Poucos terão acreditado no total desconhecimento de Cavaco Silva acerca das alegadas - talvez existentes - escutas em Belém. Se o inábil presidente de nada soube quanto ás manobras do seu assessor - que é pago pelos contribuintes e eleva a fasquia da representação do Estado para mais de 17 milhões/ano -, acabou por ser conivente numa situação absolutamente escabrosa, encobrindo a efabulação até ao impossível. Há que dizer sem qualquer tipo de rebuços, que o presidente foi apanhado em flagrante, acabando por prejudicar o seu Partido. Já há alguns meses, quando não soube ou não conseguiu gerir o "caso Dias Loureiro", provou urbi et orbi a sua inacreditável impreparação para um cargo que no essencial, devia eximir o seu titular de todo e qualquer envolvimento na luta partidária.
Os republicanos, esmagados pelo mito messiânico de um jamais reconhecido sonho de recorte bonapartista, insistem no erro da demanda do "grande homem" e atribuem aos sucessivos residentes de Belém, atribuições que o arrastam para a arena onde age a plutocracia, resguardada pela armadura das organizações partidárias. Sabemos como tudo terminará.
2 comentários:
Nem mais. Cavaco envolveu-se - ou deixou-se envolver - em questões institucionais e em questiúnculas partidárias porque não está à altura do cargo (tal como Sampaio, tal como Soares, tal como Eanes, tal como...) Mais do que isso: é o próprio cargo - o de presidente da república - que não está à altura do país!
BUM!, isso mesmo!
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