sábado, 11 de setembro de 2010

Sempre a sacar



O residente de Belém, como sempre a fazer-se muito rogado, acabou por declarar no seu passeio eleitoral em Ponte e Lima, que quanto à recandidatura, muitos apelos nesse sentido tem ouvido um pouco por todo o país. O PSD deve estar a trabalhar bem na sua especialidade, o poder local. As manifestações espontâneas parecem medianamente bem organizadas, embora uns tantos apupos e assobios destoem da orquestra. Quanto aos "apelos populares", o senhor residente diz como sempre, que ..."sobre essa matéria já disse o que tinha a dizer".

Em relação ao Orçamento do Estado, o residente a 21 milhões de Euros por ano, referiu que ..."já disse aquilo que havia a dizer".

Todo este pífio banzé, vem a propósito de uma inócua carta de Edite Estrela, onde entre algumas banalidades de ingresso adesivo à candidatura de Manuel Alegre, profere excentricidades de um calibre tal, que diríamos não se referir certamente ao senhor Cavaco Silva. Uma das tiradas mais cómicas, terá sido o apontar de dedo a Belém, declarando que o seu residente "dificultou a acção do governo" de José Sócrates e que "dissimuladamente", actuou no sentido de "obstruir deliberadamente muitas medidas constantes do programa eleitoral do PS". Inacreditável, dado o palmarés de descarado apoio, compreensão e "cooperação estratégica" - seja lá o que ele entenda por estratégia - que ACS prodigalizou durante os anos do seu primeiro mandato. Mais colaboracionismo, é de facto, impossível. Nem o monsenhor Tiso, o sr. Otto Kuusinen e o Dr. Ante Pavelic conseguiram tanto e de forma tão ostensiva.

Por uma republicana boca de indecifrável sotaque, ficamos a saber que o chefe en titre dos republicanos, é:

- um empecilho aos negócios públicos.
- um dissimulado, logo, um reservista mental militante.
- um sabotador.
- um intriguista.

A platinada doutora Edite, deve pensar que os portugueses são todos "camaradas" apatetados. Não são. Cavaco foi o vosso homem - o tal "faca de mato" como se usava dizer na 1ª república -, como continuará a sê-lo nos próximos tempos. Se isso consiste numa "estratégia" que pouco interessa ao país, todos já tirámos as conclusões, de tão evidentes elas se apresentam.

O faz de conta republicano, no seu melhor.

Sem comentários: