sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Dedicado ao PCP e BE

Lá se foram os discursos do 6 de Outubro, púlpito da Assembleia abaixo. Depois da saga Ceausescu pai, mãe e filho, depois do sr. Tito e da Dª Jovanka, depois dos Castros, da corte de Brezhnev e da filhota Galina - grandes pândegas no Kremlin, com vodka, champanhe francês, caviar e... oficiais, ciganos, artistas de circo - do grande beduíno Kadhafy - por cá tão elogiado e visitado -, da família el-Assad, os Santos de cá de lá, etc, etc, etc, aqui temos mais um exemplo:
Kim I (Il Sung)
Kim II (Jong Il)
Kim III (Jong Un)
Conhecem-se também umas sucessões da praxe, embora republicanamente mais disfarçadas e que vão de palácios para Câmaras Municipais, de palácios para empresas públicas (sem concurso de admissão), de palácios para bancos, fundações, e outro tipo de coutos que definitivamente, não são nem reguengos e muito menos ainda, d'El-Rei. O PCP e o Bloco de Sushi Moet et Chandon-Caviar y Esquerda, estão de parabéns.

13 comentários:

Anónimo disse...

Concordo plenamente com esta indignação perante uma sucessão hereditária da representação da mais alta figura do estado, sem eleições ou escolha meritocrática.

Espera lá... mas isso não é o que acontece numa monarquia? dã...

Nuno Castelo-Branco disse...

Pois sim, diga o que bem lhe aprouver. mas quer comparar estas mono-arquias com qualquer uma das monarquias da UE? É que a "república portuguesa" é inferior a todas e em tudo!
Foi isso que quis dizer, além de chamar a atenção às contradições do discurso oficial do PC e dos "caviares/Lapa".

Anónimo disse...

As monarquias da UE (excepto escandinavas e eventualmente holanda)estão em desagregação acelerada e prevejo a sua queda durante o meu período de vida. Gostava realmente de poder festejar tais momentos.
Estou dos lados dos que querem ser livres, sabe. Dos Catalães e Bascos em espanha, dos Flamengos na bélgica, dos Irlandeses do ulster e até dos Australianos, como o demonstraram nas últimas eleições. Gostava que me dissesse que região de que República da UE, anseia em igual medida, ser uma ou parte de um reino?
Pois é, nenhuma.
Doesn't ring any bell over there?...

Nuno Castelo-Branco disse...

It does, especialmente aqui em Portugal, onde os republicanos tudo fazem para este país passar a ser uma parte da monarquia espanhola.

Nuno Castelo-Branco disse...

Já agora, quer festejar o quê? os tais "catalões" têm mais liberdade, nível de vida e educação/saúde" do que o senhor! Quem o ouça, pensará que existe uma "grande opressão" na Bélgica ou no Reino Unido. A menos que seja um nacional socialista do Bloco Flamengo. Aí, sim, o caso muda de figura e percebo o que quer.
Quanto aos australianos, desiluda-se: não só os "reps" perderam o último referendo - que cá não se atrevem a fazer -, como as últimas sondagens, mostram uma queda de 20%. Não é uma questão. Quanto a isso, pode ainda ler opiniões destas no Age, o jornal rep australiano (http://radicalroyalist.blogspot.com/2010/09/royal-response-after-last-weeks-sunday.html):

"Perhaps we wonder what we'd get if we appointed our own head of state or, more likely, had one appointed for us by whichever boy's club was making decisions at the time.

"After all, in Victoria we have an unelected premier who, in the company of a couple of mates, makes decisions related to planning or public works on our behalf behind closed doors and refuses to tell us how much the consequences of those decisions will cost us (for example, the desalination plant).

"At the same time, he's entertaining people who can financially benefit from these decisions and seeking donations from them to enhance the finances of his own political party, with the intention of using that money to advertise that party [in order] to keep himself and his mates in power. Well, we wouldn't want an Australian head of state like that, would we? God save the Queen!"

Anónimo disse...

deixa morrer a rainha e depois verás:

"A professora Anne Twomey, da Faculdade de Direito da Universidade de Sydney, cita que uma pesquisa de 2007 mostrou que “60% pensavam que a Austrália deveria se tornar uma república e 64% achavam que a monarquia já não era importante para o país”.

A questão não é se nós estamos mais ou menos atrasados que os catalães ou os flamengos. É irrelevante para a discussão. O que importa é o que eles querem!
Não é por acaso que ambas as regiões são as mais ricas e avançadas dos países em questão.

Não faço questão absolutamente nenhuma de ser parte do reino de espanha, porra... Por outro lado, sei que não desagradaria a boa parte dos galegos (se calhar um numero maior que os monárquicos portugueses todos juntos...) não se importariam de fazer parte da República Portuguesa.

Nuno Castelo-Branco disse...

Caro colega, penso que o problema é mais complicado do que o desaparecimento de Isabel II. Existe a Commonwealth e as relações existentes entre os Estados componentes, é complexa. Não me parece que se trate de uma simples mudança de Chefe de Estado, até porque a Austrália é independente há muitas décadas, sem que isso pressuponha - ainda para mais -, despesas com a Instituição. Não podemos comparar a solidez da Commonwealth com outras organizações, como a CPLP, por exemplo. É mais vasta, complexa, com uma multiplicidade de interdependências, funciona bastas vezes em rede, na ONU. Parece quase impossível entender o seu funcionamento e a própria M. Tatcher e os seus sucessores na Downing Street, dizem que a Coroa é a maior reserva de conhecimento acerca deste importante sector da política externa britânica. Em suma, a manutenção da Monarquia é conveniente e respeita os estritos limites da funcionalidade. Creia que esta é a verdade, embora pudéssemos continuar indefinidamente a debater esta questão.
Existe contudo, uma hipótese de alteração destes dados: a modificação da estrutura étnica australiana, com a entrada de grandes contingentes asiáticos, principalmente provenientes da China e antigo Indostão. Pode parecer-lhe paradoxal, mas no R.U., a esmagadora maioria dos indianos, são decididamente favoráveis à Coroa, nela vendo uma defesa. Quanto aos chineses na Austrália, essa é uma questão para a qual não tenho uma resposta, embora se conheça a sua estrita fidelidade à mãe pátria. isso acontece na Malásia, Indonésia, Filipinas e em menor grau, - dada a já centenária presença no país -, na Tailândia.

Nuno Castelo-Branco disse...

A questão da Monarquia britânica, transcende em muito, o mero sentimentalismo saudosista dos "bons velhos tempos". Há que compreender a organização do Estado, a sociedade e as suas ramificações além-mar, ainda deveras importantes. Isto, para nem sequer perdermos muito tempo com as vantagens económicas, que são, como sabe, de vulto. Basta ir à sua garrafeira, olhar para o rótulo e ler "By Appointment", uma inesgotável fonte de rendimentos para o Exchequer. Finalizando, a Coroa já passou por momentos mais problemáticos, como a vaga republicana durante os últimos vinte anos do reinado de Vitória, a crise da abdicação de Eduardo VIII, o "caso" Diana - reduzido a quase nada -, etc. Compreendo bem a dificuldade que os grandes interesses têm em aceitar o futuro Carlos III: o homem tem opiniões, afronta os grandes interesses da indústria da construção, farmacêutica, alimentar, media do sr. Murdoch, etc. Pouco apetecível, não é? Balsemão e Berlusconi diriam o mesmo.

O caso espanhol. Rejeito totalmente a hipótese "ibérica" e creia-me que passaria imediatamente para o campo republicano, se os monárquicos portugueses - que são bem mais do que aquilo que se quer fazer crer -, aceitassem tal coisa. A União Ibérica é mesmo um casus belli, sem dúvida alguma. Se Madrid pensa ter problemas com Barcelona e Bilbau, então nem imagina o que aconteceria no caso da roja y gualda flutuasse no castelo de S. Jorge. Não creio que o rei João Carlos ou o seu sucessor, estejam muito interessados nessa hipótese. Para todos os efeitos, têm a "república portuguesa" à mercê dos seus governos e dos seus empresários e isso é o que mais conta. O caso PT é um bom exemplo.

Bascos e catalães.
1. Quantos são, no conjunto espanhol? Poucos, muito poucos.
2. Qual é o primeiro mercado dos produtos catalães? O resto da Espanha...

E podíamos continuar por aí. Não seria uma independência materialmente muito auspiciosa, pois não? Ainda há pouco tempo, quando Barcelona barafustava a respeito do Estatut, a venda de vinho Cava caiu para níveis ínfimos no núcleo forte do estado, causando graves prejuízos aos produtores e negociantes. Foi um claro boicote pelo resto do país, Vascongadas e Galiza incluídas. Sintomático.
Mais, há perto de dois meses, quando a Espanha ganhou o Mundial, Barcelona saiu à rua e... um mar de bandeiras do reino. A guerrilha dos interesses é uma coisa, a manutenção das vantagens, é outra.

Conhecemos os castelhanos e os governos de Madrid. Nada sabemos acerca das arrogâncias catalãs e o sr. Rovira e satélites não são de molde a tranquilizar seja quem for. O nosso contacto com o resto da Europa, faz-se através de Castela e em Castela nascem os rios que nos abastecem de água. É Castela quem tem a força para controlar a costa. Está a entender o quadro, não está?

Nuno Castelo-Branco disse...
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Nuno Castelo-Branco disse...
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Nuno Castelo-Branco disse...
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Nuno Castelo-Branco disse...
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Nuno Castelo-Branco disse...

Por lapso, este comentário mais acima, foi publicado quatro vezes, daí as quatro remoções. peço desculpa.