Sr. director do "Povo de Aveiro"
Em coimbra, o grande e glorioso caudillo republicano que dá pelo nome de Affonso Costa vivia com a mãe, que lhe servia de creada. (...) Chegou a chamar-lhe o nome mais degradante da dignidade d'uma mulher, e desceu á baixeza de a espancar barbaramente. Porque? Vae ver. Um dia, na louca embriaguez das orgias escandalosas, começou a levar para casa meretrizes, ceava com ellas, e obrigava a mãe a servi-las. De principio, a mãe, enojada da desenvergonha do filho, recusou-se ao baixo mister de creada de mulheres publicas; mas em desforço da rebeldia materna, Affonso Costa sovou generosamente e atirou carinhosamente por uma escada abaixo a mãe, que ficou com o braço partido. Foi sempre tamanho o amor a sua mãe, que esta viu-se na dura necessidade de ir supplicar a pessoas da relação do filho a finesa de lhe pedirem que a não tratasse com tanta ternura de aggressões e tal carinho de insultos. Um modelo de dedicação filial, o Affonso Costa, digno rival de Nero. Um mandou rasgar o ventre da mãe; outro partiu-lhe um braço. Um foi imperador Romano; o outro aspira a ser presidente da republica portugueza.
In, jornal "Povo de Aveiro", 31 de Outubro de 1909
3 comentários:
Hoje seria comendadorizado e enviado para representar Portugal na ONU. Como ele à época também foi para a SDN. Há coisas que não mudam...
Não surpreende!
Quem mata ou manda matar, não tem a noção do valor da Vida, por isso não é de estranhar a ausência de sentimentos.
Só eles existem!
A falta de carácter dos governantes, possibilita que a perversão de toda a sociedade. É o que acontece quando as máfias tomam de assalto o poder.
A médio ou longo prazo, toda a sociedade está formatada á sua imagem decadente.
E a viabilidade destas sociedades, acaba por ficar comprometida.
Foi exactamente o que aconteceu em Portugal.
Agora à beira da extinção.
Matrix
O caracter de Afonso da Costa não me surpreende... Era uma pessoa que não tinha respeito por ninguém.
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