Para aqueles que de forma sobranceira me perguntam quais as motivações para esta minha teimosa militância pela monarquia, que aspirações me movem para tão exótica causa, tão incómoda e excluída da “agenda politica”, eu respondo que o faço por uma questão de responsabilidade: a responsabilidade que me cabe para com a continuidade desta “utopia” no seu sentido mais nobre: o sonho dum Portugal com futuro.
Conheço alguns ilustres “compagnons de route” que optaram por “congelar” o seu ideal monárquico, imbuídos dum pseudo-realismo e embrenhados na espuma dos seus projectos pessoais, políticos ou profissionais. Tenho pena: eu sei como é difícil apregoar esta ingrata causa que não favorece carreiras ou comendas. Reconheço que a mensagem embate numa implacável “agenda mediática” que emerge do espectáculo popularucho e da mesquinha contenda política, das conveniências corporativas e interesses imediatos.
Não nego a evidência de que hoje os grandes males que Portugal padece são profundos e estão a montante da questão do regime. Como em 1910 as instituições estão descredibilizadas e não funcionam. Os portugueses, habituados ao assistencialismo e pouco atreitos a responsabilidades, parecem conformados com um medíocre destino, cuja perspectiva não passa do amanhã. E temos a merdização do debate político, com a gestão da rés pública ao nível do chão. Deste modo e dentro das minhas limitações, não prescindo de intervir de dentro do sistema em favor da minha comunidade e pelo futuro do meu país, com a liberdade que esta república me proporciona. Mas não me passa pela cabeça hipotecar as minhas mais profundas convicções.
Acredito profundamente na monarquia, na instituição real como a solução mais civilizada para a chefia dum Estado europeu e quase milenar como é o nosso. Num tempo de relativização moral, de fragmentação cultural e enfraquecimento das nacionalidades, creio mais que nunca na urgência duma sólida referência no topo da hierarquia do estado: o rei, corporização dum legado simbólico identitário nacional, garante dos equilíbrios políticos e reserva moral dum povo e dos seus ideais. O rei, primus inter pares, é verdadeiramente livre e por inerência assim será o povo.
Sou modesto: espalhar a doutrina e "fazer" mais monárquicos é o meu único objectivo. Que floresça nas mentalidades o sonho duma nação civilizada e de futuro, ciosa da sua identidade e descomplexada da sua História. De resto, o seu curso é sempre imprevisível e, quem sabe um dia, num instante tudo poderá mudar.
Conheço alguns ilustres “compagnons de route” que optaram por “congelar” o seu ideal monárquico, imbuídos dum pseudo-realismo e embrenhados na espuma dos seus projectos pessoais, políticos ou profissionais. Tenho pena: eu sei como é difícil apregoar esta ingrata causa que não favorece carreiras ou comendas. Reconheço que a mensagem embate numa implacável “agenda mediática” que emerge do espectáculo popularucho e da mesquinha contenda política, das conveniências corporativas e interesses imediatos.
Não nego a evidência de que hoje os grandes males que Portugal padece são profundos e estão a montante da questão do regime. Como em 1910 as instituições estão descredibilizadas e não funcionam. Os portugueses, habituados ao assistencialismo e pouco atreitos a responsabilidades, parecem conformados com um medíocre destino, cuja perspectiva não passa do amanhã. E temos a merdização do debate político, com a gestão da rés pública ao nível do chão. Deste modo e dentro das minhas limitações, não prescindo de intervir de dentro do sistema em favor da minha comunidade e pelo futuro do meu país, com a liberdade que esta república me proporciona. Mas não me passa pela cabeça hipotecar as minhas mais profundas convicções.
Acredito profundamente na monarquia, na instituição real como a solução mais civilizada para a chefia dum Estado europeu e quase milenar como é o nosso. Num tempo de relativização moral, de fragmentação cultural e enfraquecimento das nacionalidades, creio mais que nunca na urgência duma sólida referência no topo da hierarquia do estado: o rei, corporização dum legado simbólico identitário nacional, garante dos equilíbrios políticos e reserva moral dum povo e dos seus ideais. O rei, primus inter pares, é verdadeiramente livre e por inerência assim será o povo.
Sou modesto: espalhar a doutrina e "fazer" mais monárquicos é o meu único objectivo. Que floresça nas mentalidades o sonho duma nação civilizada e de futuro, ciosa da sua identidade e descomplexada da sua História. De resto, o seu curso é sempre imprevisível e, quem sabe um dia, num instante tudo poderá mudar.
6 comentários:
Obrigado, João. Foram pessoas com igual motivação que me conquistaram para a causa. Faço menção a dois dos que mais me influenciaram: o meu saudoso primo, João Camossa e o Gonçalo Ribeiro Teles. Que o ideal monárquico seja um ideal afectivo, de princípios e ética e de realização do seu povo e da sua história.
Caro João Távora,
Eu, que não sou monárquico, identifico-me perfeitamente com todo o texto, sem qualquer excepção.
E há muito que acredito que a integração europeia, pelo perigo de diluição das identidades nacionais que traz consigo, é precisamente a oportunidade para a restauração da monarquia.
A que eu nunca me oporia, porque o único argumento que existe contra a monarquia é o do igualitarismo, com base no pressuposto de que o Rei é um privilegiado face ao povo.
Mas se há coisa que eu mais detesto, ainda mais do que a primeira república, é precisamente o igualitarismo. Por isso não me incomoda mesmo nada que o Rei detenha alguns privilégios.
Mas falta credibilizar a alternativa monárquica. Não me refiro ao pretendente, mas à própria ideia de restauração. Enquanto isso não acontecer, o seu sonho não se concretizará.
Um abraço
Ricardo Pinheiro Alves
"Mas falta credibilizar a alternativa monárquica."
Eu diria mais, falta aparecer a alternativa monárquica. Porque nos moldes actuais a Causa Real basicamente não existe para o "grande público" (ninguém fora da monarquia sabe sequer o que é), só se mostra no 1 de Fevereiro e afins e muito timidamente. A outra alternativa é o PPM (a única que constitucionalmente pode de facto restaurar a monarquia porque já se percebeu - fora o MPT e alguma parte do PP - que é tudo "mui" republicano (quando se vai para a esquerda então lol para a monarquia). Só que o PPM é odiado por muitos monárquicos por razões que não interessam agora e por isso nem o representante dos monárquicos fanáticos consegue ser. A internet é actualmente a base da monarquia portuguesa (sem dúvida que devido a "particulares" e não aos sites das instituições) mas só os que se interessam pela monarquia é que frequentam estes sites. Ou seja, a propaganda monárquica em Portugal não existe, pura e simplesmente. Assim é difícil.
Em resposta a Jorge Câmara: O que diz no seu comentário é uma verdade indiscutivel, só que há um pequeno promenor que não teve em conta: Dinheiro não há! E se não há não se pode fazer grandes milagres. Falta a base financeira, para, uma propaganda eficaz. E muito se tem feito. A Republica ainda se mantem, porque é sustentada, como em 1910 por grande base financeira. Mas não será eterno, porque, a Republica cada vez é menos viável. Mas o seu comentário é bastante elucidativo e com o qual concordo.
O que se pode fazer é picar!
Caro RPA,
Só uma pequena nota ao seu comentário: o Rei não tem mais privilégios que os restantes cidadãos, pelo contrário; ao abdicar da sua vida pessoal em muitas vertentes para servir o País no decurso da sua vida, o Rei efectivamente é alguém cujas liberdades mas estão restringidas por abraçar a causa pública deste modo.
Saudações monárquicas.
Caro João Paulo Carvalho,
Não podia estar mais de acordo. O qrgumento contra não é meu, é daqueles que criticam a monarquia e dizem que é pior sistema do que a república. Eu nunca disse isso.
RPA
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