Não obstante esse investimento, a taxa de analfabetismo conheceu uma redução bem moderada. Entre os censos de 1911 e 1930, intervalo que abarca genericamente o período republicano, foi apenas de 7 por cento. Como diz António Nóvoa (1988), "o insucesso do combate ao analfabetismo constituiu, sem margem para dúvidas, um dos grandes fracassos da República. Fracasso tanto mais doloroso quanto as promessas tinham sido grandiosas e, provavelmente, desmedidas". Esse insucesso não foi e, provavelmente, não poderia ter sido, compreendido na época, pelo menos na sua globalidade. Na verdade, não era suficiente, como nunca o foi, o voluntarismo de um poder político iluminado, mesmo quando o investimento financeiro, na criação de escolas ou na formação de professores, ficou, como foi o caso, aquém das expectativas retóricas.
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