sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010



Porto a cada noticia de uma adesão repetiam-se as manifestações. Braga secundara entusiasticamente o movimento. Esperavam a hora com impaciência os delegados da Liga Monarquica entre os quais figurava o capitão de cavalaria Arnaldo Piçarra cuja dedicação era sem limites, estando a postos os delegados de toda a região: Guimarães, Ponte de Lima, Arcos, Amares, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Espozende, Vieira, Terras do Bouro, Caminha e Vila Verde (...)
Em Braga içara-se a bandeira azul e branca, tocava-se o hino da Carta e das janelas aplaudiam os soldados. A onda do povo que seguia a manifestação aos quarteis era enorme, indo por todas as ruas até ao Munícipio e ali o vice-presidente da vereação anunciava o grande facto do Porto. Um brado imenso reboou e as palmas vibraram. Agora também o velho burgo ardia em fidelidade. Os foguetes estralejavam noite e dia como em festa de santo popular.
Vinham noticias esplêndidas de Guimarães, onde o presidente da Camara, Rocha Santos, fizera a proclamação diante de milhares de pessoas. O povo entoara em côro o hino da Carta».
Acabou o discurso como um arauto:

- Real! real! real ! Por D.Manuel II, rei de Portugal! »

In A Monarquia do Norte

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