sábado, 16 de janeiro de 2010

A TSF junta-se às comemorações da República

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A TSF transmite um programa radiofónico chamado "Jornal de República" aos domingos, às 10h00, com repetição à meia-noite de domingo para segunda-feira....para ouvir aqui

6 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

Pois sim, mas já ouviram a entrevista do Romero Magalhães? Embora vá dizendo umas coisas que correspondiam grosso modo à situação, faz habilidosamente a propaganda que se conhece e dá voz aos boatos da época. Fala das maquinações eleitorais, mas aponta a "eleição" dos 4 deputados republicanos, como se esta eleição não tivesse sido arranjada! Seria interessante este tipo de programas, se existisse um contraponto, mas tal parece não acontecer. Aliás, o Romero Magalhães parece fazer o pleno.
Enfim, o habitual.

Anónimo disse...

o que os monarquicos (especialmente este blog) fazem hoje, é aproveitar a propaganda criada pelo clima pré-Estado Novo e depois Salazar, sobre a 1ª República. Ipsis Verbis.

Aliás, quantos foram os monárquicos que lutaram pela Liberdade durante o Estado Novo? Pois é. encostaram-se...
Entre Liberdade e Restauração escolhem a segunda, por isso não passam de folclore, aos olhos do povo.

JSM disse...

O anónimo confunde-se, e tenta confundir. Em primeiro lugar o estado novo é um pseudómino da segunda republica. A segunda república é da responsabilidade dos republicanos, desde Gomes da Costa a todos os outros que o seguiram. O povo, que o anónimo gosta de mencionar, apoiou o 28 de Maio porque estava farto da 'liberdade' da primeira república, igual a desordem nas ruas e a uma média de dois ou mais governos por ano. Ninguém tem saudades da primeira república a não ser o Dr. Mário Soares. Por isso considerou 'mero acto de gestão', citei, o fecho do jornal de sexta-feira da TVI!
E isto passa-se na terceira república, na república das amplas liberdades, excepto quando se trata de proibir que o povo (o tal povo) se pronuncie sobre o regime em que quer viver. Ver limites materiais para uma revisão constitucional.
Em terceiro lugar o anónimo ofende a memória quando afirma que os monárquicos não lutaram contra a ditadura. Nunca ouviu falar em Rolão Preto, em Barrilaro Ruas, Camossa Saldanha entre outros que foram admirados pelos próprios adversários republicanos.
Em último lugar e desfazendo todas as suas dúvidas metódicas, quero reafirmar o seguinte: - um monárquico quando luta pela restauração da monarquia fá-lo convicto de que assim contribui para que a verdadeira liberdade possa ser fruída por todos e não apenas por alguns. E não se trata de uma falácia do nosso tempo, como o anónimo pode comprovar se comparar a qualidade da dita liberdade nas monarquias e nas repúblicas europeias. Penso que não existem dúvidas sobre a supremacia dos regimes monárquicos nessa matéria.

Anónimo disse...

o estado novo foi em República, é verdade. havia um Presidente, uma bandeira, um hino. Mas foi a República que soube rebelar-se e devolver a democracia ao Povo. Não foi a monarquia.

Devo lembrar, que se a História serve para condenar os excessos da 1ª República (na sua visão, que não é de todo a minha) tb. deve servir para lembrar que em nenhum período da monarquia em Portugal, ela se pareceu minimamente com o que se vive em Inglaterra ou na Escandinávia, hoje em dia.
Basta ver a ditadura de joão franco e a cumplicidade do rei carlos.
ouvi falar muito de rolão preto, muitas vezes não pelas melhores razões ou ideologias, mas no final se alguma condecoração teve foi Mário Soares e a República que lha deram.

Eu acredito na Liberdade plena assente na Igualdade, o JSM, acredita em outra coisa, anacrónica aos olhos da maioria dos portugueses (sim da maioria, hoje e ao longo dos ultimos 100 anos, dado que nunca, repito nunca surgiu do povo, das elites ou dos militares, um sentimento profundo, superficial, poético, popular ou revolucionário capaz de ser tido como minimamente relevante para a formação de uma ténue ideia de restauração).

há e haverá sempre quem prefira ser subdito do que Cidadão (é fantástico e incompreensível, mas atento que sim...).
Há e haverá sempre quem ache razoável poder haver uma familia em que o seu negócio, é passar a honra de me representar, de pais para filhos, sem eu ter nada a dizer sobre isso.
Pois eu não prefiro, nem admito.

Prefiro ser representado por um dos meus. Um Primus inter Pares, que se renova, que acompanha o pulsar da Sociedade, que permite ainda que em teoria, que qualquer um pode almejar ser representante, ainda que só por 4 anos, de todos.

Só assim Obama chegou lá sendo negro, Sarkozy sendo filho de emigrantes, Lula sendo sindicalista e até cavaco, sendo filho de um gasolineiro.

O resto, com todo o respeito é folclore. Basta fazer uma pequena estatística, do tipo de noticias que saiem sobre as famílias reais europeias, e perceber quantas são do universo de revistas cores-de-rosa e pouco, muito pouco mais...

JSM disse...

Errata: primeiro período - o 25 de Abril foi um golpe militar, feito por militares. Os objectivos iniciais foram de imediato subvertidos pelo partido comunista e não fora a acção duma imensa maioria de portugueses (monárquicos, republicanos e indiferentes) e teríamos outra ditadura republicana mas de sinal contrário. Mário Soares e o PS (ambos com o marxismo metido na gaveta) foram nessa altura importantes para mobilizar as pessoas para essa luta. Vivi esses tempos portanto sei do que falo.

Errata - segundo período - estar a comparar épocas diferentes com a mesma bitola é um anacronismo e desvirtua a discussão.

Errata - terceiro período - apenas para lembrar a influência cultural do 'integralismo lusitano'. Ler para o efeito uma obra recente 'Os filhos de Ramires' com prefácio do insuspeito Fernando Rosas.

Restantes períodos sem errata e com o único comentário possível: o anónimo é republicano, acredita nas virtualidades do regime e está contente com aquilo que tem. Discordo mas nada tenho a acrescentar.

Ricardo Gomes da Silva disse...

Isto de estar a dizer o que aconteceu de facto antes de 1910 e que o que se ensina nas escolas sobre esse periodo são factos baseados em propaganda, é como estar a discutir vida extraterrestre com um fanático dos ovnis...ouviu dizer de um conhecido que conhecia uma outra pessoa que diz ter visto....tá provado!

Para quê dizer que em 1890 Portugal vivia com níveis de riqueza que só hoje conhecemos (em termos relativos porque naquela altura não havia ferraris)ou que as medidas de João Franco eram para evitar a especulação financeira oriunda do crash de 1907, ou que o partido republicano era totalmente financiado por lactifundiários...ou que o PRP era uma anedota politica que nunca teve expressão popular desde que concorreu...em mais de 40 anos apenas ganhou um escrútinio...ná!

nada disto interessa e a ignorância é o prelúdio da felicidade eterna...bem melhor que o paraiso...que o digam os prisioneiros de campos de concentração (também houve disso em Portugal, para quem não sabe), genuina invenção republicana para os que estavam excluídos do "paraiso"

Pelo menos a República inovou numa coisa...morrer de fome em Lisboa

..ou editais a dizer que devido ao abuso no consumo de pão se aumentava o preço do dito..uau!...é preciso imaginação para se justificar a fome

ou os oficiais da armada que bombardeavam Lisboa ao acaso para "matar os conspiradores "..claro que um ou o outro prédio com algumas famílias era um dano colateral..isto em 1915...sem qualquer conflito ou revolta



vão-se encher de moscas