Eu se apanho algum
paivante, Pum! Pum!
Faço-o logo em mil
pedaços, Pum! Pum!
Fica em estilhaços no
meio do chão…
Se paivante é na gíria um sinónimo de cigarro, esse era também o nome depreciativo dado pelos revolucionários aos monárquicos que, inconformados com o golpe de 5 de Outubro, decidiram seguir Paiva Couceiro, o carismático militar que se veio a afirmar como líder da resistência monárquica no projecto político-militar restauracionista. Desse combate apenas viria a desistir aos 76 anos quando o Estado Novo o condenou ao último de vários exílios. Esta é uma canção satírica de cariz político republicano, intitulada “Republicana”, gravada entre 1911 e 1914 em Lisboa para a editora alemã Odeon.
Publicado originalmente aqui
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