sábado, 2 de outubro de 2010

Eu era monárquico, se não fossem os meus amigos...


A Notícias Sábado de hoje esmerou-se em crónicas sobre a "festividade" que se adivinha. Entre os colunistas, um nome que vamos ouvindo com regularidade, na televisão ou nos periódicos: Carlos Abreu Amorim. Um texto memorável.
Carlos Abreu Amorim começa por confessar o seu monarquismo, «quando era rapaz». Mas viria a evoluir para o lado republicano, visto que os monárquicos seus amigos eram quase todos «uns irrecuperáveis patetas». Ao que parece pelas suas vaidades tontas, pelo seu pretenso aristocratismo. Talvez os amigos deste "amigo de Peniche" dos seus amigos, assim se comportassem. Mas creio estarmos falando de um homem de saber, não sei se advogado, se economista, se docente. Em qualquer dos casos, um homem que saberá - ou devia saber - distinguir a bondade das ideias das falhas humanas de quem as põe ou tenta pôr em prática.
De resto, CAA acaba por reconhecer, adiante, que os republicanos em nada foram felizes na concretização dos seus propósitos.
Mas a questão vai um pouco além: é que CAA conhece - e todos nós conhecemos - o móbil dos políticos republicanos ao longo destes 100 anos. Não desconhece que entre a corrupção, a violência e a intransigência, a tirania, a incompetência e a cegueira política, houve de tudo até ao estado comático em que nos encontramos.
Quem terá prejudicado mais o País: os amigos patetas de CAA ou os (não sei seus amigos) que "reinaram" os últimos 100 anos: Afonso Costa, Salazar, Vasco Gonçalves...?

2 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

Interessante! Então o comentador CAA não tem opiniões próprias e é assim tão facilmente influenciado? Quando o vejo no painel TVI em que participa, farta-se de chamar tudo e mais alguma coisa a assumidíssimos republicanos, que ao contrário dos seus "amigos" patetas, têm o poder nas mãos.

JSM disse...

Este personagem é o típico adesivo - aparece a falar quando pressente que a coisa está a mudar. E fala muito, mas
não diz nada. Dirá como os imbecis que não é católico por causa dos padres, que não é do Belenenses porque o Belenenses não ganha o campeonato, etc. etc.
Saudações monárquicas.