sábado, 15 de janeiro de 2011

Tu que sabes e eu que sei, cala-te que eu me calarei!

Oiço e leio todos os dias os opinadores encartados nas televisões constatarem que a campanha e os discursos não geram entusiasmo, divididos entre a demagogia dos candidatos que reclamam matérias fora do seus poderes, e os que se desculpam por não possuírem prerrogativas para intervir. O problema é que os analistas chegados a este ponto bloqueiam, não desenvolvem a partir daqui, quando seria lógico questionarem o regime. Porque tem um cargo simbólico como este de ser de sufrágio universal e directo? Porque não adoptar um modelo como o da Alemanha ou da Itália em que os elegem nos seus parlamentos? Porque não referendar a monarquia?
Mas recentrando-nos na questão principal: o que receiam os operadores da política (em que incluo os jornalistas) ao não debatem o modelo da Chefia de Estado e sua eleição? Será que receiam cuspir na mão que lhes dá de comer? É o medo da mudança?
O facto é que a monarquia constitucional e as duas primeiras repúblicas caíram de podres, não se adaptaram ou desenvolveram, com as trágicas consequências que conhecemos. Estamos fartos de saber o que não funciona... Até quando vamos continuar neste circo a fingir que tudo está bem

2 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

João, tudo se limita a isto: ..."receiam cuspir na mão que lhes dá de comer"

João Távora disse...

É claro que sim. Enquanto a teta pingar...
Abraço, caro Nuno