«No centenário da sua morte, surgem a lume  algumas  verdades: que Alfredo Keil nunca foi republicano, que não era um pintor   sofrível e antes de grande qualidade, um músico elegante e empenhado e  que A  Portuguesa foi um acaso, um feliz acaso mas um acaso!»  Notícia da Lusa, que acrescenta: «Alfredo Keil, autor do Hino  Nacional, cujo  centenário da morte se completa quinta-feira, foi um  “homem genuíno do século  XIX, pela sua formação cultural”, afirmou à  Lusa a historiadora Ana Xavier, uma  estudiosa da sua obra. “Ele fez  todo o percurso de uma figura genuína do século  XIX, nomeadamente a  viagem que encetou pelas principais cidades europeias, além  da sua  formação”, disse a investigadora.
 Alfredo Keil foi “um homem programático, que sabia o queria e  que,  curiosamente, se torna conhecido por algo que não programou, por um   impulso, levado pela reacção nacionalista ao Ultimato inglês [1870]“,  sublinhou  Ana Xavier. “A Portuguesa” foi “absorvida pela República, sem  Keil nada ter  feito por isso, tanto mais que não há um único elemento  que nos indique qualquer  referência republicana em si”. “A Portuguesa”,  que rapidamente se tornou  popular, foi adoptada como hino nacional em  1911.  Além de “A Portuguesa”, Keil foi autor de várias   polcas, valsas, peças para piano além de óperas, de que “A serrana” é a  mais  conhecida, havendo outras que nunca foram levadas à cena no  século XX como  “Irene” e “Dona Branca”. (…) Para o maestro João Paulo  Santos, que em 2002  levou à cena “A Serrana” no São Carlos, Alfredo  Keil é um compositor que  “procurou um idioma nacional para a música”.
 Além de “A Portuguesa”, Keil foi autor de várias   polcas, valsas, peças para piano além de óperas, de que “A serrana” é a  mais  conhecida, havendo outras que nunca foram levadas à cena no  século XX como  “Irene” e “Dona Branca”. (…) Para o maestro João Paulo  Santos, que em 2002  levou à cena “A Serrana” no São Carlos, Alfredo  Keil é um compositor que  “procurou um idioma nacional para a música”.
  Além de “A Portuguesa”, Keil foi autor de várias   polcas, valsas, peças para piano além de óperas, de que “A serrana” é a  mais  conhecida, havendo outras que nunca foram levadas à cena no  século XX como  “Irene” e “Dona Branca”. (…) Para o maestro João Paulo  Santos, que em 2002  levou à cena “A Serrana” no São Carlos, Alfredo  Keil é um compositor que  “procurou um idioma nacional para a música”.
 Além de “A Portuguesa”, Keil foi autor de várias   polcas, valsas, peças para piano além de óperas, de que “A serrana” é a  mais  conhecida, havendo outras que nunca foram levadas à cena no  século XX como  “Irene” e “Dona Branca”. (…) Para o maestro João Paulo  Santos, que em 2002  levou à cena “A Serrana” no São Carlos, Alfredo  Keil é um compositor que  “procurou um idioma nacional para a música”.Mas a par da composição, Alfredo Keil “foi um pintor  compulsivo e  apaixonado” tendo-se inspirado muito nas paisagens da zona de  Sintra,  onde tinha casa. Estudou pintura em Munique e Nuremberga e mais tarde em   Lisboa. Expôs pela primeira vez em 1875, tendo recebido duas medalhas  de bronze.  Concorreu à Exposição Universal de Paris de 1878, onde obtém  uma Menção Honrosa,  e no ano seguinte recebe uma medalha de ouro na  exposição do Rio de Janeiro. Em  1890 expõe em Madrid, sendo condecorado  com a Ordem de Carlos III. Era um pintor  bem aceite na sua época e  vivia essencialmente da pintura, embora tivesse  fortuna familiar. Em  1890 abre uma galeria em sua casa, que se situava no número  77 da  Avenida da Liberdade em Lisboa. “Vendeu quase tudo” e o próprio Rei D.   Luís comprou algumas telas para a sua galeria no Palácio da Ajuda,  segundo João  Paulo Santos. O pintor e compositor oferecerá aliás ao  monarca o primeiro volume  das suas obras musicais, editado pela  Neuparth. (…)
 Keil, que começou a pintar aos 14 anos, traz uma técnica  diferente  e isso mesmo lhe nota o crítico de arte António Enes, aquando de uma   das suas exposições. A crítica de arte relativamente a Keil foi sempre   “exacerbada”, diz António Rodrigues, referindo que o Grupo Leão,  dominado por  Silva Porto, “preferiu antes ignorar Keil, pelas suas  origens românticas”.  “Podendo ter sido um diletante, até porque era  originário de uma família  abastada que fez empréstimos à Coroa, o  pintor foi essencialmente um artista  empenhado na sua sociedade, um  incansável trabalhador que com afinco tanto se  aplicou na música como  na pintura”, frisa António Rodrigues, sendo esta opinião  partilhada por  João Paulo Santos e Ana Xavier. (…)
 Uma outra faceta desconhecida de Alfredo Keil é a de  coleccionador  e museólogo em termos profissionais, tendo chegado a organizar um   museu de instrumentos musicais que no final da vida foi disperso. Parte  deste  espólio integra actualmente o Museu da Música, ao Alto dos  Moinhos, em Lisboa.  “Além de vários instrumentos, alguns fazendo parte  da exposição ao público, há  no Museu também várias partituras suas”,  disse à Lusa fonte da instituição. Esse  museu, cujo catálogo foi  escrito por Keil, reunia 400 objectos da Europa, África  e Ásia. »
 Lisboa, 02 Out 2008 (Lusa) – excerto
 Fonte: http://portadovento.blogs.sapo.pt/56611.html
  

 
 
5 comentários:
Seria interessante deitarmos a unha à dedicatória de A Portuguesa a D. Miguel (II).
Nuno
Seria bom encontrar algum documento da época a constatar isso, nós os monárquicos sabemos isso mas um documento vale por mim palavras escritas sobre o assunto.
E as telas foram das que "arderam", ou foram das que foram vendidas depois de ardidas, em Londres e Paris.
Seria bom começarmos a levantar todas estas questões.
Há Processos que podem ser reabertos!
Quanto à dedicatória a D. Miguel, basta que esteja referida numa publicação.
Mas encontrar o original, e publicá-lo confesso que seria a realização de um sonho.
Matrix
Isso é que era. Mas é difícil, a lavandaria república dá conta de tudo.
Dedicatória ou autógrafo (como lembrança de uma oferta em mão)?
A Portugueza é apenas um leitmotiv patriótico feito no calor da tensão inglesa.
Em verdade, um panfleto disso mesmo. Um panfleto popular gravado numa tipografia em papel de jornal! Milhares por sinal, a expensas do próprio compositor.
Nunca foi uma encadernação de luxo dedicada a figura alguma, como era gáudio nos anos subsequentes, para melhor patrocínio e protecção da obra e a sua fácil difusão social.
(conheço o espólio musical e o seu catalogo, e neles nada há que assim o indique. Mito urbano? Tome-se como exemplo, a Cantanta Primavera, encomendada pelo Sr. D. Luís e decicada aos esposos reais Sr. D. Carlos e Sr. D. Amélia).
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