segunda-feira, 21 de maio de 2012
Molecagem balsemeira
O programa tipicamente saloio desta praça, piroso, chiteiro a armar às sedas e como sempre fazendo de conta estar numa Hollywood que também não sendo grande coisa, pertence a outra galáxia. Uma assistência anónima, a não ser para algumas revistinhas da hora do corte no cabelo ou do dentista. Uma tantas gajas de dedaça na boca fazendo sair o assobio, a piadola persistentemente a fugir para as partes intermédias, a tronchuda chantrona apresentadora de apelido Pinheiro, uma criatura matinal e magistralmente rasca, de voz estridente e de uma vulgaridade ímpar, sempre a puxar a patorra para a chinela. Uma data de "revelações geniais" e de inevitáveis choraminguisses teatrinhocinema à cata de subsídios, naquele costumeiro pedinchar roçando a chulice a que os sistema se remeteu. A micro-burguesia platinada é isto, um globo de ouro que afinal representa a mais excelsa bosta nacional.
Nesta época em que o próprio "chefe deles" conta - segundo o balsemado Expresso - com um hilariante e vergonhoso índice de "popularidade" de 1,7, claro que os aflitos engraxates de Balsemão - ele próprio a perfeita réplica de uma criatura da saga Star Wars - tinham de vir com uma graçola acerca do senhor D. Duarte de Bragança. Um sketch sem piada, ordinário, a suplicar por um forçado sorriso e que a ninguém engana. Sabíamos que dos moleques balsemistas tudo pode vir, mas isto é demais. Se a SIC falisse, não se perderia grande coisa.
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