terça-feira, 22 de setembro de 2009

Barrete republicano




Poucos terão acreditado no total desconhecimento de Cavaco Silva acerca das alegadas - talvez existentes - escutas em Belém. Se o inábil presidente de nada soube quanto ás manobras do seu assessor - que é pago pelos contribuintes e eleva a fasquia da representação do Estado para mais de 17 milhões/ano -, acabou por ser conivente numa situação absolutamente escabrosa, encobrindo a efabulação até ao impossível. Há que dizer sem qualquer tipo de rebuços, que o presidente foi apanhado em flagrante, acabando por prejudicar o seu Partido. Já há alguns meses, quando não soube ou não conseguiu gerir o "caso Dias Loureiro", provou urbi et orbi a sua inacreditável impreparação para um cargo que no essencial, devia eximir o seu titular de todo e qualquer envolvimento na luta partidária.

Os republicanos, esmagados pelo mito messiânico de um jamais reconhecido sonho de recorte bonapartista, insistem no erro da demanda do "grande homem" e atribuem aos sucessivos residentes de Belém, atribuições que o arrastam para a arena onde age a plutocracia, resguardada pela armadura das organizações partidárias. Sabemos como tudo terminará.

Partidos já há muitos. Faltam é as ideias e faltam os homens que façam suas as bandeiras de empresários e trabalhadores e, juntos, sem cálculo e reserva, deixem seguir o coração e restituam aos portugueses o orgulho de o serem. Portugal não precisa de programas, mas de orgulho, amor-próprio, unidade de destino e recobro da memória que se perdeu na fornalha das trivialidades medíocres e das "novas ideias" que são sempre velhas desculpas para não perseverar.
Portugal precisa, desesperadamente, de monarquia.

2 comentários:

OCTÁVIO DOS SANTOS disse...

Nem mais. Cavaco envolveu-se - ou deixou-se envolver - em questões institucionais e em questiúnculas partidárias porque não está à altura do cargo (tal como Sampaio, tal como Soares, tal como Eanes, tal como...) Mais do que isso: é o próprio cargo - o de presidente da república - que não está à altura do país!

Nuno Castelo-Branco disse...

BUM!, isso mesmo!