quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Das Repúblicas - episódios éticos (II)


Almirante Pinheiro de Azevedo, no discurso de tomada de posse do VI Governo Provisório (1975):
«Como o Senhor Presidente da República, também eu rejeito a social-democracia como objectivo final da Revolução. Pretendo incluir-me num esforço conjunto, consciente e responsável, centrado na edificação da República socialista portuguesa (...) Admitimos partidos que defendam a social-democracia com os quais consideramos ser necessário e útil colaborar, sem, no entanto, lhes permitir tomar a direcção política do processo revolucionário».
Meses depois, respondendo a vaias de manifestantes:
«Bardamerda mais o fascista».

6 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

Típico. Já os seus antecessores da república de 1910, diziam que a direcção do Estado, enfim, a política que decidia, era única e exclusivamente para os republicanos. A oligarquia em todo o seu descaramento.
A quantidade de patetas que se têm sucedido no poder, é inacreditável!

João Afonso Machado disse...

E para breve um pateta alegre a PR. E socialista, só para fazer a vontade ao defunto. P. Azevedo.

Nuno Castelo-Branco disse...

Pouco importa. O que lá está não passa de um interesseiro de causa própria. Até é sem dúvida, um embaraço para os próprios aliados de causa. Uma vergonha. Não encontro melhor expressão para definir o meu asco, senão um sonoro "que se desenrasquem!"

João Afonso Machado disse...

Caro Nuno:
Já repetidamente tenho dito que acho bem o Alegre na PR. Assim a dita cuja fica igualzinha ao que é: com um Alegre, um Sócrates e Cª Lda. não haverá retrato mais fiel. Os portugueses depois que tirem as suas conclusões.

Francisco RB disse...

Caro amigo era "para o fascista" não "mais o fascista", quando os comunistas lhe chamavam fascista por ter decretado greve do governo sitiado.

João Afonso Machado disse...

Caroa Amigo Francisco: os meus registos apontam para o dito como a escrevi, mas isso não conta.
Nem conta a expressão. Eu se tivesse sido 1º ministro, diria pior.
O que conta é a exclusão da social-democracia, pelos vistos afirmada pelo entãp PR.
Abraço