sexta-feira, 12 de setembro de 2008

República - Crónicas de um regime falhado

Ascensão

Proclamada a República, o P. R. P. (o partido!) dedica-se a ocupar o aparelho de Estado, enquanto grupos de civis armados, carbonários e republicanos, tomam de assalto de Lisboa.

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Noticia de "O Seculo"

Não surpreende que estes grupos concentrem os seus esforços sobre os que mais proximamente representavam as odiadas estruturas repressivas, a Polícia, a Guarda Municipal e a Igreja Católica. Assim, a caça ao «guarda e ao polícia» resulta em prisões efectuadas por populares de forma aleatória e indiscriminada.

Frequentemente estas prisões realizavam-se após espancamento, consoante a natureza antipática dos detidos ou o ódio pessoal de quem instigava ou a notícia de se tratar de «ferozes inimigos da República». Todavia, a sanha reparadora «das injustiças sofridas» dirigiu-se principalmente contra a Igreja.




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O clero regular foi severamente atingido. Escolas, conventos, recolhimentos e hospitais religiosos foram cercados, invadidos, por vezes pilhados, sendo expulsos e presos os padres e freiras que os ocupavam. Os batalhões de voluntários organizavam paradas com as «levas» de religiosos presos. Alguns dias após a Revolução, encontravam-se presos 130 padres e 233 freiras.



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religiosas numa "leva"

Em todos os conventos foram efectuadas buscas á procura de armamento escondido para uma "possivel" contra-revolução.Havia-se instalado a ideia e existiam ordens especificas nesse sentido, as buscas incluiam poços e subterrâneos




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-Sargento, acho que vejo dois gnomos armados lá em baixo!

Declarada em Lisboa, da varanda da Câmara Municipal, a implantação da República e anunciado o Governo Provisório do novo regime, o País adere e torna-se republicano por via telegráfica.



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Sala do Trono no Palácio das Necessidades

Os governos civis provinciais, avisados por telegrama da mudança política do regime, tal como faziam antes, acatam sem discussão as ordens emanadas do "Governo" (provisório) central. Os mesmos governadores que até à data tinham servido a monarquia fazem a sua declaração de princípios e de adesão à nova República.

Da província tornada republicana acorrem a Lisboa representações de municípios onde se incorporam ex-figurantes da política monárquica, agora ferverosos defensores dos princípios republicanos. O número de aderentes — «adesivos», como lhes chamavam — asseguram ao regime o alargamento das ideias republicanas às mais recônditas regiões do continente.
Portugal era todo republicano. Realmente, na nova República entrava toda a monarquia.

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Limpeza das ruas de Lisboa após o 5 de Outubro

Em Lisboa, as massas populares dominantes julgavam-se senhoras do Poder. À República redentora tudo se deve. E, diz-se: «O feijão desde que isto mudou, já baixou um tostão em litro.»



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À capital chegam notícias que «em tal ou tal sítio» a República era «como se não tivesse chegado», uma vez que «nada mudara», e que o «padre ou o cacique» continuavam a mandar como dantes.
De Lisboa e do Porto partem excursões que se espalham pelo interior a dar a conhecer a «boa nova» e a catequizar os descrentes.
Começam a publicar-se obras sobre a Revolução. Surgem litografias com os retratos dos «heróis» da República, dos grandes republicanos e de membros do Governo Provisório fazem-se peditórios para ajuda das vitimas (vitimas republicanas, obviamente).

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Peditório pelas vitimas da revolução...o dinheiro recolhido seria entregue á tesouraria da Câmara Municipal

Igualmente são vendidos, em barro cozido e policromado, bustos da República e bonecos ridicularizando os «grandes» do antigo regime.




O fim do "Éden"...antes de começar!


Um dos grandes activos e principal motor da sustentação da revolução eram as massas operárias.O movimento sindical, comum a toda a Europa, era uma realidade, tal como as greves e manifestações.Lisboa e arredores detinham na sua população 40% de operários ligados á industria e comércio, a maioria era alfabetizada e possuia uma especialização profissional.De facto a Capital de um Pais onde a maioria da população permanecia rural e não-alfabetizada, estava rodeada de fábricas e detinha no seu centro uma população consciente dos seus direitos, em claro contraste com o resto do País

As greves eram uma constante, como a dos corticeiros em Setembro de 1910 que agregou 13 000 pessoas, a dos tanoeiros e garrafeiros,
Mas o facto é que as greves até 1910 nunca degeneraram em batalhas campais entre as forças da ordem e os civis,nem os metodos utilizados nas greves incluiram descarrilamento de comboios ou o assalto a bens e pessoas

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As últimas greves em Monarquia

Após o advento da Republica tudo mudou. Os trabalhadores, confiantes nas promessas dos republicanos e conscientes da sua importância como força capaz de alterar regimes levou á letra as promessas expressas pelo PRP ,quando dos seus ataques aos modos de exploração capitalista do antigo regime na defesa de uma nova ordem baseada no trabalho e na justiça social, iniciam um forte movimento grevista em que se envolvem o campesinato, o proletariado urbano e os serviços. Assim, em menos de dois meses após a Revolução, declaram-se 69 greves até fins de Novembro, a mais importante das quais foi a do pessoal da Carris.

Em menos de dois meses foram 69 greves!... mais 26 até final do ano

Em Dezembro, o Governo Provisório,é forçado a satisfazer algumas das promessas feitas, decreta a lei conhecida por «direito à greve» numa altura em que o movimento grevista tinha adquirido grande élan. O Art.° 1.° do decreto, da autoria de Brito Camacho e popularmente chamado «decreto-burla», diz: «É garantido aos operários, bem como aos patrões, o direito de se coligarem para a cessação simultânea do trabalho.»

Após a publicação do decreto de Brito Camacho, os movimentos grevistas criam as maiores dificuldades à República, que sofre os ataques da extrema esquerda, desejosa de ganhar o maior número de regalias de carácter económico e social; e da extrema direita, que procurava opor-se e contrariar as reformas da República que beneficiassem as classes trabalhadoras. Desta forma, ao longo de Dezembro assinalam-se mais 26 greves.

A agitação social cresce com o PRP a não conseguir conter os vários movimentos radicais que havia alimentado e cumprir as faraónicas promessas feitas. Geram-se conflitos. Registam-se casos de mortes de trabalhadores em acções repressivas da Polícia. Do lado dos trabalhadores também há a assinalar actos de violência cometidos contra as autoridades. E neste clima termina o ano de 1910 ano "de liberdade, igualdade e fraternidade" em que se implantou a República.


O PRP retoma a propaganda do tempo da monarquia...como se o Rei ainda governasse

O ano de 1911 começa de forma auspiciosa.O PRP que entretanto havia tomado a totalidade do aparelho de Estado não abre mão do uso exclusivo desse poder .Retoma ,então ,uma velha practica...a propaganda

Nas esquinas de Lisboa, dirigidos ao povo português e aos eleitores, surgem os cartazes de propaganda onde se apresentam extractos comparativos das obras dos monárquicos e dos republicanos, referidos à dívida pública, à administração da Câmara Municipal, aos adiantamentos à família real, às obras nos paços reais, e outras.



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Capa do "Seculo Ilustrado" de 31 de Outubro de 1910

Nas mesmas esquinas, apregoavam-se folhetos que em verso satirizavam a monarquia, o rei, a rainha, os frades e freiras e outras figuras do regime deposto. O folheto ao Balance do Paiva Couceiro é um exemplo:

«Lá vem o Paiva Couceiro
Com sua gente aguerrida,
Quer ser herói o brejeiro
Mas já perdeu a partida!»

O estribilho dizia:

«O Balance, balance,
Balance sem ser real,
O Couceiro quer dar coices
Cá dentro de Portugal»

Tem fidalgos destemidos
Que por damas são armados
É que vêm resolvidos
A morrer santificados ...

Ó balance, balance,
O Couceiro é general,
E vem montado n´um frade
Fazer guerra a Portugal!...
O estilo chocarreiro, de sabor popular, mantém-se ao longo das vinte e oito quadras, que terminam:

Ó Paiva queres um conselho
Repara que não é peta
Fica a roer n'um chavelho
Vae despir essa fardeta.

E o último estribilho propõe:

Ó balance, balance.
Conspiradores pataratas,
Mandem o Paiva a Palmella
Vocês vão cavar batatas!...

Quando a incapacidade se mistura com a ingenuidade

Apesar da instabilidade social, o Governo Provisório dedica grande parte da sua actividade a tentar reformular e a reformar as estruturas monárquicas.




Governando em ditadura


Apesar das manobras dos anti-republicanos (que não se resumiam aos monarquicos), dos católicos e até das potências estrangeiras — principalmente a Espanha —, o Governo Provisório procura ,na maior parte das vezes forçado a partir das ruas, cumprir as promessas feitas durante a propaganda anterior a 1910.

Reorganizam-se os serviços de assistência pública; estabelece-se o descanso semanal, com a semana obrigatória de seis dias de trabalho; cria-se uma nova moeda, o escudo, equivalente a 1000 réis; reforma-se o ensino primário, estabelecendo-se a instrução oficial e livre para todas as crianças (João de Deus Ramos, filho do autor da Cartilha Maternal, prossegue a luta de reforma pedagógica iniciada por João de Deus e consegue fundar em Coimbra o primeiro jardim-escola); reforma-se o ensino técnico, o Instituto Industrial e Comercial é transformado em duas escolas de nível universitário: o Instituto Superior Técnico e o Instituto Superior de Comércio; a Escola de Agronomia e de Veterinária é desdobrada em dois institutos superiores; são criadas as Universidades de Lisboa e do Porto, em Lisboa institui-se a Faculdade de Direito e todas as faculdades de Lisboa, Porto e Coimbra são profundamente reformadas, tanto nos planos de estudo como no apetrechamento e equipamento científico e de pessoal docente.

A maioria não teria aplicação práctica e as razões são fornecidas pelos próprios republicanos

«A morte prematura dos chefes da revolução criou um grande vasio pois não havia nas fileiras revolucionárias quem, em seguida à vitória militar, assumisse o encargo de orientar e governar o País, nem havia outras personalidades que tivessem alcançado o prestígio e autoridade do almirante Reis e de Miguel Bombarda, cujos funerais nacionais constituíram imponente manifestação de pesar.

O Governo Provisório, proclamado na manhã de 5 de Outubro de 1910 das janelas da Câmara Municipal, por ser produto de uma improvisação não correspondia ao previsto nas vésperas da revolução, e que devia ser presidido por Basílio Teles, que sempre se impusera para o desempenho dessa tarefa à quaí consagrara toda a sua vida de estudioso. Basílio Teles recusou o convite que os revolucionários triunfantes lhe fizeram para ocupar a pasta das Finanças, e a presidência do governo foi confiada a Teófilo Braga, professor do Curso Superior de Letras, autor de uma obra notável sobre a história da literatura portuguesa mas incapaz, pela sua formação e ignorância dos negócios públicos, de elaborar e pôr em prática as reformas que era necessário fazer em todos os sectores da administração pública. Esta situação foi agravada pelo antagonismo pessoal de alguns membros do governo provisório, recrutados entre os tribunos, parlamentares e jornalistas que na derradeira fase da propaganda se haviam imposto à consideração e reconhecimento públicos. As pastas no Governo Provisório foram assim distribuídas, por combinações de última hora: Interior, António José de Akneida; Justiça, Afonso Costa; Finanças, José Relvas; Negócios Estrangeiros, Bernar-dino Machado; Guerra, coronel Correia Barreto; Marinha, capitão-de-mar-e-guerra Azevedo Gomes; Fomento, António Luís Gomes. (...)desenharam-se nas fileiras do Partido Republicano e entre os seus dirigentes mais escutados, duas correntes de ideias sobre a maneira de governar o País, quando a República fosse proclamada. Segundo uns, aquele partido devia exercer uma ditadura revolucionária»

"História da 1º Republica", Carlos Ferrão, pp. 29-31

Portanto, a ideia inicial para a Republica seria a implantação de um regime dictatorial de cunho revolucionário, não fosse a morte prematura de dois republicanos que deixou um enorme vazio?...
O famoso quadro de Roque Gameiro ,onde estão representadas as personalidades mais relevantes para o advento da Republica, inclui 161 personalidades...161!
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Parte do quadro de Roque gameiro

tal era a pequenez de ideias e mingua de activos que bastavam duas baixas para inviabilizar o regime, não admira que a ideia inicial fosse um regime ditatorial



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Esta ideia da "Ditadura Revolucionária foi uma hipotese muito viável no rumo de Portugal até Maio de 1911 com o afastamento voluntário de Basilio Teles.
Não deixa ,porém, de ser curiosa a consideração de Teofilo Braga como incapaz para o cargo e de Basilio Teles como o mais apto, apesar de querer impor (continuar ) uma ditadura

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Teofilo Braga...o "incapaz"

Em Abril de 1911, António José de Almeida, elabora e faz promulgar a nova lei eleitoral e, com a preocupação de preparar pela educação um corpo consciente de cidadãos e para defender esse corpo da influência do caciquismo tradicional, ....rejeita o sufrágio universal e concede o direito de voto apenas aos cidadãos maiores de vinte e um anos que saibam ler e escrever ou sejam chefes de família há mais de um ano.

..ou seja apenas Lisboa elege o Poder

Em Abril de 1911 o Pais que até 5 de Outubro de 1910 constituia um vasto Reino ficou reduzido á sua capital..palco da ascenção e queda da I e II Republicas

(continua)

Ricardo Silva

16 comentários:

Anónimo disse...

Mas vocês não fazem mais nada da vida para além de chatearem a República fzendo propaganda para "convencer as massas"?
Gostei das imagens, mas que orgulho!

Anónimo disse...

Já agora o que tem Lisboa a ver com "cidadãos maiores de vinte e um anos que saibam ler e escrever ou sejam chefes de família há mais de um ano"?

Anónimo disse...

Pelos vistos estamos e incomodar ... ainda bem :)
VIVA o REI !!!

Anónimo disse...

A incomodar? Wuem? A mim?
Quem está aqui a destabilizar sou eu. E bem.
Viva a República!!!

Anónimo disse...

Afinal estamos a comemorar aqui a república não é ? então que tal os 64 anos de proibição de voto das mulheres na república ? Vamos festejar isso não é ? A república democrática !!!! LOL
Onde está a Igualdade ? Fraternidade e Liberdade das mulheres ? São escravas ? Linda maneira de as respeitar ...
Respeitam-nas com uma estátua de peito léu lembrando-lhes que elas não são mais do que um objecto sexual !

Anónimo disse...

Ora aí é que não podiamos estar mais de acordo!
De facto isso foi vergonhoso e uma grande falha da parte da República. Mas infelizmente a mentalidade daquela época não permitia mais.
Ainda assim algumas mulheres puderam votar graças a alguma esperteza que tiveram para contornar a lei e também porque foram feitos alguns avanços nessa mesma lei com o tempo (embora muito restritos).

Anónimo disse...

Mas os monarquicos também pensavam da mesma maneira por isso...

Anónimo disse...

pensavam ? com uma figura de estado feminina como a Rainha D.Amélia que criou o ISN ou até a luta contra os tuberculosos? Acorde !

Anónimo disse...

A rainha D Amélia era a unica "politica" mulher que havia no tempo da monarquia.
Não havia deputados mulheres nem as mulheres podiam votar nas eleições. Acorde!

Ricardo Gomes da Silva disse...

Relactivamente ao que space_aye disse

"Já agora o que tem Lisboa a ver com "cidadãos maiores de vinte e um anos que saibam ler e escrever ou sejam chefes de família há mais de um ano"?"

Só 30 % (aprox.) do pais era alfabetizado, e ainda por cima estava quase tudo concentrado em Lisboa...como óbvia consequência matemática, apnenas os habitantes de Lisboa correspondiam quase na totalidade ao requisitos eleitorais

Mas de facto tratou-se de uma traição aos principios defendidos por muitos republicanos, que cedo se aperceberam que a I Republica era mais uma mafia instalada, que visava proteger os caciques do PRP

O que não é de admirar já que a maioria do apoio financeiro do PRP advinha da classe burguesa de Lisboa, pouco interessada nas ideias socialistas de D. Manuel II

De facto se houve coisa que nunca motivou os "republicanos da epoca" era a igualdade, não é de admirar que em 1920 fosse comum haver crianças mortas de fome caidas no meio da rua e fetos abandonados na sarjeta

...mas isso fica para o capitulo referente ao periodo pós-guerra

bem haja

Anónimo disse...

"Não havia deputados mulheres nem as mulheres podiam votar nas eleições. Acorde!"
Acorde você porque os republicanos fizeram pior :

O direito de voto na Monarquia abrangia 950 mil pessoas e na república passou para os 400 mil que só o podiam fazer se fossem chefes de família e soubessem ler e escrever.

grande república ... grande Igualdade da TRETA

Anónimo disse...

Não me parece que seja muito pior.
Por trás dessa capa de "democracia" que vocês tanto tentam usar para enganar massas, a monarquia concedia o direito de voto aos perfeitos ignorantes, gente que não sabia absolutamente nada e obviamente iria votar na monarquia, a ideologia mas retrógrada e conservadora de todas.
Nºao me parece pior do que os republicanos fizeram.
A nivel de igualdade de sexos estamos conversados.

Ideias socialistas de D. Manuel II???
Onde estão essas ideias socialistas? Tudo o que vi do reinado de D Manuel foi a continuação do inútil rotativismo.
Sabem, ás vezes mais vale votarem poucos mas votarem bem.

"cidadãos maiores de vinte e um anos que saibam ler e escrever ou sejam chefes de família há mais de um ano" não havia só em Lisboa, havia sobretudo nas grandes cidades, especialmente Porto e Lisboa (no que toca aos estudos) mas no que toca á idade e ao facto de serem chefes de familia era igual em todo o pais.
Portanto não falem só em Lisboa.

Ricardo Gomes da Silva disse...

Space_aye
"a monarquia concedia o direito de voto aos perfeitos ignorantes, gente que não sabia absolutamente nada e obviamente iria votar na monarquia"

"Sabem, ás vezes mais vale votarem poucos mas votarem bem."


Teremos aqui um fervoroso apoiante da Ditadura?!...

Pois é!...mas isso de "votar bem" não é Democracia é ignorância neolitica

Se temos obrigações também temos direitos..a sua "ideologia de tasca" encaixa bem numa ditadura Apartheid onde há os escravos e os senhores..mas de Republica tem muito pouco e de monarquia nada!

e quanto ao provavelmente..olhe, depois de ler o que escreveu, acho que provavelmente sou mais republicano do que o caro Space_aye
..e certamente mais democrata


nunca vi ninguém ceder os seus direitos de cidadania tão facilmente...e os "subditos" somos nós?!

"chefes de familia era igual em todo o pais.
Portanto não falem só em Lisboa."

Não...é falso
Havia os "chefinhos" os "chefes" e os "Chefões" e nenhum deles gostava da ideia de ter de obedecer a uma mulher (A Rainha),não admira que o PRP estivesse cheio de "mini-chefes" de familia ,tipo sub-especie de "chefe" que se autodefine em reuniões magnas na tasca mais próxima.

bem haja

Anónimo disse...

Pois, é conforte te convem não é?
Sobre o que disseste primeiro não volto a responder porque já disse o que tinha a dizer e cada um fica na sua.
Quanto á dos "chefinhos" e dos "chefões" não percebi nada, mas fiquei com a certeza que era a rainha que governava, isso contradiz um post mais á frente em que um de vós afirma que D Manuel não era manipulado pela mãe, tendo um forte carácter.
Então afinal quem é que governava? A francesa ou o rei magrinho?
Parece que ambos já sabemos a resposta

Ricardo Gomes da Silva disse...

Ah..o Space_Heil não sabe História!

D. Maria I ou II deixo á sua escolha

Quanto ao comentário ordinário sobre D. Manuel II..se calhar no tempo do Estado Novo o Sr. até tinha era que vergar o pescoço bem baixinho senão levava .

O problema dos republicas fascistas como o Sr é que só conhecem a lei da pancada, por isso é que quando vêm algo superior ficam cheios de raiva porque nunca poderão sequer chegar ao entendimento.

Gostam mesmo é da bota no pescoço..isso é que é liberdade!
O problema é quando a mesa roda e passa a ser outra bota em cima do vosso pescocinho..ai já não é Democracia...coitados!

bem haja

LB disse...

A república é um regime falhado sim. Que lata virem aqui defender a república das bananas que tem os dias contados e dizerem mal do Rei D.Manuel II e da Rainha D.Amélia.

VIVA A MONARQUIA.

E os estragos no Palácio das Necessidades são imperdoáveis.