"(...) Um imposto que, em 1.600.000 contribuintes, sómente carrega 30.000, que são ipso facto os mais abastados, aliviando todos os outros, não pode nunca chamar-se injusto. É preciso esclarecermos bem a situação. Não basta alardear amor à terra natal em palavras que soam falso como moedas falhadas. São precisos actos. Ninguem ignora que o pais precisa não só equilibrar as suas finanças, como avançar nas sendas do progresso moderno. Isto não se faz sem dedicação, sem sacrificio, sem patriotismo. Mas quando se requerem os meios de se efectuar esta obra, todos prégam, não se véem senão vultos que pretendem esquivar-se áquilo mesmo que reclamaram. Pois é preciso agarrá-los, e fazê-los ir para a frente, com a espada nos rins, como se faz, numa batalha, aos desertores que fogem."
Publicação do Novo Imposto sobre Contribuições; "O Mundo", Almanach, 1914
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