domingo, 3 de janeiro de 2010

Louçã na barra dos tribunais


Réu! Como as palavras são por vezes sonoras, enchendo a boca de quem as pronuncia. O catilino da demagogia nacional, o sr. Francisco Louçã, vai experimentar a dureza dos bancos de madeira da sala de tribunal. Este Le Pen da zona saloia do extremo ocidental da Europa, desde sempre tem vociferado contra tudo e contra todos, manipulando a opinião, linchando reputações e ainda mais, prejudicando gravemente a tranquilidade pública, quando não o património colectivo. Ainda nos recordamos da desastrosa intervenção do BE no caso do túnel do Marquês, levando à catastrófica suspensão de uma obra útil e ao pagamento de uma indemnização milionária à lesada empresa construtora. Pagos pelos contribuintes - via Câmara Municipal de Lisboa -, os milhões deviam ter saído do património do Bloco de Esquerda ou dos seus responsáveis.

Paulo Teixeira Pinto enviou Louçã para a barra dos tribunais, precisamente o lugar onde o Conducator do BE gostaria de colocar 9.700.000 portugueses. Previsivelmente, Louçã escudar-se-á atrás da imunidade parlamentar, fazendo exactamente aquilo de que acusava ainda há uns meses o conselheiro Dias Loureiro. O mais curioso nisto tudo, consiste no protesto veemente da direcção bloqueira, alegando "ameaça inaceitável". Não é ameaça, é uma realidade. Que se preparem para abrir os cordões à bolsa.

Uma boa notícia para iniciar 2010.



8 comentários:

Anónimo disse...

Para que não haja confusões quero dizer que politicamente me posiciono num quadrante bastante diferente daquele do Doutor Louçã e, em geral estou em desacordo com as suas posições politicas. Contudo ao ler na impressa as palavras pretensamente proferidas por ele tenho dificuldade em encontrar a "difamação e calúnia" feita ao à pessoa do Dr. Paulo Teixeira Pinto. Será que alguém se importava de explicar?

João Távora disse...

A 5 de Outubro do ano passado, Francisco Louçã afirmou preto no branco, num comício político, que Paulo Teixeira Pinto “conduziu um dos maiores escândalos da criminalidade económica em Portugal”. Rui Tabosa In Corta Fitas.
Bem postado, caro Nuno!

Anónimo disse...

Caro João
Obrigado pelo esclarecimento. A noticia que li no "Económico" falava de "um "banqueiro milionário" associado ao período do colapso da liderança do BCP", o que é um bocado diferente.
Pesquisando agora um pouco mais, descobri a noticia de 5/10/2009 no jornal Público, que é uma melhor referência sobre o assunto.

Rui Monteiro disse...

"Hoje pela madrugada fora, um pequeno grupo patusco atrás de um milionário banqueiro [Paulo Teixeira Pinto, antigo administrador do BCP e presidente da Causa Real], que conduziu um dos maiores escândalos da criminalidade económica em Portugal, lá apareceu pelo Tejo a gritar as saudades da monarquia", afirmou, referindo que "sobretudo na cultura mais reaccionária da direita", ainda "há gente que reclama o regresso ao passado, o regresso ao atraso, à monarquia e à diferença".

Fonte DN

Nuno Castelo-Branco disse...

Ele agora que prove o que disse. Não pode continuar a atirar lama para cima de tudo e de todos. A ver vamos se se esconderá com a imunidade. Pelo menos, a primeira reacção do BE/Louçã parece indiciar a escapadela.
Embora lhe reconheça uma grande inteligência, a sua arrogância acusatória ultrapassa em muito aquilo que se pode aceitar. Não tendo qualquer tipo de simpatia pelo comunismo, verifico que o PC não usa do mesmo estilo a que Louçã nos habituou, sendo mais comedido e evitando o populismo extremista daquele.

car disse...

Já ouviram falar da "imunidade parlamentar"? Acham que o prof. Louçã vai abdicar dela? Não me parece...

Rui Monteiro disse...

Vamos ver a imunidade

Se o Louçã não pedir para anular a imunidade só prova a sua covardia, e junta-se a um grupo de políticos que não tem valores, princípios ou palavras.

Nuno Castelo-Branco disse...

Palavras é o que ele mais tem, Ruca. Nisso é imbatível.