Há muitos patetas que continuam a insistir no argumento da inutilidade das monarquias. Trata-se, amiúde, de gente que carrega a ignorância na mesma proporção do despeito, mobilizando em doses equilibradas lugares-comuns da petite histoire, da coscuvilhice pequeno-burguesa ou do deslumbramento jet set, aos quais se junta uma boa safra de mitos igualitários. Ora, se as monarquias fossem isso, não haveria quem tanto as detestasse ao ponto de as querer destruir. O mais puro republicanismo vive prenhe de regicídio e, quase sempre, foi ou é escola de tiranos endinheirados e camarilhas que encontram no Trono obstáculo derradeiro à consumação do domínio do Estado e da sociedade ; logo, aqueles que se julgam fadados para o exercício do mando. Se as monarquias fossem o que delas dizem os seus inimigos - os patetas e as camarilhas - não teriam o apoio e simpatia que gozam entre o povo chão.
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