Enquanto as notícias vagueiam pelo folclore da eleição presidencial eu reservo-me ao nojo neste período que se avizinha. São candidatos a si. Não são candidatos pelo país. Primeiro eles, os candidatos, depois o partido deles, dos candidatos, depois os rapazes deles, que se sentam à mesa dos candidatos, depois o discurso deles, da ideologia mastigada em rascunho, dos candidatos, depois o povo, os outros, os ouvintes, os pedintes, do cortejo, da plateia, que acena, que se contenta, pela participação de cruz. Eu não, tiro licença, sem licença, de nojo.
6 comentários:
Estado de nojo-luto é pouco, caro João.
Mensagem certeira, mais do que certeira. Revejo-me nela.
Que tal fazermos uma "campanha pelo nojo", isto é, apelando à abstenção?
"Que tal fazermos uma "campanha pelo nojo", isto é, apelando à abstenção?"
É uma boa ideia, desde que os habituais 25-30% de abstenção sejam deduzidos ao sucesso da campanha.
Quase aposto que vai ser das eleições menos "concorridas".
Caro anónimo. Já contamos com esses 25%. Refiro-me é a passarmos a barreira dos 50%. Isso é que era!
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