quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Não foi em Moçambique, foi em Abrantes


E, precisamente, em Fevereiro de 1920. Correu a notícia célere pela terrinha. O preço do pão aumentara de 30 para 36 centavos o quilo. Os sinos tocaram a rebate e as populações amotinaram-se e invadiram Abrantes. À caça dos padeiros, claro.
Confrontados com a fúria da multidão, essa indispensável agremiação reflectiu e inflectiu. O quilo do pão tornou aos 30 centavos iniciais.
Desta vez, felizmente, não correu sangue português por causa do desgoverno republicano e da endémica carestia de vida. Oxalá assim seja nos tempos que agoirentamente se avizinham. É que agora os esfomeados e os desempregados são muito mais, e vão muito menos em modas...

3 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

Onde foi buscar essa notícia? Deve ter sido no site "oficial", não? ;)

O Faroleiro disse...

Visitem o museu do pão em Seia, está lá a história toda, com jornais da época e caricaturas, vale a pena, acompanha a história do pão ao longo dos anos em Portugal, nomeadamente a sua história política.

Naquele tempo o pão chegava a ser misturado com serrim, as aldrabices eram imensas e o povo passou bastantes privações, vale a pena o passeio.

João Afonso Machado disse...

Meus Amigos: agora ando lendo a imprensa da época. Mas nem ela me diz que o pão tinha serrim na sua composição.
Se calhar foi por isso que os pdaeiros de Abrantes acederam em não subir o preço - voltaram à fórmula antiga de fabrico...