sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Ao jeitoso 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Uma surpresa republicana em fim de festa
Como eles dizem, nunca esquecer
República - uma questão de maquilhagem...
Daqui a 20 e poucos dias vamos eleger um Presidente da República que, no nosso regime político, tem poderes mínimos. No entanto, alimentamos este filme das possibilidades de um Presidente, quase tão onírico como a relação das mulheres (e cada vez mais homens) com os cosméticos.
Ana Sá Lopes no jornal i na integra aqui
A triste cavaqueira
Eleições presidenciais
Bem vistas as coisas, os debates televisivos e as próprias eleições presidenciais, são sintetizados por este video magistral: mudem o nome dos candidatos para "Farfalho", "Funini", "Katuki", "Marakaté" e claro está, "Kunami". Tudo fruta no mesmo estado de conservação.
Cronologia da república - 2ªedição - 30 de Dezembro
- 1919
Greve da Carris
- 1922
É fechado o jornal “A Provincia” de Castelo-Branco
É fechado o jornal “A Beira” de Viseu
Fontes
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Maestro Manuel Ivo Cruz
Uma imagem que a Censura do regime não deixou passar. O Maestro Manuel Ivo Cruz foi a sepultar no cemitério da Lapa. Um fiel de sempre, levou consigo a Bandeira Nacional.
F.C.P. ainda mais azul e branco
No final deste ano das fracassadas comemorações da "República", o clube azul e branco renovou o contrato com o bisneto do Senhor Visconde de Guilhomil, como treinador da equipa de futebol. Sabendo-se que o Sporting "já é nosso" há muito tempo e o Benfica está bem infiltrado, a coisa vai andando...
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Cronologia da república - 2ªedição - 28 de Dezembro
- 1911
O bispo de Lisboa, da Guarda e do Porto são desterrados por dois anos
- 1922
Protesto contra a detenção de sindicalistas
Fontes
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Quando o regime esquece os direitos das mulheres
Carolina Beatriz Ângelo
Nascida na Guarda em 1877, médica, cirurgiã, activista política, membro da Liga das Mulheres Repúblicanas, foi a primeira mulher em Portugal a exercer o direito de voto. A exposição foi seleccionada e aprovada pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República - CNCCR, e fará parte integrante do conjunto de iniciativas promovidas por esta comissão.
Ora temos de ter em conta que esta mulher ousou votar nas primeiras eleições republicanas a 28 de Maio de 1912 aproveitando as indefinições existentes no enunciado da Lei. Aproveitou uma cláusula da Constituição de 1911 onde só podiam votar "chefes de família" não especificando o sexo. Na sequência da controvérsia, é aprovada pelo senado em 1913 a Lei Eleitoral da República (nº 3 de 3 de Julho) onde pela primeira vez num texto legislativo se determina expressamente o sexo dos cidadãos eleitores masculinos.
O mais caricato no meio disto tudo é a Comissão do Centenário comemorar um dos mais flagrantes golpes da república contra os direitos das mulheres, já não chegam os cartões de Natal com a república ou até mesmo os spots publicitários da CNE a fazer propaganda ao Centenário. No meio deste nevoeiro de hipocrisia o Povo cada vez mais tem noção do que está realmente em jogo, não é a república mas sim Portugal que foi esquecido.
Fontes AQUI e AQUI
Local : Museu da Guarda, Entre 24-06-2010 e 31-12-2010
O jornalismo de soquete e o Colar com pernas
domingo, 26 de dezembro de 2010
Cronologia da república - 2ªedição - 26 de Dezembro
- 1914
É fechado o jornal “Noticias da Beira” de Castelo-Branco
- 1925
É fechado o jornal “Acção Social” de Barcelos
Fontes
sábado, 25 de dezembro de 2010
Parasitismo no Centenário, património a leilão
“Neste país” – é assim que hoje em dia, os portugueses chamam à sua pátria -, existe sempre uma verba qualquer para comprar miserável sucata a prazo, como um Mercedes ou BMW, destinado a uma qualquer irrisória excelência. Simultaneamente, um desastre que ninguém quis comemorar, tem custado milhões sobre milhões, devorados em festas, parasitas do "Esquema", publicações que poucos adquirem e "templates" a martelo, numa cega-rega de chupismo sem peias. No entanto, adquirir belas obras que enriquecem o nosso património e garantem um hipotético renascer da nossa auto-estima, é coisa difícil. Na Sotheby’s de Nova Iorque, vai a leilão este belíssimo quadro que retrata um grande português do Oriente. A base de licitação está fixada entre os 80.000 – 100.000 Dólares (EUA). Não haverá por aí um mecenas capaz de oferecer a Portugal esta prenda de Ano Novo?
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Cronologia da república - 2ªedição - 24 de Dezembro
- 1910
Pastoral alerta para o desrespeito republicano para com 5 milhões de católicos
- 1911
Destruição de um jornal católico em Viseu
- 1912
É fechado o jornal “Imparcial” de Guimarães
Fontes
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
República natalícia
Do lado da despesa, é curioso referir que o orçamento de Cavaco é o único que tem a maior fatia de gastos em comício e espectáculos. As outras candidaturas atribuem maior peso aos meios de propaganda."
Fora os outros gastos... os candidatos não vivem com crise, têm muita gente que lhes adianta por conta dinheiro e têm o dinheiro dos contribuintes que mesmo que não concordem com esta choldra pagam os candidatos, as candidaturas, as veleidades pessoais dos candidatos, as mesadas dos antigos chefes-das-forças-desarmadas, e não bufam...
Não era o Nobre, era o Rei...
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
O Natal no ano do Centenário da República
De bolo-rei a bolo Arriaga
Temos assim que o bolo-rei atravessou com êxito os reinados da Rainha D. Maria II e dos reis D. Pedro, D.Luís, D.Carlos e D. Manuel II. Com a República, houve alguns problemas que depressa foram ultrapassados.
Vieram depois sem novidade o Estado Novo de Salazar e Marcelo Caetano e a Revolução de 25 de Abril de 1974.
Cinco dias depois da Revolução do 5 de Outubro de 1910 eram já centenas os padres e freiras detidos. O ministro da Justiça e Cultos, Afonso Costa, dirigia pessoalmente interrogatórios a ponto de os seus adversários repescarem, para lha atirarem à cara, a alcunha de “mata frades” dada a Joaquim António de Aguiar.
Ainda em Outubro abolia-se o juramento religioso nos atos civis, suprimia-se a Faculdade de Teologia de Coimbra, extinguia-se o ensino da doutrina cristã nas escolas primárias e terminava-se com os feriados em dias santificados. A única exceção era o Natal, que passava a chamar-se Dia da Família.
Em boa verdade, os piores tempos para o bolo-rei foram os que se seguiram à proclamação da República, em 5 de Outubro de 1910. Meses depois, em 7 de Janeiro de 1911, o Diário de Notícias não fazia as coisas por menos: «O bolo-rei tende a decair ou desaparecer-Terá de ser substituído?» Poderá parecer estranho, mas a proclamação da República pôs em risco e existência do bolo-rei, na altura já considerado tradicional.
Tudo por causa da palavra rei, «símbolo do poder supremo», dizia o Diário de Notícias, que numa lógica que hoje nos faz sorrir, acrescentava na sua notícia-comentário: «Ora, morto este símbolo, o bolo tinha de desaparecer ou tomar o expediente de se mascarar para evitar a guerra que lhe podia ser feita.»
Em face disto, que fizeram os industriais de confeitaria? Partindo do princípio de que o negócio é negócio e política é política, seguiram naturalmente a segunda via, ou seja, continuaram a fabricar o bolo-rei, mas sob outra designação.
Os menos imaginativos passaram a anunciar um bolo que dava pelo nome de ex-bolo-rei, mas a maioria preferiu chamar-lhe bolo de Natal e bolo de Ano Novo.
A designação de bolo nacional era talvez a melhor, uma vez que remetia para a confeitaria que introduziu o bolo-rei em Portugal e também para uma certa ideia relacionada com Portugal, o que fica sempre bem em períodos revolucionários. Não contentes com nenhuma destas soluções os republicanos mais radicais chamaram-lhe bolo Presidente e até houve quem anunciasse… bolo Arriaga! Não se sabe como reagiu o primeiro presidente da República, Manuel de Arriaga, mas convenhamos que a homenagem dos confeiteiros não foi a melhor.
Fonte aqui
A república para os republicanos
O Estado continuou a ser a principal forma de organizar a influência política. Por exemplo, os empregos de notário, conservador do registo predial e oficial do novo registo civil, criado na sequência da Lei da Separação, eram de livre nomeação do ministro da Justiça, e por sua vez muitos dos auxiliares de livre escolha dos titulares dos cargos. Formaram-se pirâmides de patronos e clientes, com o vértice em Lisboa e a base na província. No congresso do PRP de Braga, em Abril de 1912, a maioria dos inscritos já eram funcionários públicos. (...) Como ser maçon pareceu uma boa credencial a quem procurava posições e benefícios, o número de iniciados nas lojas do Grande Oriente dispararam de 2733 para4341 em 1913.
A república para os republicanos, pp 592 por Rui Ramos In História de Portugal, Esfera dos Livros 2009
Publicado também aqui
república para os republicanos
O Estado continuou a ser a principal forma de organizar a influência política. Por exemplo, os empregos de notário, conservador do registo predial e oficial do novo registo civil, criado na sequência da Lei da Separação, eram de livre nomeação do ministro da Justiça, e por sua vez muitos dos auxiliares de livre escolha dos titulares dos cargos. Formaram-se pirâmides de patronos e clientes, com o vértice em Lisboa e a base na província. No congresso do PRP de Braga, em Abril de 1912, a maioria dos inscritos já eram funcionários públicos. (...) Como ser maçon pareceu uma boa credencial a quem procurava posições e benefícios, o número de iniciados nas lojas do Grande Oriente dispararam de 2733 para4341 em 1913.
A república para os republicanos, pp 592 por Rui Ramos In História de Portugal, Esfera dos Livros 2009
Publicado também aqui
Tabus de...
Candidaturas republicanas
Mesmo a mim, fraquíssimo em vidências, parece-me evidente quem foi o patriota locutor...
Cronologia da república - 2ªedição - 22 de Dezembro
- 1912
António José de Almeida recebe insultos e vaias de apoiantes de Afonso Costa
- 1914
O parlamento é encerrado
- 1923
O parlamento é encerrado
- 1925
O deputado Pinheiro Torres defende o fascismo como solução
Fontes
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Outro tempo
Aos meus Amigos
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Como amar a República em 10 passos.
Submarinas reticências
O grande ilusionista profissional que é o sr. Cavaco Silva, diz ter "aprovado com grandes reticências", a lei nº66/XI, respeitante aos gastos nas campanhas eleitorais.
1. O citado diploma entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2011
2. A campanha eleitoral para as presidenciais, tem o seu início no próximo dia 9 de Janeiro de 2011.
3. O artigo 16º, parece claramente abranger a campanha eleitoral para a presidência.
Alguém poderá explicar o que se passa? A que se deverão as tais "reticências"?
Aproveitando as prerrogativas institucionais, o supracitado cavalheiro, prestou-se ontem a um tragicómico espectáculo bem montado junto dos sem-abrigo. Convenientemente ensanduichado por franjuda "betada" do gabinete de campanha, o sempre boca-meio-aberta/atarantado recandidato, regressou aos tempos do choradinho e na verdade, ele, mais que ninguém, deve fazê-lo. A maior parte da esfomeada e friorenta assistência, consiste nos "derivados" - como agora se usa dizer, tudo é "derivado" - do seu brilhante exercício como primeiro-ministro dos tempos das vacas-gordas.
Entretanto, o BPN - outro "derivado" dos áureos exercícios cavaquistas -, banco dos "amigos presidenciais", vai custar mais 500.000.000 de Euros aos contribuintes, ou contas mais explícitas, um submarino que seria bem necessário à Armada.
Reticências à parte, ainda estamos à espera de uma atitude semelhante à deste Senhor que em azada hora exigiu ao seu primeiro-ministro, o NÃO AUMENTO da dotação outorgada à Chefia do Estado.
Cronologia da república - 2ªedição - 20 de Dezembro
- 1912
Manuel de Arriaga pede ao governo clemência para com o clero e a abolição do barrete dos presos políticos
- 1914
É fechado o jornal “A justiça” da Covilhã
Fontes
sábado, 18 de dezembro de 2010
Os co-irresponsáveis
No debate com o Dr. Nobre, o recandidato Dr. Cavaco teve a gentileza de lembrar, não ser co-responsável por tudo aquilo que se tem passado em Portugal. Tem razão, pois responsabilidade é coisa difícil de se lhe atribuir, dado o seu palmarés de governante de há um quarto de século.
De facto, o Dr. Cavaco é tal como muitos outros, um ilustre co-irresponsável.
Com "o ar" mais sério deste mundo, aconselhamos a cívica abstenção.
Cronologia da república - 2ªedição - 18 de Dezembro
- 1917
Afonso Costa é encarcerado em Elvas
- 1918
Depois do assassínio de Sidónio Pais a junta militar do Porto pede um governo autoritário
- 1923
Governo nº 42 da república, presidido por Álvaro de Castro. (203 dias) Gabinete composto por democráticos, seareiros e independentes.
- 1925
Afonso Costa: “A raça dos sebastianistas e messiânicos têm pululado, de sorte que agora já alguns me quereriam para ditador”
Fontes
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Blogue revelação e Blogue do ano
Cronologia da república - 2ªedição - 16 de Dezembro
- 1911
É fechado o jornal “Vitalidade” de Aveiro
- 1918
Botelho Moniz pede a restauração da pena de morte
Canto e Castro é eleito como presidente da república pela assembleia com a abstenção dos deputados monárquicos
- 1921
Governo nº29 da república, presidido por Cunha Leal. (53 dias) Gabinete de concentração partidária
- 1922
É fechado o jornal “República” de Setúbal
- 1923
É fechado o jornal “A Justiça” de Viseu
Fontes
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
No dia em que só alguns são livres
Cronologia da república - 2ªedição - 15 de Dezembro
- 1913
Afonso Costa, ministro das finanças, é eleito reitor da FDL. Nomeação vista como uma submissão ao regime republicano pela comunidade académica
O conselho superior de instrução demite-se
- 1914
Tumultos em Tarouca
- 1917
Prisão de Bernardino Machado
Fontes
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
A Eutanásia
Cronologia da república - 2ªedição - 14 de Dezembro
- 1918
Assassínio de Sidónio Pais. Fim de uma longa suspensão da constituição.
Segundo Damião Peres e Francisco da Cunha Leal está lançada as bases do que este designa por Nova República Velha, marcada pela ditadura do partido democrático
O governo assume a totalidade do poder
Fontes
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
D. Isabel de Herédia na apresentação do livro de Áura Miguel
Cronologia da república - 2ªedição - 13 de Dezembro
- 1915
G.N.R é atacada em Pevidem
- 1916
Tentativa revolucionária de Machado Santos
As garantias individuais são suspensas
É declarado o estado de sítio
São efectuadas várias prisões
- 1923
É fechado o jornal “Democracia Nova” de Setúbal
- 1924
É fechado o jornal “O Povo” dos Açores
Fontes
domingo, 12 de dezembro de 2010
Esta noite, Na TVI
Hoje, S.A.R. o Duque de Bragança, é entrevistado no programa "De Homem para Homem", na TVI24, às 23,00H.
Cronologia da república - 2ªedição - 12 de Dezembro
- 1914
Governo nº6 da república presidido por Vitor Hugo Azevedo Coutinho. (44 dias) Gabinete constituido só por membros do partido democrático. Isso leva a que os deputados do partido unionista e Machado Santos renunciem aos respectivos mandatos.
- 1915
É fechado o jornal “A Justiça” de Setúbal
Fontes
sábado, 11 de dezembro de 2010
Cronologia da república - 2ªedição - 11 de Dezembro
- 1911
Greve no Funchal
O julgamento de um monárquico no Tribunal das Trinas é marcado com protestos
- 1917
Governo nº 12 da república presidido por Sidónio Pais. (376 dias) O gabinete é constituido por civis
- 1925
Após a renúncia de Manuel Teixeira Gomes, Bernardino Machado é eleito presidente da república. Chega-se a propor-se um golpe palaciano e fazer eleger-se o presidente, não através do parlamento, mas por sufrágio directo com recurso a plebiscito. (modelo que Salazar utilizará em 1932) Propõe-se o nome de Gago Coutinho
Fontes
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
No Combustões, um texto oportuno
A tela que maior entusiasmo concitou este ano na National Galery de Londres foi Charles I Insulted by Cromwell's Soldiers, pintada por Delaroche em 1836 ou 1837. Havia sido dada por perdida durante o Blitz de 1940-41, mas foi redescoberta algures na Escócia em 2008, voltando triunfalmente à casa de origem. O quadro mostra Carlos I, Rei de Inglaterra, sentado e absorto na leitura de uma qualquer obra edificante. À direita do soberano, já deposto e no cativeiro que lhe foi imposto no fim da chamada Segunda Guerra Civil, um soldado do Parlamento sopra-lhe no rosto o espesso fumo de cachimbo. À esquerda, um outro soldado, visivelmente embriagado, parece zombetear da desgraça do Rei, erguendo-lhe a taça das libações. Atrás dos dois foliões, dois militares puritanos assistem à ignóbil brincadeira sem intervirem.
No fundo, mais que a desdita de um homem humilhado por dois canalhas cheios de ódio, retrata o drama cósmico da inversão das polaridades, do triunfo do mal sobre o bem, do eclipse das virtudes da magnanimidade, da serenidade e da caridade. Aquilo que vulgarmente vejo nas exibições de ódio contra a monarquia e os monárquicos não passa disso: ódio a tudo o que não se compreende, ódio àquilo que não se pode ter nem pelo dinheiro, nem pelo atrevimento, excitação incontrolável dos sentidos na destruição de pedestais. É o ódio do plutucrata, príncipe do Reino de Mamona, dos condes da banca e marqueses dos supermercados, mais os seus caudatários, jograis-intelectuais em busca do dobrão de ouro atirado por esmola no fim das actuações. Tudo se resume a isso: despeito, eterna adolescência moral e uma quase certa revolta contra o berço onde se naceu. Não deixa de ter piada que é o povo chão quem melhor compreende os reis. O povo chão ama os reis. O mesmo não acontece com a burguesia, sobretudo a alta, que subiu a choques de punhal, bem como a novíssima, despenteada mental, a das Kátias e das Vanessas, dos futebóis, das gestões e das férias nas repúblicas dominicanas.
No Combustões
Obrigado, poeta, por me fazeres sentir um jovem
Vitória real
Em política, não existem coincidências.
Desde há alguns dias, a comunicação social tem noticiado as declarações do Duque de Bragança, referindo-se à disposição do Brasil ajudar Portugal a combater a crise económica e financeira. Enquanto alguns ignoraram totalmente a hipótese, houve quem tivesse exercido o seu "direito de troça" e ainda ontem, o nosso colega Portugal dos Pequeninos - que acusa D. Duarte de ócio! - desferiu um dos seus habituais ataques, talvez maçado pela evidente vacuidade e circunspecto mutismo de um re-candidato a certas "cooperações estratégicas" entre-palácios.
Os noticiários dizem que o governo do ainda presidente Lula da Silva, parece disposto à ajuda e que o sr. Teixeira dos Santos foi pragmático, ouvindo in loco a notícia daquela possibilidade. A compra de títulos de dívida, consiste na primeira fase e se existir vontade e competência no trato, poderemos chegar muito longe. Bem vistas as coisas, o governo português beneficia da diplomacia paralela da Casa Real, sem que isso implique qualquer tipo de despesa para os contribuintes. Gostem ou não gostem os detractores, engulam a evidência e aproveitemos a oportunidade.
A acção do cada vez mais nosso Rei, parece ter sido um factor de inegável relevo.
Estamos mesmo assim: gastamos quase 20.000.000 de Euros com Cavaco Silva - não contando com os outros três ex -, para que permaneça calado e ocasionalmente surja em cimeiras, como mero apêndice de S.M. João Carlos I de Espanha. O caríssimo ocioso residente de Belém, cada vez mais se parece com um sucedâneo do senhor Moralles e uns tantos outros de quem poucos sabem pronunciar o nome.
Definitivamente, chegámos a uma fase de transição e a par da cada vez mais estranha Europa, ressurgem outras possibilidades bem ao nosso gosto. Às montanhas com cumes nevados, os portugueses sempre preferiram praias bordejadas por coqueiros. Fazem bem.
Cronologia da república - 2ªedição - 10 de Dezembro
- 1916
É fechado o jornal “O Rebate” de Tomar
- 1923
Revoltas militares
Revolta contra o governo de Ginestal Machado
Fontes
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Finalmente reconhecem!
Cronologia da república - 2ªedição - 9 de Dezembro
- 1912
Distúrbios em Alijó
Confrontos em Lisboa
- 1917
É fechado o jornal “A gazeta de Braga”
- 1922
É fechado o jornal “Foz de Lima” de Viana do Castelo
Fontes
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
WIKITUGA
Queijinhos suíços
Os sacripantas componentes da Vereinigte Bundesversammlung suíça, elegeram o seu novo presidente de quem, aliás, ninguém ouvirá falar ou saberá pronunciar o nome.
Dos 246 membros da assembleia, votaram 223, ficando 23 parlamentares em casa, sem sequer se darem ao trabalho da "participação cívica".
A sra. Micheline Calmy-Rey obteve 106 votos, verificando-se também, a existência de 27 votos nulos e seis abstenções. Concluindo, em 246 eleitores, 106 são suficientes para qualquer república, por mais gaiteira que seja.
Vigarice por vigarice, falcatrua por falcatrua, com um bocado de perseverança, conseguiremos que o sr. Cavaco seja eleito por um "universo eleitoral" de menos de 50% dos portugueses. Em casa, diante da TV ou da play-station, há mais para fazer.
Cronologia da república - 2ªedição - 8 de Dezembro
- 1917
Assalto ao jornal “O mundo” de Lisboa
Detenção de Afonso Costa no Porto
É fechado o jornal “República” de Setúbal
Adiamento do julgamento de Machado Santos
- 1920
O jornal açoriano “ABC” é fechado
- 1923
É fechado o jornal “O popular” de Braga
Carlos Rates defende uma ditadura de esquerda, contra à anunciada ditadura de direita
Fontes
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
D. Duarte, um Rei para a CPLP
No excelente blog que é o Bic Laranja, corre uma enorme polémica acerca do pedido da nacionalidade timorense, atempadamente enviado pelo Senhor D. Duarte às autoridades de Dili. Passando sobre umas tantas habituais e inócuas grosserias, a maioria dos comentadores - mais de 80! -, manifesta uma certa estupefacção pelo pedido real, dada a total incompreensão daquilo que é o direito sucessório à Coroa e a manifestação de um visionário projecto de uma portugalidade renovada.
Jamais qualquer londrino ou edimburguês questionou o facto de Isabel II ter a nacionalidade britânica e simultaneamente, ser canadiana, australiana, jamaicana, ou neo-zelandesa. O conceito da Commonwealth que tão bem tem servido uma imensa comunidade de povos e de interesses, normalizou este aspecto marginal da "nacionalidade". Antes de tudo, Isabel II é a soberana em título, como tal reconhecida representante da dita comunidade de valores e dos interesses que até hoje ditam a ainda forte presença britânica no mundo. Mais, Isabel II é o chefe da Commonwealth, onde pacificamente coexistem monarquias - entre as quais as acima citadas e outras que como Tonga, o Lesoto e a Suazilândia, têm soberanos próprios - e repúblicas como a África do Sul, a Índia, o Ceilão/Sri Lanka, ou a Tanzânia.
Arrepelam-se os cabelos, atira-se cinza do tabaco para a chávena de café e roem-se unhas em estupor pela "perda do Rei". Mas que perda? Onde está ela, que ninguém no seu perfeito juízo a vislumbra?
D. Duarte vê um Portugal maior e mais extenso que jamais, composto por uma miríade de povos livres e soberanos, mas voluntariamente unidos num interesse comum ditado não apenas pelo passado, mas pela necessidade do gizar de um futuro que hoje, nesta fase de acelerado desaparecimento de um mundo que durante tanto tempo conhecemos, urge erguer e garantir. O espaço atlântico, alargado ao Índico e às longínquas paragens do Pacífico ocidental, são a meta tentadora que é imperioso atingir. Incluir na CPLP a Guiné Equatorial, o Senegal, a Indonésia e quem pretenda revigorar ancestrais laços com a velha e quase desaparecida potência do alvorecer da globalização, consiste em primeiro lugar, numa enorme honra e distinção para os portugueses. Torna-se ainda mais importante, por dar total consistência ao nosso secular projecto nacional, por si só capaz de atrair a simpatia e o sentido de pertença de gentes de características tão díspares e separadas por oceanos e continentes.
Existe um discreto sentimento de temor pela incerteza destes dias e a procura da segurança, induz à acção. Estando Portugal incluído em alianças colectivas de inegável poder no mundo, tal servirá para a aproximação de muitos países com difíceis problemas de afirmação e de progresso. Foi isso que o Duque de Bragança entendeu, ao viajar ininterruptamente por paragens onde Portugal deixou marca indelével. Preocupada com a sua irreversível decadência que ameaça a própria existência do Estado, a república deveria estar-lhe sumamente agradecida e entusiasticamente aderir ao projecto.
Melhor contributo, não seria possível deixar à posteridade. Estamos possivelmente, no começo de um novo tempo e o caminho parece tão evidente quão infalível.
* Há precisamente 35 anos e aproveitando a loucura que grassava em Lisboa, o regime de Suharto invadiu Timor-Leste. Quem não se recordará daquilo que D. Duarte representou para a Libertação daquele povo, hoje dono do seu território?
Não ver o óbvio
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Cronologia da república - 2ªedição - 6 de Dezembro
- 1913
Protestos de industriais do Porto e de Lisboa
- 1914
É fechado o jornal “O Abrantes”
- 1918
Tentativa de assassinato de Sidónio Pais por um maçon
- 1924
O governo é autorizado pela assembleia a fornecer gratuitamente o bronze necessário para a construção da estátua do marquês de Pombal
Fontes
domingo, 5 de dezembro de 2010
Cronologia da república - 2ªedição - 5 de Dezembro
- 1913
É fechado o jornal “A Democracia” de Coimbra
- 1917
Revolta liderada por Sidónio Pais, para travar o envio de tropas para a 1ªGuerra Mundial
Tumultos e assaltos no Porto, Ermesinde, Rio Tinto e Gondomar
Fontes
sábado, 4 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
O nojo
A república comemorada
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
A República tem datas para esquecer?
Como é que uma data destas não é celebrada, nem sequer lembrada? Ainda por cima, o partido que mais lutou para ela acontecesse foi o maior partido da altura e o maior ainda agora; o PS. Não tem portanto origem partidária, este esquecimento.Não tem explicação este esquecimento.
Ou tem?
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Uma lição à República. Em inglês.
Cronologia da república - 2ªedição - 1 de Dezembro
- 1910
Greve dos funcionários do gás e electricidade do Porto
Os radicais começam a perseguição política no exército
- 1912
É fechado o jornal açoriano “A Luta”
- 1918
É fechado o jornal “O Norte” de Braga
Fontes