É notícia do dia. Marcelo Rebelo de Sousa aconselha a reeleição de Cavaco Silva «para manter a social-democracia em Belém». O que equivale, inevitávelmente, a perpetuar, por essas paragens, uma bandeira laranja-rosa. Santa paciência, Sr. Prof. Isto ainda vai sendo um País de homens-homens e mulheres-mulheres... Esperemos que averso a possidoneiras.
Tristíssima e reprovável intervenção de um especialista em Direito Público. Lá que ele queira a social-democracia no Governo - acho muito bem. Transpô-la para a Chefia de Estado, é que não.
Nem o Estado nem - muito menos - a Nação devem ter cor partidária. Marcelo tem a obrigação de saber isso. E sabe. Mas a República obra amontoados desta natureza. Já em 1910 se vestiu com as cores do Partido Repúblicano. Contra tudo e contra todos.
No fundo, devemos-lhe agradecimentos. Foi esclarecedor. Na sua perspectiva, Belém será laranja (ou rosa). Na nossa, deverá ser sempre nacional, ostentando as cores isentas que fizeram a Nacionalidade. O que, obviamente, pressupõe que a Nação mantenha a Realeza, símbolo real da nossa identidade.
2 comentários:
É a lógica republicana da chefia do Estado: o presidente é parte da luta política. Por isso é risível que depois de eleitos, os presidentes se digam independentes, isentos, acima dos partidos e "de todos os portugueses". Só nestes anos da III República é claro o papel dos presidentes nas "guerras" mais ou menos subtís contra os governos que não são da sua área político-ideológica.Não falhou um.
Caro amigo tem toda a razão, por essa razão e por outras vou votar em branco...
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