quinta-feira, 18 de junho de 2009

Quando um elogio funebre precisa de ser justificado....

O elogio fúnebre proferido a 25 de Abril de 1908, no Mosteiro dos Jerónimos ,a El-Rei D. Carlos e ao Principe Real D. Luís Filipe está disponivel porque foi publicado à época , mas não para divulgação ...foi publicado porque a isso se viu obrigado o autor do elogio, o conego António Aires pacheco

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António Ayres Pacheco


«Publicando este discurso, tenho principalmente em vista satisfazer a opinião do paiz, que reclama essa publicação, e evitar que me sejam attribuidas coisas que eu não disse e que circularam com applauso em alguns jornaes. O discurso vae exactamente, com escrúpulo inexcedivel, como foi pronunciado. Podia corrigir-lhe um ou outro defeito, mas preferi a isso poder conscienciosamente affirmar que é, sem a minima alteração, precisamente o mesmo que pronunciei no templo de Belém.
Como todos podem ver, para ninguém foi offensiva a minha palavra. Não ha n'ella a minima individualisacão, ha sim a evidente intencionalidade de não querer magoar ninguém, nem mesmo ferir a memória dos dois regicidas, d'esses desgraçados, que devem compartilhar, não dos nossos ódios, mas da caridade das nossas orações.
Reservo, pois, para mim a responsabilidade das minhas palavras, deixando para os outros a responsabilidade da interpretação que lhes queiram dar.

Ayres pacheco»



ler o elogio, clicar aqui


bem haja

1 comentário:

Nuno Castelo-Branco disse...

Li com interesse, mas apercebe-se facilmente o clima de coacção física e moral que os portugueses sofriam naquele momento. Momento que foi longo, durando algumas décadas.