terça-feira, 30 de setembro de 2008

Perseguição a Padres (Outubro de 1910)

Em 13 de Outubro de 1910 já estão presos 128 padres em Caxias, visitados pessoalmente por Afonso Costa. Nesse período são assassinados os padres lazaristas Bernardino Barros Gomes, irmão do antigo ministro da monarquia, e o francês Alberto Fragues, na residência de Arroios.

Conferências e exposições sobre D. Carlos

Uma parceria entre a "Associação Académica de Lisboa" e a "Comissão D. Carlos 100 Anos":


(clique na imagem para aumentar)

Agradecimentos

A nossa apresentação ontem na York House, decorreu melhor do que as mais optimistas previsões fariam supor. Parece que a nossa ideia vai passando, prova disso são as estatísticas de visitas ao site com que se ilustra este post. De resto, é da mais elementar justiça publicar aqui alguns agradecimentos: em primeiro lugar a todos os colaboradores que nos últimos tempos reforçaram a sua participação na Plataforma, com o consequente crescimento de visitas, bem notório nas últimas semanas. Em segundo lugar, agradecer ao José Tomás de Mello Breyner a forma elegante e eficiente como nos recebeu. Também ficámos gratos e devedores para com a jornalista Inês Dentinho, que de forma tão simpática e profissional dirigiu a Conferência. Último mas não menos importante agradecimento, fica para o João Villalobos, meu colega do Corta-fitas, que apesar de não defender as nossas cores (um equívoco de resolução fácil) teve a paciência de nos acudir com alvitres e contactos certeiros.

Graças ao empenho de todos... A luta continua!

Centenário na imprensa III

Audio: Aqui

Centenário na imprensa II

Diário de Noticias :

http://dn.sapo.pt/2008/09/30/nacional/historia_i_republica_e_uma_ficcao.html

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

sábado, 27 de setembro de 2008

Republicanos, laicos e socialistas - mas não democratas



A tríade liberdade-igualdade-fraternidade, tão cara a socialistas e republicanos, não é mais do que a versão laica de princípios cristãos enraizados desde há séculos. A liberdade refere-se ao livre arbítrio que Deus nos concedeu, a igualdade provém da forma como Deus nos vê a seus olhos, e a fraternidade não é mais do que a ideia cristã de que somos todos irmãos. Claro que a laicização desta tríade trouxe perversões na sua interpretação. Perversões que foram sendo adaptadas consoante o tempo e o modo que mais convinham aos republicanos. A igualdade era muito bonita e até serviu de argumento para tentar confinar a Igreja católica ao domínio do privado. Tentativa que, aliás, se continuam a verificar no Portugal contemporâneo. A igualdade serve hoje para justificar o injustificável, como o casamento entre homossexuais. A liberdade foi transformada num direito individual absoluto em que não existem limites. A mensagem do Maio de 1968 ‘é proibido proibir’ tornou-se no fundamentalismo da moda. A fraternidade não é mais do que um chavão necessário para dar uma imagem pretensamente humanista face à violência e intolerância que caracterizou a generalidade das revoluções republicanas e, em Portugal, toda a primeira república.

O argumento da igualdade e a defesa do sufrágio universal, tão propagandeada pelos republicanos, não impediu, no entanto, que estes só deixassem votar alguns, os que mais se identificavam com a ‘ética’ republicana. A república, onde os partidos usavam e abusavam da palavra democracia, restringiu o direito ao voto a todos os que poderiam ser influenciados pelas ‘nefastas’ ideias conservadoras (e católicas, claro está). Oliveira Marques, na sua História de Portugal, tenta minorar esta questão ‘mostrando’ que cada eleito na república recebia maior número de votos do que na Monarquia constitucional.

Mas a verdade é que nas eleições republicanas só os partidos ditos republicanos podiam participar. Os partidos monárquicos tinha a existência prevista na lei mas as milícias republicanas asseguravam-se de que não concorreriam em qualquer eleição. Esta foi a prática até Sidónio Pais, que repôs o sufrágio que a república velha, nomeadamente o partido que dava pelo nome de “democrático”, tinha reduzido com o objectivo de se manter no poder. Afonso Costa justificou, em 1913, a retirada de direito de voto a 400 mil pessoas com a seguinte argumentação carregada de hipocrisia: ‘indivíduos que não sabem os confins da sua paróquia, que não têm ideias nítidas e exactas de coisa nenhuma, nem de nenhuma pessoa, não devem ir à urna, para não se dizer que foi com carneiros que confirmámos a república’. Claro que a verdadeira ‘carneirada’ votou toda em partidos republicanos. Não havia alternativa.

Vinte contra um: Bruno. A república contra os republicanos


Sampaio Bruno‘Ah, seu canalha!’. Assim se dirigiu Afonso Costa, acompanhado por vinte indíviduos, a Sampaio Bruno antes de o agredir na cabeça com um instrumento de ferro. Dois dias antes, o filósofo escrevera num jornal: «A nova organização do Partido Republicano» é «inteiramente anti-republicana», «ofensiva do sufrágio popular», da «dignidade pessoal e da jornalística» e da «autonomia das agremiações»; uma organização «facciosa e absolutista», «incompatível com os princípios e os sentimentos democráticos». E abandonou o Partido Republicano.

«As teses da biografia íntima do pensador 
sublimam as posições da sua biografia exterior»
Orlando Vitorino*


Até falecer, em 1915, José Pereira de Sampaio (Bruno) manteve-se interessado pela sorte da República. A sua independência indomável não lhe permitira manter-se ligado ao Partido Republicano, mas nem por isso abandonara um republicanismo militante. Não era apenas “republicano”: era “um republicano”. A República cruzara-se com o seu pensamento e encontrara aí um lugar acolhedor.

De 1902 em diante, porém, Sampaio Bruno afastara-se do Partido Republicano Português. Quando a Monarquia caiu, em 1910, ele era um homem «acima dos partidos», um republicano sem clube, um pensador livre cuja opinião punha em respeito os homens do novo regime.

Bruno estivera ligado à formação do Centro Eleitoral Democrático do Porto, com Alexandre Braga e Rodrigues de Freitas (este foi, em 1878, o primeiro deputado republicano eleito em Portugal). E, apesar de ter colaborado com Teófilo Braga, Magalhães Lima, Latino Coelho e Alves da Veiga na defesa da «federação ibérica», como meio de contrariar o «colonialismo britânico», rejeitou publicamente, logo desde 1876, a via revolucionária, advogando a luta legal e o reformismo político. É deste republicanismo cívico que Sampaio Bruno se reclama, e que marca as políticas editoriais dos jornais republicanos que fundou, dirigiu ou influenciou.

Bruno vinha da intentona republicana do Porto de 31 de Janeiro de 1891, que era ainda eco das «campanhas patrióticas» contra o Ultimatum inglês de 1890. Foi Bruno quem redigiu o manifesto da revolução. O fracasso das armas republicanas levou o filósofo a um duro exílio em Paris, onde se manteve em estreito convívio político com dois outros conspiradores exilados, Alves da Veiga e João Chagas. São, todos três, «republicanos de sempre» e «republicanos independentes» – isto é, não se confundem com os «aderentes» que, sentindo no ar «o cheiro da revolução», virão a colar-se ansiosamente a um «projecto» cuja vitória se adivinha; e tampouco se confundem com aqueles que, nada tendo para oferecer a não ser a obediência, se submetem às directivas «do Partido».

O impiedoso olhar crítico de Sampaio Bruno sobre a República não resulta, pois (como noutros sucedeu a partir do 5 de Outubro), de «desilusão» ou «desistência» perante o avanço ou o recuo desta ou daquela facção de um regime que mergulha na crise. Bruno não conhece facções: conhece homens. E tanto assim é que, em 1911, tentará ainda, com Basílio Teles e Machado Santos (também eles republicanos «na franja» do regime), dar alento à «Aliança Nacional», uma plataforma destinada a promover «uma república ampla e aberta a todos os portugueses com cérebro e coração de portugueses». Sem resultado.

Escrito por Jorge Morais   

Fonte : Revista Leonardo

 http://www.leonardo.com.pt/revista1/index.php?option=com_content&task=view&id=60&Itemid=116

Nem ao Sol escapa




E quando o Sol iluminou a República disse: «Viva o Rei!»

Vê-se que a República é algo que até se limpa bem. Basta por ao Sol e deixar secar.

S. Vicente de Fora em risco de desabamento

Falta de condições de segurança obriga ao encerramento da Igreja de São Vicente de Fora


A Igreja de São Vicente de Fora, um dos monumentos nacionais da capital e o local onde se encontra om Panteão dos Braganças, está fechada ao público desde o início de Agosto por falta de condições de segurança, devido a violentas quedas de estuque e argamassa no interior.

Em S. Vicente de Fora estão sepultados todos os Reis da última dinastia.

Depois do laxismo a que se votou o Panteão da I dinastia em Coimbra, onde se deixou o monumento alagar com 50 cm de água, agora é S. Vicente de Fora que se deixa cair aos bocados

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S. Vicente de Fora em 1933, por ocasião do funeral de D. Manuel II

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No exterior a população clama pela memória de D. Manuel II




(27 de Setembro de 2008)


No chão da igreja foram recolhidos destroços com mais de um quilo, resultantes do desprendimento de blocos de estuque, argamassa e fragmentos de tijoleira de uma altura de cerca de 20 metros, segundo informação da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo (DRCLVT).

Noticia aqui


O impacto de uma das derrocadas foi tal que um dos blocos, ao cair, partiu um banco e furou o chão de madeira do altar.


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Túmulos de D. Carlos e D. Luís Filipe, lado a lado


Segundo a DRCLVT, as quedas de estuque ocorreram a 26 e 30 de Julho, verificando-se outra na primeira semana de Setembro. O material desprendido espalhou-se pelo Altar Mor e Coro Baixo.

"Os danos verificaram-se em quadros brancos, no pavimento de madeira e na aparelhagem de som. Além disso foi-nos comunicado um ferimento numa colaboradora da Igreja", afirma a DRCLVT numa resposta escrita à Lusa.

Na sequência dos acontecimentos, a DRCLVT solicitou formalmente a 31 de Julho o encerramento do templo, cedido à Igreja para o culto.

A igreja apresenta várias infiltrações, devido ao estado em que se encontra a cobertura, o que originou as derrocadas.

Não é possível prever quando poderão ocorrer novas derrocadas, pelo que a utilização do espaço representa "riscos para pessoas e bens".

Não há previsão de reabertura, mas a Direcção Regional de Cultura apresentou, a 13 de Agosto, uma proposta de intervenção que aguarda apreciação por parte do Patriarcado. A metodologia de intervenção proposta prevê "medidas imediatas" de acautelamento de segurança para efeitos funcionais, estudos e projectos para reabilitação estrutural, projecto de conservação e obras, tanto no interior como no exterior.

"A Igreja só poderá ser reaberta após acauteladas as condições de segurança", diz a DRCLVT.

O templo centenário, dedicado ao padroeiro de Lisboa, é utilizado para cerimónias em que chegam a participar mais de mil pessoas, tendo a última grande manifestação ocorrido a 1 de Fevereiro de 2008, por ocasião do Centenário do Regicidio de D. Carlos e D. Luís Filipe , alí sepultados.É também muito procurado pelos turistas e escolas de todo o país para visitas de estudo.


MISSA EM MEMÓRIA DO REI


A igreja, cuja construção começou em 1582, foi edificada no local onde D. Afonso Henriques tinha mandado construir um primeiro templo também em honra de São Vicente.

Adjacente à Igreja está o Mosteiro de São Vicente de Fora, fundado em 1147 pelo primeiro Rei de Portugal, que assim cumpriu um voto ao mártir pelo sucesso da conquista de Lisboa aos mouros.

"Ergueu-se no campo onde jaziam muitos dos cruzados estrangeiros que haviam ajudado à vitória das forças portuguesas", lembra o guia de apresentação do Mosteiro de São Vicente de Fora, situado numa das colinas de Lisboa.


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Em 1945, à saída da Igreja de S. Vicente, após visita aos túmulos
do marido e filhos. Na mão, a inseparável bengala que a Rainha
crismara de «Catarina»

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S. Vicente de Fora no dia 1 de Fevereiro de 2008



Parece que a III Republica esta votada a deixar cair a História de Portugal..aos pedaços

fonte:
Aqui

A 'religião' republicana



A 'ética' republicana seguia várias modas. A geração ‘pré-ultimatum’ (Basílio Teles, Teófilo Braga, Sampaio Bruno, etc) trouxe o cientismo e o positivismo, vistos especialmente como antídotos para a religião. Esta fase ‘recupera’ o anti-clericalismo que marcara o início do período liberal. A vontade de conter a Igreja e a religião católica na sociedade portuguesa levam à tentativa de adopção de um substituto laicizado e para isso recorreram a outra moda recente, o positivismo.

O positivismo é a ditadura da ciência e foi usado pelos republicanos como complemento à anti-religiosidade primária que a grande maioria evidenciava. Era um racionalismo exacerbado, que ainda hoje se mantém em alguns sectores da sociedade portuguesa, e que resulta principalmente de uma visão utilitarista e redutora do ser humano, onde a dimensão transcendental é eliminada.

O fundamentalismo positivista era tal no seio dos republicanos que após o 5 de Outubro se realizaram humilhantes medições ‘anthropométricas’ aos jesuítas expulsos do país. Estas medições foram amplamente mostradas pelas revistas e jornais como prova de força da propaganda republicana. A medição dos crânios jesuíticos destinava-se essencialmente a legitimar a sua expulsão de Portugal. Para isso os republicanos contaram com o aparato da medida e a propaganda republicana encarregou-se de lhe dar um 'cunho' científico. Repetindo o acto do grande centralizador e 'democrata' Marquês de Pombal, que se notabilizou pela expulsão dos jesuítas, e usando métodos pouco dignos, os republicanos 'empurravam' mais uma vez a sua grande ética para as palavras que o vento leva. Jesuítas nascidos em Portugal, que tinham dedicado a sua vida ao nosso país, ensinando ou ajudando os mais pobres, e com tanto direito a por cá ficarem como qualquer republicano, eram ‘enxotados’ como cães pela intolerância da ‘ética’ republicana.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Ensino em Portugal: As contas da degradação republicana



Um dos argumentos republicanos para a expulsão dos jesuítas era de que dominavam o ensino em Portugal e impediam a difusão do conhecimento condenando o nosso país a um grande atraso. Para além disso, enchiam as cabecinhas das crianças de ideias conservadoras e, pasme-se, religiosas (que iriam dificultar a manutenção do poder pelos republicanos). O Marquês de Pombal teve exactamente a mesma atitude relativamente aos Jesuítas. Sabe-se hoje, porque a historiografia foi dominada durante demasiados anos por historiadores com simpatias republicanas e socialistas, que o ensino em Portugal ficou mais pobre com a expulsão dos Jesuítas. Henrique Leitão, em livro publicado recentemente, demonstra que a ‘Aula da esfera’, no colégio Jesuíta de Santo Antão (actual Hospital S. José), ensinou ininterruptamente durante 200 anos a alunos portugueses a mais avançada matemática, astronomia, náutica e outras áreas técnicas, recorrendo aos maiores mestres europeus da época.

Como refere a Biblioteca Nacional ...local único de ensino e aplicação de algumas disciplinas emergentes como a Estática, a Mecânica teórica, ou a Óptica geométrica; o Colégio de Santo Antão era um centro de investigação verdadeiramente internacional que sempre beneficiou dos recursos e contactos da rede da Companhia de Jesus em que se encontrava integrado. O resultado da decisão do Marquês de Pombal foi o encerramento deste e de outros locais de ensino de elevada qualidade.

Da mesma forma, ainda está por fazer o levantamento dos estragos no ensino português causados pelos republicanos após 1910. A propaganda republicana dá grande destaque à obra na educação mas esquece propositadamente as escolas fechadas pelos republicanos e a qualidade do ensino que aí se praticava. O ensino em Portugal é republicano há 100 anos e a aposta na mediocridade continua a ser fundamentada num igualitarismo primário que só prejudica o desenvolvimento de Portugal. Até quando?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Utopias ibéricas e republicanas



Os princípios republicanos defendiam o federalismo ibérico como uma proposta inovadora para Portugal. O federalismo ibérico é também um tema que surge de tempos a tempos na sociedade portuguesa e historicamente sempre esteve presente. È habitualmente defendido quando não existe outro assunto mais interessante para apresentação na praça pública ou quando se pretende desviar a atenção do que realmente é importante, como fez recentemente o republicano ministro Mário Lino. È apenas uma utopia que poderia ter causado elevados custos a Portugal quando outro republicano português, Jaime Cortesão, na década de 30 do século XX, quase conseguiu convencer o republicano espanhol Manuel Azana a cometer o erro de intervir em Portugal. As consequências poderiam ter sido trágicas e levar à extensão da Guerra Civil de Espanha ao nosso território. Depois das tragédias da primeira e segunda repúblicas entrariamos numa guerra fractricida de extrema violância.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Regionalização e Pombal



Aproxima-se novamente a questão da regionalização. Após as eleições do próximo ano será convocado outro referendo sobre a regionalização, possivelmente em 2010, quando passam 100 anos sobre a implantação da república. A dúvida que me assalta é se os republicanos votarão sim ou não neste referendo.

Reza a lenda que os valores republicanos assentavam numa forte componente ética e se compunham, ainda em meados do século XIX, de princípios como o municipalismo, na sua essência as propostas neo-municipalistas de Alexandre Herculano. O municipalismo defendido pelos republicanos não era mais do que o retomar da prática medieval portuguesa em que havia uma efectiva descentralização ao nível das decisões que afectavam as populações locais.

Este sistema manteve-se em Portugal até ao período centralizador do absolutismo, que teve o seu auge no século XVIII, com o Marquês de Pombal. A defesa da descentralização, que ainda se observa no Portugal contemporâneo apesar da tendência centralizadora das burocracias de Lisboa e de Bruxelas, nunca deixou de ter defensores no nosso país ao longo dos séculos, pelo que a proposta republicana nada de inovador trazia à sociedade portuguesa.

Mas um dos sintomas da fragilidade dos grandes princípios republicanos foi a utilização do Marquês de Pombal pela propaganda. O grande centralizador da História de Portugal era usado pelos mesmos que defendiam o municipalismo, sempre no respeito pela robusta ‘ética’ republicana, como ‘arma de arremesso’ contra os jesuítas e como manifestação de anti-clericalismo.

Quanto nos Custa a República

A demagogia republicana alarde em todo o mundo a mensagem que numa monarquia, a nobreza gasta enquanto que o povo passa fome.
Ainda hoje, o "custo" é ainda um dos principais argumentos que os republicanos usam, com algum sucesso, diga-se de passagem, junto das massas indiferenciadas.

Mas será verdade?

Recorrendo a um motor de busca da internet, chegamos, ao fim de 3 cliques, ao relatório e contas da Casa Real de Windsor. 132 Páginas com explicações, despesas descriminadas, tudo bem apresentado, próprio para ser lido e entendido por alguém sem conhecimentos de contabilidade
Recorrendo a bastantes mais cliques, e sabendo à partida que o valor da despesa da Presidência da república se encontra num documento chamado “Conta Geral do Estado”, conseguimos saber quanto nos custa a nossa actual chefia de estado.
Da "Conta Geral" apenas consegui retirar o valor de 17 188 538 € de despesas da presidência da República. De uma maneira geral o documento está concebido para ser lido por contabilistas ou alguém com fortes conhecimentos dessa arte. Um simples cidadão, pouca ou nenhuma informação, consegue extrair deste documento.

Resumindo, e falando apenas em despesas globais:
Despesas da Casa Real de Windsor (2007): 50 000 000 € (£ 40 000 000)
Despesa da Presidência da república Portuguesa (2007): 17 188 992 €

Da Wikipedia temos que a população estimada e PIB do Reino Unido e de Portugal no ano de 2007 foi:
Portugal: 10 617 575 hab - $ 148 866 666 667
Reino Unido: 60 975 000 hab - $ 1 734 166 666 667

Pelo que as despesas por habitante em ambos os países, com as respectivas chefias do estado foi, no ano de 2007 de:
Portugal: 1.61 €
Reino Unido: 0.82 €
Ou seja a presidência da república custa a cada Português o dobro do que custa a cada Britânico a sua Monarquia.

A diferença é ainda mais gritante se fizermos a comparação em termos de peso dessas despesas na economia. Assim sendo e expressando-as em percentagem do PIB (valores constantes da Wikipedia para 2007) temos que as mesmas representaram:
0.0115% do PIB em Portugal
0.0023% do PIB no Reino Unido
Ou seja a Presidência da República Portuguesa pesa 5 vezes mais na economia Portuguesa que a Monarquia Britânica na sua respectiva economia.
Venham lá Republicanos, chamem-me de DEMAGÓGICO!
Nota: Agradecia que alguma alma caridosa me fornecesse, ou indicasse onde posso encontrar uma informação descriminada sobre as despesas da presidência da república.

O pseudo-cientificismo dos republicanos

Portugal á beira do caos



Confrontos entre grupos de jovens originaram cena de justiça popular em Alhos Vedros



noticia aqui

Alhos Vedros, na margem sul do Tejo em Lisboa, foi palco de confrontos entre grupos de jovens que causaram três feridos sem gravidade e levaram à detenção de 13 pessoas pela GNR, com idades entre 16 e 20 anos. A população local terá apanhado um dos jovens, que agrediu até à chegada das autoridades.

“Em consequência dos confrontos, em que foram usados tacos de basebol com o intuito de agredir, 13 jovens foram levados para o posto de polícia da Moita”, disse o major da GNR Duarte Jacinto, ouvido pela RTP. “Aí os jovens foram apenas identificados mas saíram em liberdade.”

Um dos agressores foi apanhado no local por populares, que o agrediram a pontapé, tendo sido resgatado cinco minutos depois pela GNR, que o deteve.

Um homem cuja propriedade foi invadida foi buscar a caçadeira e terá atirado contra os rapazes, mas acrescenta que não é ainda certa a origem dos disparos.

Poucos dias após o aumento da criminalidade juvenil vir a público como um problema crescente e já com ligações sérias ao crime organizado, facto inédito em Portugal
«Serão centenas os jovens que vieram das favelas brasileiras para a Margem Sul de Lisboa e criaram o Primeiro Comando de Portugal (PCP). Não têm documentos mas sim cadastro e as autoridades acreditam estarem por trás de actos de violência»

Máfia das favelas entra em Portugal

«Apontou a arma aos lojistas de Odivelas, de Carnaxide ou do Dafundo para roubar plasmas, portáteis, ténis, blusões, fios, anéis de ouro e tudo o que os mais velhos do bairro já tinham. "Só da primeira vez é que tive medo", conta. Mas esteve sempre amparado pelos veteranos. A partir daí "foi sempre a abrir". Rola teve sorte. A "bófia" nunca chegou perto dele»

Estado Português incapaz de conter criminalidade organizada, até entre os jovens

Num cenário de crescente caos social ,Portugal repete os erros do regime que vigorou entre 1910 e 1926,

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caos nas ruas de Lisboa, em 1911



onde de um momento para o outro as ruas foram tomadas de assalto por bandos armados.A crescente falência do Estado como garante do direito, da estabilidade e paz interna surge cada vez mais como um facto consumado aos olhos da população.

fonte:
Somos Portugueses

Regicídio e República


Não podemos aceder à história apenas pelos circuitos dos humores momentâneos. Se a aproximação aos factos se faz sempre com elementos condicionados, quer pelo conhecimento parcial, quer pela distância do tempo, quer pela névoa da ideologia que foca e desfoca o que, embora inconscientemente, parece relevante, cumpre-nos sempre reler a história e examinar mais profunda e friamente os dados e os significados.

A República esteve discretamente escondida nas entrelinhas de quase todas as crónicas que foram feitas sobre o assassínio do Rei de Portugal de em 1908. Notou-se algum desconforto em não condenar expressamente um acto de violência máxima, apenas por ele ter sido lançado por quem poderia pretender outra coisa: matar a monarquia enquanto matava o Rei.

Chegamos assim aos retorcidos da história e suas interpretações. Os cronistas não estão isentos desta manipulação, nem os jornalistas, os políticos, os intelectuais ou religiosos. Nem a opinião pública. Temos em Portugal experiências recentes de factos que foram enxertados nos anais segundo as conveniências enigmáticas dos seus historiógrafos. Percebe-se, mas não é honesto.

Por isso merece o maior realce o testemunho exemplar do Cardeal Patriarca de Lisboa pela celebração a que presidiu em S. Vicente de Fora e pela palavra luminosa que lançou sobre o centenário do regicídio.

Estamos a dois anos de celebrar o centenário da implantação da República. Nalguns areópagos começa a contagem de espingardas, glórias e vindictas. Pelo que já se cheira vai haver muitas histórias à volta da mesma República. Datas como 1789, 1834, 1926 vão dar que perorar a eruditos de circunstância. Mais do que extrair dividendos importa um esforço comum por aprofundar o que objectivamente se passou para termos algo de autêntico a transmitir às gerações vindouras. A história não é um brinquedo de circunstância.

António Rego

Fonte : http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia.asp?noticiaid=56060

A irrelevância de um Presidente

“Crise vai atingir portugueses”

VAI????... não será mais... já atingiu... há alguns meses!


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O Correio da Manhã, aqui fala dos comentários do PR português acerca da crise financeira, que já dura desde o verão de 2007.
E este ano o Estado de Nova Iorque foi (onde está Wall Street) o 1ºEstado dos EUA a declarar oficialmente recessão aqui,no final de Julho

«O Presidente da República considerou ontem que os portugueses ainda vão sentir os efeitos da crise internacional e responsabilizou "reguladores, supervisores e bancos centrais" pela actual situação dos mercados financeiros, afirmou Cavaco Silva, que hoje discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Pela primeira vez o Chefe de Estado português comentou a crise financeira internacional e alertou para o facto de esta afligir principalmente aqueles que "têm menos acesso ao crédito" e que "pagam taxas de juros mais altas". E advertiu: "Tudo isso vai, quase de certeza, atingir os portugueses."»

"A Wall Street é o epicentro do ciclone financeiro", afirmou o chefe de Estado português, AQUI,acrescentando que tem a sua ideia sobre aquilo que falhou: "Os reguladores, os supervisores, bancos centrais, a invenção que se fez de produtos financeiros"...e também dos politicos distraidos

Não fosse a situação grave e pensaria-mos tratar-se de um piada de mau gosto.Que o PR tem vindo a dar sinais crescentes de estar mal assessorado, é um facto. Que o PR tem assumido de forma crescente uma posição de contraponto ao executivo (como se de um Governo sombra, se tratasse ) é, igualmente, uma triste verdade... agora, um tal afastamento da realidade nacional, chega a ser ofensivo.
Com o Plano de Investimentos do Governo parado, por falta de financiamento; com o crescente nº de casas que vão a leilão, por falta de cumprimento das hipotecas; com o nº de empresas a fechar; com o aumento constante das taxas de juro desde há um ano... convém perguntar em que país esteve Cavaco Silva, ou se a ONU está, sequer, interessada em ouvir demências de um mau Chefe de Estado, que nem o próprio País , que representa, conhece.

Já o PUBLICO também aqui dá destaque a um ângulo diferente do périplo presidencial «Cavaco angaria apoios para candidatura de Portugal ao Conselho de Segurança da ONU».

Relevando o facto de o PR andar a fazer o turno do Ministro dos negócios estrangeiros
e a gastar o érario publico para criar uma ideia sobre o que se passou nos mercados financeiros, «Tenho a minha ideia sobre aquilo que falhou», afirmou o PR.
Bastaria ao Presidente prestar um pouco mais de atenção ao País real e menos aos conflitos politicos e aos aviões que passam no céu do Algarve para perceber que aquilo que diz está desactualizado.

Consequência natural dos regimes que julgam poder criar Chefes de Estado de um dia para o outro, o exemplo português é apenas uma gota de água no imenso mar de Chefes de Estado republicanos, eleitos por campanhas de marketing que em nada asseguram a competência necessária para um cargo politico com tal relevância. desde Bush (filho ou pai)que provocou a estagnação económica e uma quase recessão nos EUA, passando por Sarkozy que quase afunda a UE devido á natural incompetência para tudo o que está além do umbigo até ao Anibál Cavaco Silva, que de tanto olhar para os aviões do Algarve nem vê o povo português a empobrecer a cada dia que passa.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

O mau ensino publico

Sobram perto de 11.800 vagas para a segunda fase de candidaturas ao ensino superior



Numa espécie de prémio suplementar na imensa "lotaria" em que se transformou o acesso ao Ensino Superior a imprensa de hoje (23) noticia (como tem acontecido todos os anos desde que a oferta passou a ser maior do que a procura) a existência de mais uma oportunidade.



«Perto de 11.800 vagas estão disponíveis para a segunda fase de candidaturas ao ensino superior. Os cursos de medicina e arquitectura ainda não estão completamente preenchidos.O número compreende as 5917 vagas que sobraram da primeira fase de candidaturas, mais as que não se concretizaram na matrícula e inscrição assim como as vagas que sobraram dos concursos especiais e da recolocação de estudantes que entraram na primeira fase...»


Num País que nem sequer tem estrutura empresarial para absorver tanta qualificação o número de vagas é uma noticia mais aprazivel do que o nº de licenciados que está no desemprego há mais de um ano, ou que ocupa um emprego (normalmente precário) que se encontra vários pontos abaixo das expectativas idealizadas.
Já nem indo ao encontro dos vários cursos ,cujos programas não são actualizados há mais de 10 ano, ou das "feiras" de emprego que se realizam no final do curso...muito proveitosas para conseguir trabalhadores motivados e abaixo do custo de mercado (que normalmente são precários e não duram mais de ano e meio), mas que não têm qualquer consequência real na carreira da maioria.Convém perguntar se, efectivamente , alguma vez o Ensino Superior foi um sector relevante para a classe politica e para o regime
ou mesmo se a qualificação da mão de obra é um imperativo para o actual modelo económico português?

Portugal é dos paises que menos investe no sector do ensino

Portugal fica em 22º lugar num total de 33 países no que respeita ao investimento que faz por cada aluno e situa-se na cauda da tabela quanto aos empregados sem qualquer qualificação. Quanto ao número de alunos por turma, as escolas portuguesas ficam na 25ª posição de um ranking de 31 Estados.Não admira que o acesso á universidade seja encarado pela maioria da população estudantil como uma "lotaria" reservada para que consegue distorcer as regras do jogo, tem dinheiro para ir para uma privada ou é demasiado inteligente para ter sido produto do ensino português.
A própria a ministra da Educação evoca a meta de 100% de aprovação para alguns graus de ensino quando qualquer aluno do liceu sabe (ou deveria saber...ainda mais uma ministra) que 100% de resultados favoráveis não existe em amostras populacionais de milhares de individuos.

Infelizmente o ensino em Portugal continua a ser um pasto para propaganda politica, onde o que menos interessa é a real aquisição de capacidades.

O problema base já vem de longe, mas a resolução sempre foi adiada pelas alterações de regime.Desde as comvulsões académicas do principio do sec XX que o acesso e conclusão de um curso Superior está intimamente ligado com o aceso a um cargo público e um emprego garantido e bem renumerado.Desde os finais do sec XIX ,o rotativismo havia entrado no ciclo da promessa de empregos publicos para garantir apoios e votos, em poucos anos o nº de funcionários publicos de forma exponencial incapacitando a própria estrutura financeira do Estado.
Ponto primordial para atingir um posto publico passava pela obtenção de um diploma académico..desse principio ,a considerar os lentes que reprovavam, como "anti-democrática" foi um passo muito pequeno.
Fazendo lembrar as "passagens administrativas" da década de 70 (do sec XX), a revolução de 5 de Outubro teve o mesmo impacto..o acesso a um cargo publico, via certificação universitária, seria uma realidade possivel para os 100% da pop. académica (fazendo lembrar a actual ministra da educação) .No ano de 1911 a Universidade de Coimbra seria utilizada pela elite republicana e em particular o futuro 1º Presidente da Republica Manuel d´Arriaga como escada de acesso ao poder...nem a destruição parcial da Universidade retirou ao novo reitor daquela instituição o sorriso de ser o novo reitor.

Em apoteose foi recebido o novo reitor do novo regime

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tudo em nome..não da revolução republicana..mas contra "o velho preconceito, contra as antigas e severas praxes dáquelle estabelecimento"...o preconceito seria as avaliações rigidas..quanto ás praxes..praxes!?

O resultado foi a destruição das Cátedras nas aulas, o vestuário dos lentes, mobiliário, quadros, destruição da Sala dos Capelos ...e o homem que na visita ao caos regojizava de alegria, Manuel dÁrriaga,o novo Reitor da Universidade de Coimbra e futuro 1º Presidente da Republica Portuguesa.

...que reitor gosta de ver uma instituição de ensino destruida?..certamente um não-reitor

Afonso Costa reformou o ensino criando a Faculdade de Ciências Económicas e Politicas..junção das faculdades de Medicina, Ciências e Letras..que em 1913 se transformaria em Faculdade de Direito, onde o seu 1º director foi o Sr Afonso Costa.
Nada mais interessante...um homem que cria o seu próprio emprego!

E assim continua...aos jovens (e respectiva ascendência) agrada-lhes saber que o acesso ao ensino superior está garantido, mesmo que nada saibam ou estejam dispostos a saber...ou mesmo se o mercado tem capacidade

bem haja

D. Manuel II, um rei «atento e preocupado»


D. Manuel II foi um monarca «atento, preocupado, cauteloso, mas não um tonto, piedoso e orientado pela mãe», como acusavam os republicanos, sustenta a historiadora Maria Cândida Proença, autora de uma biografia do último Rei de Portugal.

«D. Manuel II era um moderador, cauteloso sem dúvida, e profundamente preso ao juramento que fizeram à Carta Constitucional, a 06 de Maio de 1908, quando assumiu a coroa», disse a investigadora Maria Cândida Proença à agência Lusa.

A historiadora afirmou que o monarca «não era o tonto que a propaganda republicana pretendeu fazer dele», e lamentou o facto «da sua personalidade e acção serem pouco conhecidas dos portugueses que fazem dele uma outra ideia». A sua curta acção política como soberano, de 1908 a 1910, «demonstra preocupação com o país».

«Estudava as pastas até altas horas da noite, e era atento à situação política, pois tentou travar o avanço republicano, ao fazer uma aliança com os socialistas, procurando cativar para a Coroa as massas populares e o operariado».

Para esta biografia que levou cerca de seis meses a concretizar, a historiadora utilizou dois fundos documentais inéditos, o espólio de D. Manuel II e o que se encontra depositado na Associação Cultural da Casa de Sabugosa e S. Lourenço.

«Estes documentos dão, por exemplo, novas pistas relativamente ao Pacto de Dover que estabelece a pretensão ao trono [assinado em 1912 pelos dois ramos da família de Bragança]».

Relativamente a esta biografia, agora editada pela Temas & Debates, Maria Cândida Proença afirmou que procura «ser esclarecedora relativamente à ideia feita do monarca pela propaganda republicana, traz novos dados da sua atitude política durante o exílio em Inglaterra, e a sua acção na Cruz Vermelha Internacional».

«D. Manuel tinha um grande amor a tudo o que era português e teve sempre em primeiro plano os interesses patrióticos e dos portugueses, e não os seus», acrescentou.

D. Manuel II assumiu a trono aos 18 anos, após o assassinato do pai, o Rei D. Carlos, e o seu irmão mais velho, D. Luís Filipe, a 01 de Fevereiro de 1908, interrompendo a sua carreira naval à qual estava predestinado.

A 04 de Setembro de 1913 casa em Singmaringen (Alemanha) com a princesa Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, sua segunda prima, pois ambos eram bisnetos da Rainha D. Maria II e do príncipe consorte D. Fernando. O Rei morreu a 02 de Julho de 1932 em Twickenham (Inglaterra) não deixando descendentes, assumindo a pretensão ao trono, de acordo com o Pacto de Dover, D. Duarte Nuno de Bragança, neto de D. Miguel I.

Fonte : Portugal Diário

Públicas virtudes...


A "salvífica" revolução republicana foi proclamada da varanda do Palácio do Município. Deve ser por isso que hoje daí emana a tão activa a essência da moral republicana.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

"A Oeste de de novo"

A Imprensa noticiava hoje de manhã (aqui)

«Um grupo de agricultores da Galiza derramou hoje mais 25 mil litros de leite de Portugal que estava a ser transportado para uma fábrica na região, num protesto para exigir um "preço digno" para o leite galego.

O incidente ocorreu quando um camião cisterna da empresa de Barcelos "A Fornecedora", que se dirigia para a fábrica da Corporación Peñasanta - de que faz parte a leitaria Larsa - foi travado em Lugo. A acção surge depois de manifestações, nos últimos meses, contra a importação de leite de Portugal a preços mais baratos que os praticados na Galiza.«


mais tarde no mesmo dia noticiava (aqui)

Sábado sem abastecer para lutar contra preços elevados dos combustíveis

Não abastecer os veículos durante o próximo sábado é a forma de luta que a associação de defesa do consumidor Deco está a promover contra o preço dos combustíveis. O protesto ocorre depois de, nas últimas semanas, as petrolíferas terem sido acusadas de não reflectirem nos preços a descida das cotações do crude.



...o que será de pouca relevância porque o barril já está nos 120 dolares e até ao final da semana..se calhar..até haverá "razões" para aumentar a gasolina e gasóleo

No entanto,em ambos os casos existe um padrão comum aos dois paises (Portugal e spanha) e a ambas as economias..a população, lentamente consciencializa ter o direito de tomar por si as decisões, que á Administração Central faltou a coragem ou o talento para tomar...trata-se, no fundo, do não reconhecimento da autoridade ou capacidade do Estado

Este fluxo e refluxo de contestações civis não estruturadas, ou a "cavalgar" o momento sem qualquer vislumbre do real impacto das suas acções não mais é do que a repetição daquilo que foi o sec XX europeu, onde regimes e governos implantados, por força da conjuntura ou por consequência de golpes de Estado (como o 5 de Outubro de 1910)depressa definhavam na mais pura contestação á autoridade do Governo eleito , na duvida sobre as reais intenções dos governantes ou partidos que os apoiavam.

Questionar o mercado (quer seja o do Leite e derivados ou o dos combustiveis) imputando responsabilidades e capacidade aos governos nacionais é uma directa consequência da fraca consciência daquilo que é um mercado por parte da população e uma falha grave nas funções reguladoras do Estado.

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caricatura de 1925 «quem me dera ser aquele...e saber o que sei hoje»


Na decada de 20 do sec XX português não havia pão e a população definhava sob o espectro da fome, o próprio Presidente Sidónio Pais viu-se obrigado a regular o mercado do pão impondo preços fixos...em apenas 11 anos o regime saido do 5 de Outubro evidenciava as feridas sociais da sua falta de capacidade.
Se em 1910 lutava-se (ou julgava-se lutar) por um hipotético regime sem falhas sociais, passados 10 anos lutava-se por uma razão muito mais real..pela sobrevivência ou mesmo um pedaço de pão...e quase 100 anos depois permanecemos a lutar pela sobrevivência

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Tal como os telegramas alemães enviados para o quartel general em 1918, já no final da I grande Guerra..."a oeste nada de novo"
Também neste pequeno rectângulo .."a oeste nada de novo"..o vento atlântico continua a soprar e nós continuamos convencidos que podemos sobreviver a um regime inapto

bem haja

A república no seu melhor (6)


Eleições: Instalados no poder pela força das armas, os republicanos de imediato traíram as suas promessas e renegaram o sufrágio universal. Antes da revolução de cinco de Outubro, haviam 850 mil eleitores recenseados, em 1913 apenas 400 mil. Nas eleições de 1911, o partido republicano obteve 97% das cadeiras parlamentares. Como é que a propaganda republicana escreveu a história? Saiba tudo aqui em Eleições e Historiadores, por Carlos Bobone.
Na imagem (daqui): Elementos da "Formiga Branca" à Porta do Arsenal da Marinha.

Portugueses estão a andar mais de bicicleta

Dia europeu sem carros: Portugueses estão a andar mais de bicicleta

Num pais á beira do ocaso económico o Governo e as administrações locais preocupam-se com tudo menos com o essencial

Por ora, ainda são poucos os que fazem as suas principais deslocações diárias a pedalar sobre duas rodas: apenas um por cento dos portugueses, segundo um inquérito do ano passado da Comissão Europeia.

Mas o número está a aumentar. "É uma tendência irreversível", afirma José Caetano. "Curiosamente, quem está a vir mais para as bicicletas são as mulheres", completa.

O mercado confirma a tendência. Na cadeia de lojas de equipamentos desportivos Sportzone, as vendas duplicaram nos últimos três anos. As mais procuradas são as de montanha, "sendo igualmente considerável o aumento de procura por parte do segmento feminino", explica a empresa, em respostas escritas enviadas ao PÚBLICO.

Para uma verdadeira integração da bicicleta nas cidades, não há quem não mencione um passo essencial: a revisão do Código da Estrada. "O código está obsoleto. Não dá prioridade à bicicleta", afirma José Nuno Amaro.



Ainda são poucos - apenas um por cento

Em plena crise económica onde o risco de recessão é quase uma realidade, não deixa de causar admiração ver os nossos governantes preocupados com a poluição e com o excesso do uso do carro...quando o consumo de combustivel desceu 10% e todos os dias mais pessoas encostam o carro por não terem capacidade para acompanhar o aumento galopante dos combustiveis
Não fosse o facto de a maior parte do tecido empresarial português ser composto por PME´s (com especial relevância para os profissionais liberais que na maioria dependem fortemente do uso do automovel) ainda poderiamos dizer que fechar uma parte da cidade ou restringir a circulação automóvel dentro das zonas económicas mais dinâmicas do tecido urbano poderia ser considerado um acto de consciência ecologica para uma sociedade mais auto-sustentavel.

Mas numa sociedade á beira da recessão e com um número crescente de familias a não conseguirem cumprir as suas obrigações financeiras restringir a sua capacidade económica é pura burrice e ignorância.
Infelizmente a Republica continua a sofrer da mesma doença, desde 1910.
A politica e a gestão do Bem Publico continua ao sabor de modas irresponsaveis, de uma Administração Central ,ainda e cada vez mais, afastada da realidade. Tivessem os monarcas constitucionais portugueses a mesma mentalidade e hoje não haveriam comboios nem estradas.

Certamente seremos mais a usar a bicicleta no futuro, mas não será por opção nem por consciência ecológica...será mesmo por falta de dinheiro

bem haja

Centenário da Republica: Comissão ainda não tem programa, calendário, manifesto, prioridades, objectivos ou princípios definidos

O presidente da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, Artur Santos Silva, afirmou hoje que a sua equipa ainda não tem programa ou princípios definidos para celebrar esta efeméride da História de Portugal.

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"só falaremos em Setembro, porque até lá vamos preparar o programa em conjunto" afirmou Artur Santos Silva em Julho.

(22 de Setembro de 2008)


República/Centenário: Comissão ainda sem programa ou princípios definidos

As breves declarações de Artur Santos Silva foram proferidas após ter sido recebido pelo presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, encontro que durou quase duas horas, a 21 de Julho.

"Viemos conhecer as iniciativas planeadas pela Assembleia da República [para o Centenário das Comemorações da República] para que não haja sobreposições", declarou Artur Santos Silva à agência Lusa após o seu encontro com Jaime Gama.

Interrogado sobre os princípios que irão presidir à Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, o banqueiro afirmou que "nada está ainda definido".

"Neste momento estamos a preparar o programa", disse.

Já sobre a existência de fortes divergências entre os historiadores portugueses, quer sobre o período que antecedeu a revolução de 05 de Outubro de 1910, quer sobre a experiência do regime da I República, o banqueiro deu uma resposta seca: "só falaremos em Setembro, porque até lá vamos preparar o programa em conjunto".

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, empossou a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República no passado dia 12 de Junho.

Tomada de posse da Comissão organizadora do Centenário da Republica

No acto de posse, o chefe de Estado afirmou que as comemorações do centenário vão ser uma das "mais importantes realizações cívicas e culturais que Portugal levará a cabo no futuro".

"O ano de 2010 avizinha-se e, por isso, há que avançar com rapidez e dinamismo", frisou, acrescentando que a tarefa desta comissão é "conceber e concretizar um programa que mobilize os portugueses" numa "celebração de alegria e festa, sem criar fracturas artificiais ou divisões que não se inscrevem no âmbito específico das comemorações da República".

Para além de Artur Santos Silva que preside, a Comissão tem como vogais Sarsfield Cabral, João José de Sousa Serra, Maria Fernanda Garcia Rollo e Raquel Henriques da Silva.

A composição desta Comissão foi anunciada pelo Governo a 16 de Maio e foi acordada entre o Executivo e o Presidente da República.

Relembramos que são funções primordiais desta comissão: "cabe à Comissão Nacional apresentar ao Governo a proposta de Programa das Comemorações, para aprovação no prazo de três meses após a respectiva nomeação"...portanto até Outubro
Quem é quem na comissão do Centenário da República?

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Artur Santos Silva, presidente do BPI. Figura pública com grande visibilidade, pelo que sabemos, descendente de republicanos com alguma influência na cidade do Porto e personalidade interessada em temas relacionados com a História e a Cultura do País. Basta relembrar a sua ligação à Porto - 2001: Capital Europeia da Cultura.

Maria Fernanda Rollo, integra o Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Doutorada em História Económica e Social Contemporânea, Professora Auxiliar do Departamento de História da FCSH da UNL; Coordenadora das Unidades de Investigação do Departamento de História da FCSH/UNL; Membro do Conselho de Redacção da revista Ler História; Membro fundador da Associação Portuguesa de História das Relações Internacionais (APHRI); Membro da Associação Portuguesa de História Económica e Social.

Obras publicadas: Portugal e o Plano Marshall, Estampa, Lisboa, 1994;"Percursos Cruzados", in Engenho e Obra. Uma abordagem à História da Engenharia em Portugal no Século XX, Coord. J. M. Brandão de Brito, Manuel Heitor e Maria Fernanda Rollo, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2002; "Inovação e produtividade: o modelo americano e a assistência técnica americana a Portugal no pós-guerra", in Momentos da Inovação e engenharia em Portugal no Século XX, 3 vols., coord. de J. M. Brandão de Brito, Manuel Heitor e Maria Fernanda Rollo, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2004.

Projectos de Investigação (entre outros): Coordenação geral (com J.M. Brandão de Brito e Manuel Heitor) do projecto Engenho e Obra. História da Engenharia em Portugal no Século XX;
Coordenação do projecto História e Património do Grupo PT;
Coordenação do projecto Emigração e Comunidades Portuguesas.

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João Bonifácio Serra, Professor Adjunto, em regime de tempo integral e dedicação exclusiva, na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (Instituto Politécnico de Leiria). Licenciado em História na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1974, exerceu funções como docente do ensino secundário de 1971 a 1978. Em 1979 entra como Assistente Estagiário no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa até 1984, transitando depois para o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde permanece até 1994. Exerceu depois a função de vogal da Comissão Instaladora da Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha do Instituto Politécnico de Leiria (1989 a 1991). Docente na Escola Superior de Artes e Design, Cursos de Artes Plásticas, Design e Animação Cultural (desde Agosto de 2004). Desempenhou as funções de Consultor (1996-1997) e assessor (1997-2004) da Casa Civil do Presidente da República Dr. Jorge Sampaio, e, posteriormente,Chefe da Casa Civil do Presidente da República (Setembro de 2004 a Março de 2006).

Publicou:"A Primeira República Portuguesa: evolução política (1910-1926)", in Portugal Contemporâneo, vol. III, coordenado por António Reis, Lisboa, Alfa, 1991; "Francisco Grandela: um retrato", in Francisco Grandela, o Grande Homem, Lisboa,1994;“Administração e Política no 1º quartel do Século XX”, in História dos Municipios e do Poder Local em Portugal, coord. de César Oliveira, Lisboa, Círculo de Leitores, 1996; "Egas Moniz" e diversas outras entradas no Dicionário de História do Estado Novo,coord. de Fernando Rosas e J. M. Brandão de Brito, Lisboa, Círculo de Leitores, 1997; "O sistema político da Primeira República", in A Primeira República Portuguesa – entre o Liberalismo e o Autoritarismo, coord. de Nuno Severiano Teixeira e António Costa Pinto, Lisboa, Colibri, 1999; "Manuel de Arriaga", "João do Canto e Castro", "Jorge Sampaio", in Os Presidentes da República, coord. de António Costa Pinto, Lisboa, Temas e Debates, 2001; "Manuel Pinheiro Chagas" e diversas outras entradas in Dicionário Biográfico Parlamentar, coord. de Maria Filomena Mónica, Lisboa, 2005/2006; Manuel de Arriaga: uma Biografia Política, Lisboa, Museu da Presidência da República, 2006. Os interessados podem encontrar o currículo completo na página que este historiador disponibiliza juntamente com outras informações importantes sobre a sua carreira.

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Raquel Henriques da Silva, reconhecida historiadora de arte, que esteve ligada ao Instituto Português de Museus e à leccionação na Universidade Nova de Lisboa, onde se dedicou ao urbanismo e arquitectura, entre outras áreas. Figura bastante dinâmica ligada a diversos projectos em destaque nos últimos anos. Publicou diversos títulos ligados à História da Arte.

Por fim, uma figura com prestígio nos meios da comunicação social,
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Francisco Sarsfield Cabral, colaborador de jornais de referência como o Público, o Diário de Notícias entre outros, e director de informação da Rádio Renascença. Publicou também diversas obras no domínio da ética e diversos ensaios sobre as mais variadas temáticas.

Aguardamos com expectativa as propostas e actividades a levar a efeito entre 2010 e 2011 e cá estaremos para as analisar.

fonte:
Somos Portugueses

Republica continua igual a si própria...uma excelente desculpa para fazer dinheiro á custa do povo

A possibilidade da sociedade Frente Tejo - que vai gerir a reabilitação da frente ribeirinha de Lisboa - fazer obras por ajuste directo em valores cinco vezes mais do que o permitido pela lei é justificado pelo Governo com a "urgência" em ter o projecto pronto para o centenário da República, a comemorar em 2010.

Trata-se entre outros projectos da ampliação para o triplo do terminal de contentores e a prorrogação do prazo da concessão por mais 40 anos, bem como a construção da parede de 600 metros em Santa Apolónia prevista para um novo terminal de cruzeiros.

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"O que é que as comemorações da República têm a ver com a frente ribeirinha?", questionou a vereadora, que ontem assistiu ao debate, considerando que a justificação dada pelo ministro "é lamentável" "é incompreensível" que uma empresa possa ter esta excepção "para que o Governo realize uma obra do regime".

(22 de Setembro de 2008)




Facilidades para frente ribeirinha justificadas pela urgência da obra

A vereadora Helena Roseta não aceita regime de excepção para fazer "obra de regime" em Lisboa.


Uma "justificação lamentável" ,usar o Centenário da Republica cuja comissão nem sequer tem programa ainda, diz Helena Roseta, vereadora CPL, a cujas críticas se juntaram as dos partidos da oposição, a quem o movimento Cidadãos Por Lisboa instigara para que exigissem a apreciação parlamentar do decreto-lei que cria a entidade responsável pela requalificação e reabilitação urbana da zona ribeirinha.

PSD, PCP e CDS-PP pediram a apreciação parlamentar do diploma que cria aquela sociedade e que permite um regime de excepção nas contratações públicas de obras. A sociedade, em mãos de capitais públicos, poderá adjudicar obras por ajuste directo (sem concurso público) até ao valor de cinco milhões de euros, quando o recente Código dos Contratos Públicos só permite este regime até ao limite de um milhão de euros.

"Isto é um mero pretexto para realizar obras sem concurso público, num plano que não foi discutido e não teve debate público", sublinhou António Monteiro, do CDS-PP. Luís Rodrigues, do PSD, criticou dois dos projectos para a frente ribeirinha de Lisboa: a ampliação para o triplo do terminal de contentores e a prorrogação do prazo da concessão por mais 40 anos, bem como a construção da parede de 600 metros em Santa Apolónia prevista para um novo terminal de cruzeiros.

"A política seguida pelos governos tem sido a de aligeirar a actividade portuária da frente ribeirinha. Porque é que este Governo quer fazer o contrário?", questionou Luís Rodrigues. Quanto ao terminal de cruzeiros, o deputado defendeu a requalificação do Cais da Rocha de Conde de Óbidos.
Para Bernardino Soares, líder da bancada comunista, o principal problema do decreto em discussão é que retira da Câmara de Lisboa a gestão de um território, entregando-o a uma sociedade controlada pelo Governo. A alteração dos limites da contratação de obras "vai contra os princípios da transparência", frisou.

Também o Bloco de Esquerda criticou a excepção aos máximos impostos pela nova lei, em vigor desde Janeiro. "Era a menina dos olhos do Governo, mas durou pouco tempo", disse Helena Pinto.

Em resposta, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, justificou a excepção com a "urgência em ter a intervenção [na frente ribeirinha] pronta para o centenário da República", em 2010. Por outro lado, sublinhou que "nenhuma das competências da autarquia será prejudicada por este regime".



Comissão do Centenário da Republica: sem programa ou princípios definidos


Para Helena Roseta, "é incompreensível" que uma empresa possa ter esta excepção "para que o Governo realize uma obra do regime". "O que é que as comemorações da República têm a ver com a frente ribeirinha?", questionou a vereadora, que ontem assistiu ao debate, considerando que a justificação dada pelo ministro "é lamentável".
Helena Roseta lamenta que o Governo abra excepção ao Código dos Contratos para realizar uma obra de regime.

Fonte:
Somos Portugueses
Cidadãos por Lisboa

domingo, 21 de setembro de 2008

Tromba de água e laxismo republicano deixam D. Afonso Henriques debaixo de água

Falta de manutenção e tromba de água deixam D. Afonso Henriques debaixo de água


Diversos estabelecimentos comerciais e a Igreja Santa Cruz, na baixa de Coimbra, foram inundados devido à chuva intensa que esta tarde caiu na cidade, atingida pouco depois das 16h00 por uma forte trovoada.

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21 de Setembro de 2008 Coimbra:
tromba de água inunda baixa da cidade


«A zona mais afectada foi a Praça 8 de Maio e ruas adjacentes, onde se concentra o comércio tradicional da cidade.

Segundo os bombeiros, no pico da inundação, a água chegou a atingir 50 centímetros de altura dentro da histórica igreja, onde está sepultado o rei D. Afonso Henriques, e a intensidade de chuva caída durante cerca de 30 minutos não possibilitou um escoamento eficaz pelo sistema de drenagem das ruas. »

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Laxismo Nacional...mais forte que qualquer hoste inimiga



Mais um indicio para o Inverno que se avizinha e o laxismo que impera nas estruturas públicas, sejam estas Escolas, Esquadras ou Hospitais, o mote é deixar entrar água, ou como o povo diz "meter água".

Tanto o País como o nosso primeiro Rei mereciam melhor sorte

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Homenagem a D. Afonso Henriques no próximo 5 de Outubro de 2008, mais relevante do que nunca nestes tempos

O evento vai decorrer na igreja de santa cruz em Coimbra.
Como é tradição em Coimbra todos os anos no dia 5 de Outubro, realiza-se uma celebração nesta data,ás 11:00, na igreja onde se encontra sepultado o Rei D. Afonso Henriques.

A igreja de Santa Cruz, fica situada na Praça 8 de Maio em Coimbra. Que fica junto à PSP, câmara municipal e no seguimento da Rua Ferreira Borges.


A razão de ser no dia 5 de Outubro a fundação de Portugal.
Para quem não sabe, 5 de Outubro é a data mais provável da assinatura, em 1143, do Tratado de Zamora que, como todos aprendemos na escola, é o tratado pelo qual D. Afonso VII de Leão reconheceu a independência do então ainda Condado Portucalense. O título de Rei, para D. Afonso Henriques, só viria a ser reconhecido mais tarde, em 1179, com Bula Manifestis Probatus, sob o Pontificado de Alexandre III.

Fonte:
Somos Portugueses

A república desvia-se progressivamente do Socialismo

António Arnault “Pai” do SNS questiona diginidade de médicos que trabalham para empresas de serviços.
António Arnaut, autor da lei que criou o Serviço Nacional de Saúde (SNS), está preocupado com o estado “comatoso” em que se encontra a Saúde em Portugal e acusa os médicos que trabalham através de empresas de “falta de dignidade”.
Em entrevista à Lusa, António Arnaut questionou a “dignidade da função” de médico dos profissionais que são colocados nos hospitais públicos por empresas que vendem serviços médicos como poderiam fornecer os préstimos de “canalizadores”.

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Para António Arnaut, a saúde está em coma, mas “ainda é possível fazer alguma coisa”. A solução passa, na sua opinião, por três respostas da tutela: restabelecimento das carreiras médicas, remuneração condigna e condições de trabalho.»

(Num artigo do PUBLICO, aqui)

António Arnault, mais do que criticar o estado actual da carreira dos médicos ou as condições precárias da Saude alerta para um eventual fim do SNS se o caminho ,até hoje seguido, não for alterado.
Consequência óbvia de um Liberalismo pedante e socialmente superficial leva as elites governantes a considerarem o acesso á saude como um serviço perfeitamente acessivel ao mais comum dos cidadãos..não estivessemos no seculo da informação e seria um puro acto de ignorância
No estado actual de eminência de recessão o caso resvala para para um desvio óbvio dos que devem ser as politicas Públicas. Já D. Manuel no longinquo ano de 1909 se apercebeu da questão social e o impacto que poderia ter, e veio efectivamente a ter em todo o sec XX.

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«Em 1909, D. Manuel II convidou Léon Poinsard e Paul Descamps, da escola de ciência social fundada por Henri de Tourville e Edmond Demolins, para dia­gnosticar a sociedade rural e operária.
O resultado foi um notável estudo sobre a família operária, que se ocupa na indústria em complementaridade com a cultura hortícola e a pecuária doméstica na produção do rendimento familiar.»
Embora as condições de vida dos trabalhadores agrícolas portugueses fossem muito difíceis e se encontrassem nos campos situações de pobreza extrema, aqueles que, na época, se preocupavam com a «questão social» identificavam-na apenas com as condições de vida dos trabalhadores industriais das grandes cidades. Apesar de, em Portugal, os trabalhadores na indústria não constituírem as grandes massas que se poderiam encontrar nos países mais industrializados como Alemanha, França, Grã-Bretanha, existia contudo alguma tradição organizativa, em associações profissinais nais de socorros mútuos, e, ao contrário dos camponeses, muitos sabiam ler.

Bem haja!

O que Teófilo Braga,( Presidente do Governo Provisório que implantou a República) pensava dos restantes republicanos e do regime

Em 1913 dá-se um incidente politico.Teófilo Braga com o intuito de ser nomeado Presidente da Republica, facto que atingiria em 1915, inicia em 1913 uma campanha de divulgação das misérias morais dos principais actores da Republica, facto que lhe valeu o ódio dos republicanos
Covém não esquecer que Joaquim Teófilo Fernandes Braga foi o Presidente do Governo Provisório que implantou a I República.


Teófilo Braga

«eu sempre falei da abolição do Conselho de Estado, da Câmara dos Pares e do corpo diplomático. Lavraram-se um a um os decretos que demitiam os antigos (diplomatas) e eu vi entrar essa gente toda que para aí está.»


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«- Oh meu caro amigo! tire o Bernardino que terá vontade de ser útil ao País, e o resto são todos uns ... eu não digo, eu não digo.» O DIA,

«GOVERNO ALGUM PODE TOMAR A SÉRIO COMO DIPLOMATAS OS INDIVÍDUOS QUE PRESENTEMENTE OCUPAM AS LEGAÇÕES DE PORTUGAL.» "O SECULO" (30/3/1913)

«é tudo uma lástima, meu caro. O Augusto de Vasconcelos quiz ir à viva força para Londres, mas lá não o aceitaram: lá não dão categoria aos cirurgiões para serem ministros plenipotenciários. O Junqueiro devia ir para Espanha, que ele conhece, ele que é todo arte e literatura. Mas por doença de família precisou de ir para a Suíça e então lá abalou para Berna e por lá anda a fazer coisas disparatadas.»

« Esse sujeito [Jose Relvas], logo nos primeiros dias da revolução apresentou-se-nos no conselho de ministros e disse: "Como o Bazílio Teles não vem para as finanças, eu queria ficar no lugar dele." Eu fiquei mesmo parado, a olhar para o Bernardino, pasmado do impudor. Estava uma noite de chuva. E eu então, para dizer qualquer coisa, disse para o Bernardino: Olhe, você vem para baixo? E como ele dissesse que sim, declarei que já era muito tarde, que o melhor era não se resolver nada naquela noite. Mas o homem depois tornou-se a impor, com o grupo do José Barbosa e do Inocêncio Camacho à frente, a empurra-lo, e ficou Ministro das Finanças.»

«Esse [João Chagas]é uma lástima, creia. Tudo que se diz agora contra ele na imprensa francesa não e novidade nenhuma para ninguém de ca. Antes de ele partir para Paris já aqui o Ministro da França tinha as suas informações.»

(21 de Setembro de 2008)


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Entrevista de Teófilo Braga com "O SÉCULO":
(30/3/1913)

1. Estou intimamente e absolutamente convencido de que é impossível uma conflagração europeia.

— É por eu estar íntima e absolutamente convencido deste facto que lhe digo que não há necessidade alguma de pensarmos nessa organização guerreira que para aí se apregoa.

— Falámos da questão propriamente interna; falemos agora da nossa situação no campo internacional. Não seria conveniente definir clara e precisamente os termos da aliança inglesa?

— Era bom realmente precisar os direitos e deveres que essa aliança impõe: todavia enquanto os cargos diplomáticos forem ocupados pelas individualidades que actualmente os ocupam não pensemos em tal. Eu sou sempre muito sincero nas afirmações que faço e em verdade lhe digo que estou convencido de que GOVERNO ALGUM PODE TOMAR A SÉRIO COMO DIPLOMATAS OS INDIVÍDUOS QUE PRESENTEMENTE OCUPAM AS LEGAÇÕES DE PORTUGAL.

— Devemos pois tentar definir a nossa situação internacional?

— Sim, mas convencidos de que a melhor garantia para o bom resultado dessa tentativa reside na própria administração do país e nas qualidades dos nossos diplomatas."

("O Século" de 30 de Março de 1913)
Entrevista a Teófilo Braga no "O DIA" (2/4/1913)

4. Não podemos — ainda que queiramos satisfazer a curiosidade dos leitores de "O DIA" — reproduzir tudo o que o actual presidente do Directório do partido [Teófilo Braga] que está no poder nos disse em informações que perfeitamente elucidam aquelas suas palavras que tão escandalosa discussão têm causado, mas que vão além da matéria estrictamente política a que nos circunscrevemos.
Sempre que falei, em conferências e em tudo, entre as coisas negativas que esperava da República eu sempre falei da abolição do Conselho de Estado, da Câmara dos Pares e do corpo diplomático.
Lavraram-se um a um os decretos que demitiam os antigos (diplomatas) e eu vi entrar essa gente toda que para aí está.
- E as suas impressões sobre todos eles?
- Oh meu caro amigo! tire o Bernardino que terá vontade de ser útil ao País, e o resto são todos uns ... eu não digo, eu não digo.
- Referia-se V. Ex.a há pouco ao corpo diplomático actual?
- Aí vou, aí vou; isso é tudo uma lástima, meu caro. O Augusto de Vasconcelos quiz ir à viva força para Londres, mas lá não o aceitaram: lá não dão categoria aos cirurgiões para serem ministros plenipotenciários. »


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(Augusto de Vasconcelos. Republicano moderado desde a sua juventude, era considerado amigo pessoal de Afonso Costa e politicamente próximo de Brito Camacho. Era professor catedrático de Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, pela qual se tinha licenciado em 1891. Estreou-se na governação como Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo presidido por João Pinheiro Chagas Enveredou então pela diplomacia, ocupando o posto de embaixador de Portugal em Madrid nos anos de 1913 e 1914, passando depois para a embaixada em Londres, que ocupou de 1914 a 1919, período que compreendeu a participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, altura em que a embaixada em Londres tinha um papel crucial na condução política do conflito.)

«O Junqueiro devia ir para Espanha, que ele conhece, ele que é todo arte e literatura. Mas por doença de família precisou de ir para a Suíça e então lá abalou para Berna e por lá anda a fazer coisas disparatadas.
- E do sr. Relvas que impressão tem?

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(Jose Relvas, inventor do "escudo" como moeda, Proclamou, a 5 de Outubro de 1910, a instauração da República Portuguesa da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido ministro das finanças do respectivo Governo Provisório (cargo que obteve á força) de 12 de Outubro de 1910 até à auto-dissolução deste, a 4 de Setembro de 1911, tendo depois exercido o cargo de embaixador de Portugal em Espanha (onde os espanhois o chamavam de "tonto misterioso" pois nunca dizia nada) até 1914. Esteve em seguida bastantes anos afastado da actividade política, até ser nomeado primeiro ministro, a 27 de Janeiro de 1919, tendo exercido aquele cargo até 30 de Março do mesmo ano).


«- Não faz ideia, não faz ideia, meu caro amigo. Esse sujeito, logo nos primeiros dias da revolução apresentou-se-nos no conselho de ministros e disse: "Como o Bazílio Teles não vem para as finanças, eu queria ficar no lugar dele." Eu fiquei mesmo parado, a olhar para o Bernardino, pasmado do impudor. Estava uma noite de chuva. E eu então, para dizer qualquer coisa, disse para o Bernardino: Olhe, você vem para baixo? E como ele dissesse que sim, declarei que já era muito tarde, que o melhor era não se resolver nada naquela noite. Mas o homem depois tornou-se a impor, com o grupo do José Barbosa e do Inocêncio Camacho à frente, a empurra-lo, e ficou Ministro das Finanças. E foram eles que as derrancaram, meu caro amigo.
- E o sr. Relvas, para se propor a Ministro das Finanças, que preferências apontava?
- Ah! esquecia-me dizer-lhe. Alegou que o nome dele já estava apontado noplacard do "SÉCULO" e que a praça de Lisboa o recebia bem. Vê quem eles são?
- Conjecturávamos, com efeito...
- Agora lá está por Madrid, sempre empavesado, muito conselheiral, a fazer de pessoa grande sempre a abanar a cabeça e sem dizer palavra.
La chamam-lhe, por isso.- el tonto mysterioso. Isto não são diplomatas, meu caro amigo.
- V. Ex.a pode referir-se ao sr. Chagas?


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(João Chagas, jornalista, diplomata e político português, tendo sido o primeiro primeiro-ministro da I República de Portugal, amigo +pessoal de Jose Relvas foi um dos principais conspiradores contra a Monarquia)

«- Porque não? Conto-lhe coisas muito curiosas. Isso é um drama. Esse é uma lástima, creia. Tudo que se diz agora contra ele na imprensa francesa não e novidade nenhuma para ninguém de ca. Antes de ele partir para Paris já aqui o Ministro da França tinha as suas informações.
O nosso entrevistado aponta então alguns detalhes tão escabrosos da vida íntima do sr. João Chagas que, embora S. Ex.a nos autorizasse a referi-los e os acompanhasse da recomendação "pode pôr tudo isso", com que de resto nos ia munindo a cada passo, nós, contudo, resolvemos guardá-los, visto reflectirmos que estas colunas se destinam a um público bem mais susceptível do que um despreocupado entrevistador... e rigorosamente são interditas a tudo o que entre noutros domínios a que o público deve ser estranho.
- Quanto ao Teixeira Gomes, o senhor sabe, como toda a gente, do manifesto ao povo inglês, não é verdade? Então isto é um diplomata , meu caro?


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(Após a implantação da República, exerce o cargo de ministro plenipotenciário de Portugal em Inglaterra. Em 11 de Outubro de 1911 apresenta as suas credenciais ao rei Jorge V do Reino Unido, em Londres, cidade onde então se encontrava a família real portuguesa no exílio.Eleito presidente da república a 6 de Agosto de 1923, viria a demitir-se das suas funções a 11 de Dezembro de 1925, num contexto de grande perturbação política e social. A sua vontade em dedicar-se exclusivamente à obra literária, foi a sua justificação oficial para a renúncia.)


E vão pela mesma o Sidónio das matemáticas, que fez lá questão com o imperador Guilherme por causa do jantar que não comeu, e o Eusébio Leão, que os colegas de lá acusam de ter hóspedes na legação. Isto é uma vergonha, meu amigo. Quanto ao Alves da Veiga... Nem falar nisso! Salva-se um, meu caro; é o Bernardino, pode crer. E é então por essa gente que nós temos de ser defendidos? Podem chamar-me o que quiserem mas o meu projecto salvava estas misérias. Desde 72 que eu andava pregando a abolição do corpo diplomático...
— E que impressão guarda da atitude da sua câmara no momento em que, na sua ausência, o sr. Brito Camacho lhe fazia as referências que conhece já?
— Ah! meu amigo, eu resolvi não falar mais na câmara desde que se discutiu a Constituição, e alguém, sabendo que eu ainda estava para falar, propôs um abafarete, para me calarem a boca. A câmara, ouvindo e calando o que contra mim se disse, foi coerente, meu caro, assim como quando morreu minha mulher — e todos os meus amigos se me dirigiram — se esqueceu de me enviar condolências.

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(Brito Camacho, para além de um dos principais mentores da propaganda anti-monarquica atravéz do Jornal "A LUCTA", do qual era director,foi ministro do Fomento e dirigente do Partido Unionista que fundou. Também foi Alto Comissário da República em Moçambique de 1921 a 1923.)


«— E se publicasse (a história) de tudo isto deixava muita gente na grilheta.
Receio não ter ouvido bem! objectámos surpresos.
— Ponha lá isto assim mesmo. Cá tenho as minhas razões. O que eu poderia contar! Mas não quero, não quero; adeus, meu querido amigo...

(Entrevista publicada no "DIA" de 2 de Abril de 1913)»

fonte:
"Teófilo Braga e os republicanos" Org. Carlos Consiglieri, Vega edições

sábado, 20 de setembro de 2008

Republica..3º versão igual á 1º..ambas caloteiras

Deputados: Telemóveis cortados



Os deputados da Assembleia da República que utilizam o serviço da Vodafone ficaram com os telemóveis cortados, durante parte da manhã de ontem, por falta de pagamento da factura de Julho.



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(20 Setembro 2008)


A crise atinge a Assembleia da Republica. Falta de pagamento da factura de Julho leva operadora a cortar serviço aos deputados

Os deputados da Assembleia da República que utilizam o serviço da Vodafone ficaram com os telemóveis cortados, durante parte da manhã de ontem, por falta de pagamento da factura de Julho. Um responsável da operadora disse à Lusa que o corte, sem pré-aviso, se deveu a “um erro humano dos serviços” da empresa.



fonte:
Correio da Manhã

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Fica-lhes mesmo bem!

Enquanto se procedem a obras de melhoramento do hemiciclo em S. Bento, os trabalhos desta legislatura prosseguem provisoriamente na belíssima Sala do Senado que para o efeito foi remodelada. Na ausência do barrete frígio compraz-me que os nossos depreciados deputados da republica actuem, mesmo que temporariamente, sob a vigilante figura do rei D. Luís, (o popular) imponentemente representado na cabeceira da sala.

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