimento económico ou pela liberalização de costumes? E para quando o resgate às trevas das monarquias europeias?

19 comentários:

Anónimo disse...

Isso mesmo, vamos dar graças á República por tudo!
Viva a República!!!

Anónimo disse...

Yah man viva às escravas das mulheres que durante 68 anos de 1910 a 1974 só serviam como objecto sexual e servos dos maridos !!! Viva a rameira de peito ao léu viva !

Fraternidade , muita mesmo muita ... calorosa que por vezes dá em pedofilia.

Liberdade, será que sempre Liberdade ... ui até já existia na Bandeira Nacional antes de 1910 era o AZUL !

Igualdade, claro continuamos na mesma com as lutas de classes .. nada mudou :)

Viva ! Viva ! Viva!

Nuno Castelo-Branco disse...

Tristíssimo palmarés, tem a dita república. Deviam era enterrar o barrete até ao pescoço. Já agora, Space Aye, parabéns pelas lindas companhias, pois os srs. balsemões e amigos são republicanos. Claro...

Ricardo Ferreira disse...

Mas a República trouxe alguns avanços civilizacionais. Tb trouxe alguns atropelos à liberdade... Trouxe não. Continuou com alguns atropelos à liberdade...

Têm de largar as vossas palas. Se não ninguém vos leva a sério e fazem as figurinhas que o projecto de rei faz:

http://ktreta.blogspot.com/2008/12/estranha-democracia-del-rei-parte-ii.html

Anónimo disse...

Amigo João Távora retire a mensagem do caro "Ricardo Ferreira", precisamos de fazer publicidade a republicanos e muito menos ofensas.

Anónimo disse...

Principalmente quando o "ricardo Ferreira" é encavalitado pelo tal Poidimani e ostenta oficialmente o nome de Valdez! Grande lata!

Afonso Henriques disse...

É completamente difícil ultrapassar tantos anos de propaganda republicana. Afirmar que os 7% que o partido republicano teve nas eleições que precederam o regicídio vale tanto como constatar que (os tais) 48 anos de ditadura foram-no em república: nada.
Se ao menos esses "republicanos" pudessem saber de onde lhe vem o sangue que lhes corre nas veias...
Cumprimentos,

Ricardo Ferreira disse...

Claro... dizer mal do Rei é heresia...

Grande liberdade essa.

Relativamente aos nomes, eu continuo a achar que as pessoas valem pelo que são e pelo que atingem, e não pelo nome que ostentam ou pelos antepassados que têm.

Anónimo disse...

Ya man, viva a Monarquia (nem preciso de dizer mais nada porque tudo o que disseste da República era igual na monarquia).

Anónimo disse...

Também acho imensa piada quando dizem que a bandeira de Portugal não simboliza nada a não ser as cores da carbonária, e que a República não é patriota porque foi importada de França.
Não há argumento mais ridículo e mais facilmente refutável do que esse.
O vermelho e o verde têm significados fáceis de entender e tÊm muito que ver com o nosso páis e todos nós sabemos o que significam.
Já a azul e o branco são as cores liberais, ou seja, não passam de cores importadas da revolução francesa, do liberalismo e nada têm a ver com Portugal.
Conclusão:
A Monarquia não tem nada de patriota, e sempre beijou os pés da França, Inglaterra e Alemanha.

Anónimo disse...

Já agora queriam referendo ao regime não era?
Eleiçoes de 1918 - vitória de Sidónio Pais
PD, PE e PU não concorreram.
Concorreram o partido socialista, os católicos e os MONÁRQUICOS.
Ganharam? Nem lá perto!

Nuno Castelo-Branco disse...

Esta conversa das cores da bandeira não tem muita importância e afinal, parece que os republicanos não sabem muito bem com o que se meteram.
1 - São de facto as duas cores da carbonária/prp, e pior ainda, do Centro Iberista de Badajoz (Portugal verde, Espanha vermelho). pesquise e verá.
2- O azul e branco são cores "importadas da revolução francesa"? Que maluquice, space aye... Tecle Portuguese flag no google, dê uma vista de olhos na wikipedia e veja bem quais as primeiras bandeiras portuguesas. se tiver ainda alguma dúvida, veja qual é a bandeira da Galiza: é que o azul e o branco pertencem historicamente ao chamado grupo galaico-português. Informaçãozinha complementar: na sua maioria, os países da Europa ocidental e do sul tinham bandeiras brancas, o que gerava confusões (Portugal, França, espanha, Nápoles, etc). Carlos III decretou a actual bandeira espanhola, inspirando-se na... catalã! Os franceses usam a tricolor que são as cores - coincidência - das librés dos empregados do Duque de Orleães (azul e vermelho) e o branco, a cor da bandeira real. Nada tem de muito republicano, não acha? Até porque a monarquia bonapartista e a monarquia orleanista usaram a tricolor sem qualquer problema
Os seus antepassados é que fizeram esta habilidade de nos impingir a bandeira do partido, como nacional. Que abuso... imagine se o CDS ou o BE assaltassem o poder e nos forçassem a engolir como nosso a bandeira deles? Gostava?
Mas olhe, para o descansar, estou-me marimbando para a bandeira. Com umas alterações - sabe bem quais - até engulo esta, embora a ache horrorosa e terceiro-mundista. Pragmatismo, acima de tudo.
3- Diz que a Monarquia nada tem de patriota... Enfim, quem fundou a Pátria? Quem fundou mais tarde a Nação? Quem restaurou a sua independência?
4- Ainda o seu apego ao pára-arranca (verde e vermelho): compreendo, pois deve lembrar-se saudosamente das décadas em que o vosso pendão era desveladamente hasteado todos os dias, durante décadas, na sede da PIDE e a nossa, a azul e branca, estava terminantemente proibida de surgir em público. Por lei que ainda vigora, mas à qual não obedecemos!
O pensamento único é conveniente para certas coisas, não lhe parece?

Anónimo disse...

Uau, então a bandeira portuguesa foi inspirada na bandeira francesa, não nas cores liberais mas nas cores REAIS!
ainda pior! Isso quer quase dizer que Portugal é parte do reino da França. Eramos subtidos do rei de França.
A monarquia fundou a nação e por isso é mais patriota? Não me faça rir!
E não fale no iberismo que nessa matéria a monarquia peca por falar.
A Republica nunca entregou o pais a Espanha como o fez a monarquia.
Os presidentes não são primos nem cunhados nem entiados uns dos outros. Nem entregam o país a outras nações por razões familiares.
Para a Republica o pais não é uma familia, não é uma mafia como na monarquia! O pais são os cidadãos, não a familia real!
Bem sabe que os iberistas na Republica eram tantos quanto os socialistas (ou menos).
Se você é patriota deve aceitar as opiniões dos que não o são.
Já estou a ver que tem o complexo terceiro-mundista.
Mas olhe que se somos um pais á beira dos do 3º mundo é por culpa dos nossos antepassados, e quase todos eles viveram á muito mais do que 98 anos.
O seu amigo D. João V, o seu amigo D. João III, o seu amigo D. Sebastião, enfim tudo gente fina, bons governantes.
O povo é a imagem dos seus reis, mas quando os genios podem fazer a diferença em monarquia era-lhes esbarrado o caminho e tudo permanecia no atraso.
A sua paixão pela monarquia demonstra o quão messianico é, o que não tem quer ter pois acha que são os regimes e não as pessoas que mudam as coisas.
Acha que um rei alapado no trono que pouco faz e muito simboliza vai salvar o pais.
Tenha mas é juizo e pense racionalmente!

Nuno Castelo-Branco disse...

Space, não retiro uma vírgula ao que acima disse. Quanto a pensar racionalmente, isso tem exactamente o efeito boomerang. 98 anos não chegaram para provar o V. fracasso? Nem a PIDE? Nem a descolonização? Nem a censura? Nem o desastre da adesão apressada e "sobre os joelhos" à então CEE? O V. curriculum é inacreditavelmente negativo. fala de máfia: pois bem, quer a lista de pais, filhos e enteados verde/vermelho que o sugam até ao tutano e lhe barram o caminho? Nem sequer posso aqui escrever os nomes, pois seria processado e perdoe-me a expressão, "chulado" com indemnizações, pois essa gente só pensa em dinheiro. Compreende-se assim, porque é que estes vigaristas todos dos escândalos são republicanos! Pudera...!
Quanto às cores da bandeira, quero lá saber... são apenas isso, cores. Você é que precisava do esclarecimento, não é?

Anónimo disse...

Concordo, a bandeira é apenas uma questão menor. O que está em causa é o regime em si.
E é verdade que há prai muita cambada que gosta de xular os adversários, uns por dinheiro, outros por autoritarismo.
E já lhe disse que não considero o Salazarismo República, apesar de Salazar ter mantido a extrutura básica ele quebra a constituição e cria uma nova, só o facto de criar uma nova constituição já está a ir contra a República que era pela liberdade e a nova constituição em nava tem a ver com a outra, só ficam mesmo os simbolos - a moeda, a bandeira, o hino e o presidencialismo (que é reforçado).
Chamar a isto República é o mesmo que chamar á monarquia constitucional espanhola de monarquia absolutista.

Nuno Castelo-Branco disse...

Space, compreendo muito bem o seu (moderado) ponto de vista. No entanto, o Estado Novo foi mesmo república, queira ou não queira. É normal as repúblicas terem várias constituições (tal como as monarquias), dependendo da situação do momento. Quanto aos poderes presidenciais, então o que é a França? E os EUA? E a Rússia, China, Venezuela, Zimbabué? Não podemos adequar os conceitos às nossas conveniências.
Se o Space quiser ver o que os republicanos pensavam acerca do próprio regime por eles criado, basta consultar os diários do João Chagas e as Memórias do relvas. O exclusivismo do exercício do poder, o açambarcamento da coisa pública pelo grupo prp, a adequação do corpo eleitoral e do próprio sistema de votação à clara minoria que eram, evidencia o abrir do caminho a soluções totalitárias. O culto à bandeira e ao "senhor presidente da república" durante o salazarismo, foi esmagador. A república era conveniente ao regime e o Space sabe muito bem porquê, até devido ao simples facto de Salazar - tal como Franco - saber que o seu poder iria desmoronar no caso de uma restauração. O "duque velho", D. Duarte Nuno, tinha uma forte inclinação pela Inglaterra e por aquilo que o R.U. representava. Tal como o conde de Barcelona, não era conveniente ser coroado e a prova disso, foi o impedimento dessa restauração em 1949 e 1952. Às ordens de Salazar, Marcelo Caetano torpedeou essa hipótese que seria um fatal golpe no regime. Toda a fantasia de exclusividade comunista na oposição, peca por isso mesmo: fantasia totalmente irrealista, dada a posição geográfica de Portugal. Quando do golpe Botelho Moniz, existem indícios da cartada na Casa de Bragança. Se tivesse tido sucesso, como seria o Portugal de hoje?
Não veja inimigos em todo o lado, porque a monarquia que queremos é uma monarquia onde o único titular é o rei: os demais terão a mesma relevância da nobreza da república, os comendadores, que por acaso, são até bem mais poderoso, pois controlam a economia e os media. Pesquise e verá como temos razão.
Monarquia vão tê-la de qualquer forma. A questão é saber se os "republicanos" nos obrigarão a aceitar a monarquia espanhola. Isso não queremos nós, aconteça o que acontecer, embora hoje em dia façam tudo o que lhes é possível para essa fatalidade. Que vergonha...

Anónimo disse...

Caro Nuno:
Conheço espanhóis republicanos (e olhe que há muitos) e eles odeiam tanto a monarquia e o rei de Espanha (educado por Franco) que até querem a união ibérica para se encostarem á nossa República.
Acredite, há mais espanhóis iberistas do que portugueses.
Mais depressa se unirão eles a nós por causa do regime do que nós a eles. Claro que isso nunca vai acontecer.
Em portugal não há muitos monárquicos, mas em Espanha também não há assim tantos.
Tenho um amigo de Espanha que é favorável á união ibérica, e apesar de termos ambos os mesmos ideias rejeitei-lhe tal ideia por ser patriota e acreditar que Portugal conseguirá aquilo que Espanha já consegiu sem precisar de Espanha a governar-nos.
Adiante, os poderes do presidente em Portugal são mais limitados do que na Venezuela ou mesmo em França, e o Nuno sabe isso.
Acho que tem poderes suficientes e que perder ainda mais (algo que muito poucos republicanos defendem, alguns até defendem o reforço), seria perigoso para o regime.
É que a estabilidade deste regime só surgiu poucos anos depois de se fazer uma revisão constitucional que resultou na redução de alguns poderes do presidente (entre eles a possibilidade de criar um governo por sua inciativa).
Lembro-me que Manuel de Arriaga criou um conflito com Afonso Costa que o empurrou para a demissão, e os governo extra-partidários de iniciativa presidencial falharam todos, isto porque sem partidos não há democracia.
Com isto não quero dizer que seja contra a democracia directa, sou até bem a favor.
Se de facto a monarquia que defendem é uma monarquia onde o único titular é o rei, e tendo o rei poderes muito limitados, então ainda menos razões vejo para que haja um titular. Porquê? Só por tradição? Qual a vantagem? Desvantagem vejo eu:
O Estado ter de alimentar uma família inteira sem que esta produza e o rei fica no poleiro a vida toda e depois o filho e dai em diante.
É que há muitos deputados (senão a maioria) que tem outra profissão caso não saiba. Não viem só da política. Nem as suas esposas.
Já na familia real a coisa é bem diferente.
Vemos o D. Duarte com toda sua mentalidade pedante dizer por outras palavras que trabalhar desprestigia.

Nuno Castelo-Branco disse...

Inacreditável, Space Aye! Onde é que ouviu D. Duarte dizer uma coisa dessas?! É exactamente o contrário! E uma das teclas em que bate constantemente, é no facto do estado não dar o exemplo e os seus titulares se rodearem de escandalosas mordomias, carros luxuosos e desperdícios que o contribuinte paga!
Quanto ao facto de ... termos que alimentar a família toda"..., fique sabendo que o senhor Aníbal Silva consome mais dinheiro aos contribuintes, que o rei dos Belgas, que o rei de Espanha, da Suécia, Holanda, Dinamarca, etc. E sem sequer mencionar o triste e vergonhoso facto de os ex-presidentes continuarem vitaliciamente a serem sustentados pelo estado. Olhe, só o pseudo-escritório do senhor Sampaio, custou ao contribuinte 600.000 Euros! Mário Soares ALUGOU ao Estado, para seu uso como ex-presidente, o seu PRÓPRIO escritório na Fundação que tem o seu nome. De uma coisa estou 100% seguro: com a modéstia que lhe é conhecida, o rei Duarte II sairia baratíssimo aos cofres do estado e pelo contrário e à semelhança das outras monarquias europeias, encheria o tesouro Público com "royalties" derivados dos "By Appointment" nos produtos, etc. Aqui a república é pura e simplesmente esmagada pelos números. Não trilhe esse caminho porque chega a um beco sem saída.
Quanto à "união ibérica para se encostarem à nossa república", só pode ser uma piada, porque é a velha história da panela de ferro e da panela de barro. A Espanha liquida Portugal aos pontos e a vossa república tem péssima reputação além-fronteiras. Eles tudo inventam para nos anexar e creio bem que pela incompetência da "vossa gente", acabarão por conseguir. "Odeiam o Bourbon", diz o Space... Enfim, as sondagens dão à Monarquia 87% de apoio popular! Ou não quer saber de factos? Veja as estatísticas de lá e não aquilo que a Fuerza Nueva (extrema-direita) e o ERC (populista pseudo-"esquerda xenófoba") propalam.
Não tenha ilusões: republicanos (existem muito poucos) e monárquicos (a esmagadora maioria) espanhóis têm em comum um ponto crucial: o desaparecimento de Portugal como Estado independente. Isso ajuda à coesãp interna do Estado espanhol. É um programa velho de séculos e é curioso verificar que tanto a Falange como a "2ª república espanhola de Azaña", coincidiam exactamente nisso. Curiosa era a posição de Franco: ..."no tengan ilusiones, en 1640 habemos perdido Portugal para siempre!". Interessante...

Façam o favor de não os ajudar muito, está bem? Pelo menos, mandem calar os republicanos que no youtube - ministros e ex-p.r's - só têm dito asneiras a torto e a direito, roçando a TRAIÇÃO (palavra ainda presente em todos os dicionários de português).

Anónimo disse...

Este space é uma comédia como a generalidade dos 7% da população portuguesa que se afirma republicana hehe