"E depois, nem tudo são tristezas: também temos as nossas festas! E para as festas tudo nos serve: o 1º de Dezembro, a outorga da Carta, o 24 de Julho, qualquer coisa contanto que celebre uma data nacional. Não em público - ainda não podemos fazer -, mas cada um em sua casa, à sua mesa. N'esses dias colocam-se mais flores nos vasos, decora-se o lustre com verduras, põe-se em evidência a linda e velha Bandeira, as Quinas de que sorrimos e que hoje nos enternecem - e depois, todos em família, cantamos em surdina, para não chamar a attenção dos espias, o velho hymno, O Himno da carta ... E faz-se uma grande saúde a um futuro melhor!"
Eça de Queirós, A Catástrofe
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