quarta-feira, 10 de junho de 2009
As tricas políticas no 10 de Junho republicano
Das comemorações oficiais do 10 de Junho, aqui deixamos algumas notas:
1. A parada.
Tal como estamos há muito habituados, um péssimo enquadramento do desfile. Mau cenário, pouco espaço e sobretudo, pouco público. A escassez de efectivos evidenciou-se uma vez mais, nestes tempos de contenção orçamental.
Notas positivas: a inédita apresentação das históricas bandeiras nacionais, com relevo especial para a última, a azul e branca. Da actual, nenhuma e ainda bem, embora tivesse surgido subrepticiamente nos estandartes das unidades. Como deve ser. Os Meninos da Luz montando belíssimos cavalos brancos, bem tratados e sempre acarinhados pelo público presente.
O novo equipamento apresentado, com viaturas flamantes de novas, desde os Pandur aos gigantescos panzer Leopard II, deveras impressionantes. Não se prevêem avarias em público, pelo menos nos anos vindouros.
Um aspecto a destacar, consiste no aspecto aguerrido e bem equipado das unidades especiais das Forças Armadas, afinal, o que verdadeiramente importa.
Notas negativas: o péssimo marchar das tropas em geral - nem sequer existindo uma uniformidade no passo, bastas vezes descoordenado - , num ritmo triste, lento, quase de aprendizes. Sugestão: contratem instrutores dos nossos "novos aliados" do leste, ou em alternativa, russos ou chineses.
Ausência da presença de um passado que aliás, as Forças Armadas agora comemoram. Mais exactamente, nota-se a falta de uniformes dos tempos da guerra de libertação contra Bonaparte. Faça-se essa justiça em 2010, ano da vitória. Este tipo de eventos deve ter um carácter didáctico e cívico.
2. A sempiterna e escusada polítiquisse.
Foi evidente o mal estar existente entre alguns órgãos de soberania, destacando-se a atitude pouco correcta do actual residente de Belém, que não conseguiu esconder o seu desdém pela figura do seu primeiro-ministro, ignorando-o ostensivamente. Pelo menos, foi o que a televisão mostrou ao país e escandalizou o meu amigo, prof. Serras Gago. No rescaldo das eleições do passado domingo, o dr. Cavaco Silva já se sente suficientemente ancho para não manifestar o mínimo sinal de cordialidade institucional que o decoro exige. Tem assim início o período de sampaízação das relações entre Belém e S. Bento. Vergonhoso.
Sabendo o que ocorre nas monarquias europeias, desde já temos a garantia que sendo rei de Portugal, D. Duarte II manteria uma perfeita relação de lealdade institucional com o seu primeiro-ministro - fosse ele quem fosse -, pois os monarcas respeitam por regra a legalidade saída do escrutínio popular. Disto não temos qualquer dúvida ou hesitação em afirmá-lo. O tempo o demonstrará, se os portugueses assim o entenderem.
3. Nota final.
O surgimento de bandeiras nacionais azuis e brancas nas varandas de Santarém. O povo começa a deixar de ser tímido e a manifestar flagrantemente o seu patriotismo Finalmente.
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6 comentários:
Vivam as bandeiras azuis e brancas. Acho que só não há muitas mais porque não se encontram à venda em qualquer supermercado ou loja de souvenirs por 1 ou 2 euros!
Para quando uma loja online onde poderíamos encomendar, a preço justo (barato) bandeiras reais e outro material evocativo (e invocativo) da monarquia ?
Era urgente!
Tenho a certeza de que mais rapidamente o país se tornaria azul e branco, como é a alma dos portugueses.
Isso já está a ser tratado pela RAL.
Ainda bem. Made in China sairiam ao preço da "uva mijona"...
Temos que encher o país de material... e do barato. Há muito que eu penso que deve ser assim. É inadmissível que uma bandeira do Reino de Portugal de 1mx1,50m custe a módica quantia de 6 a 7 contos dos antigos. Bandeias azuis e brancas de todos os tamanhos e de qualquer material. Vai ser cá um fartote e um embaraço para aqueles que nós sabemos. Ano de centenário pintado de azul e branco ui ui...
Exactamente, Paulo. Grandes, médias e pequenas, até para os automóveis. Baratas! Já estou a ver os dias em que a selecção vença jogos em campeonatos... ;)
Com grande dificuldade, arranjei um pequeno auto-colante com as nossas Armas e Coroa para tapar o infamante círculo de estrelitas bruxuleantes que nos obrigam a ostentar nas matrículas. Será bem-vinda a venda deste tipo de material, assim como as nossas verdadeiras Bandeiras - azuis e brancas, com as armas coroadas ao centro - em vez do trapo verde e vermelho das lojas maçónicas de S. João.
Por outro lado, ao afirmar que «Não se prevêem avarias em público, pelo menos nos anos vindouros» no que respeita ao novo material blindado, devo dizer que - por ironia - na tarde do 10 de Junho, me cruzei na A25, por alturas do Caramulo, com duas Pandur avariadas, e os mecânicos, frenéticos, debaixo das «8 rodas» a tentarem reparar as avarias, com um cortejo de carros de apoio.
Os problemas pareciam ter a ver com a transmissão ou a suspensão. Isto aconteceu numa auto-estrada. E se fosse em acção de combate, em teatro de guerra? Será que estas traquitanas não aguentam o todo-o-terreno e são só para paradas?
Enfim, é a falta de qualidade manifesta decretada pelos aberrantes eurocratas e pelo seu bando de mangas de alpaca e clientelas várias...
«Quando é o Rei, quando é a Hora?»
Saudações monárquicas.
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