Com o 5 de Outubro de 1910 inicia-se um período de violenta perseguição religiosa em Portugal. A Igreja vive por esses dias um período de semi-clandestinidade durante o qual diversos membros do clero foram sujeitos à prisão, a maus tratos e à morte.
A seguir transcrevermos uma curiosa carta (reproduzida na imagem) escrita por Maria Júlia Carvalho Prostes pela altura das festas natalícias à sua filha:
Mª querida Maria Thereza,
Lisboa, 31-12-1910
Lisboa, 31-12-1910
Obrigada pelas tuas boas-festas, desejamos eu mtº do coração a ti, teu Marido, Sogra e Cunhada, as maiores felicidades, e o anno nôvo mtº prospero.
Aqui houve algumas Missas da meia noute, entre ellas S. Luiz, onde a Mª das Dôres foi com as Mendonças sendo por bilhetes e à porta fechada. Eu, como havia difficuldade nos bilhetes, fiz como costumo aos Sábados, jantei em casa Mª Archangela, e ali passei a noute. (...)
Aqui houve algumas Missas da meia noute, entre ellas S. Luiz, onde a Mª das Dôres foi com as Mendonças sendo por bilhetes e à porta fechada. Eu, como havia difficuldade nos bilhetes, fiz como costumo aos Sábados, jantei em casa Mª Archangela, e ali passei a noute. (...)
Agradeço à Conceição Mascarenhas a cedência da carta.
4 comentários:
Fazer História é sem duvida esta pequena amostra. A verdadeira História faz-se na definição rigorosa dos factos. Por isso tenho esperança que se faça justiça aos monarquicos. E que tenham a mesma dignidade que tem qualquer outra ideologia.
Um forte abraço, caro Daniel!
Muito obrigado pelo excelente "post", caríssimo João Távora! Um grande abraço!
Pedro Terra Lopes
O João Távora bem podia enviar um fac-simile à louçanagem. Ficam radiantes, dando-lhes uma "boa" ideia para o seu projectado "regime de liberdades"
Enviar um comentário