sexta-feira, 30 de abril de 2010
O " Borges das Bombas"
Cronologia da república - 31 de Abril
Cronologia da república - 30 de Abril
- 1912
Prisão de dois funcionários públicos
Encerramento de uma fábrica em Lisboa
- 1913
Prisão de vários soldados
Prevenção na marinha e em vários quartéis
- 1914
Tentativa de assalto a um quartel em Amarante
- 1915
É fechado o jornal “A Tarde” do Porto
Dissolução de várias câmaras municipais
- 1916
Greve dos ferroviários
- 1918
É fechado o jornal açoriano “A república”
- 1924
Greve dos motoristas
É decretado o estado de sítio em Lisboa, com a suspensão da constituição
Fontes: aqui
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Conferência
O travestismo dos republicanos e da República Portuguesa
Pintura de Rodrigo Costa, Paula Cabral | Galeria de Arte
Teste: O que é o presidente da República?
João Paulo Freire - um jornalista atento
Cronologia da república - 29 de Abril
- 1913
Tiroteio em Lisboa
- 1915
Afonso Costa depõe no processo por abuso de poder contra Manuel de Arriaga e Pimenta de Castro
- 1919
Greve dos funcionários da câmara municipal de Lisboa
- 1921
É fechado o jornal “A Imprensa de Lisboa”
Fontes: aqui
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Tal bandeira, tal carapuça
Necrologia
A república em falência
Se a situação não fosse trágica até dava para rir: como era previsível há muito tempo a república prepara a festa do seu Centenário em falência e a pregar as suas abstractas virtudes. Rife-se a república salve-se a Nação.
"Aqui quem manda é o PRP!" (antes e depois do Natal de 1915)
Cronologia da república - 28 de Abril
- 1912
Tumultos em Timor-Leste
- 1913
Machado Santos ao responder a acusação de bandido de Brito Camacho, diz que os deputados devem os lugares aos revoltosos da federação radical republicana
- 1915
É fechado o jornal “O Rebate” de Castelo-Branco
- 1917
Salazar toma posse como assistente na faculdade de Direito de Coimbra
- 1918
É fechado o jornal “O Intrépido” da Covilhã
- 1919
Greve dos metalúrgicos
Greve dos funcionários da carris
- 1922
Prisão de 200 operários
- 1926
Protestos contra o governo
Fontes: aqui
terça-feira, 27 de abril de 2010
D. António Ferreira Gomes em «uma entrevista republicana»
Cronologia da república - 27 de Abril
- 1913
É fechado o jornal “O Dia” de Lisboa
É fechado o jornal “A Nação” de Lisboa
É fechado o jornal “O Intransigente” de Lisboa
É fechado o jornal “O Socialista” de Lisboa
É fechado o jornal “O Sindicalista” de Lisboa
O jornal o mundo culpa os monárquicos pelo golpe da federação radical republicana
É encerrada a casa sindical
- 1923
Atentados bombistas em Lisboa
Greve dos corticeiros
Greve dos trabalhadores das moagens
Greve dos trabalhadores dos têxteis
- 1924
Movimento revolucionário contra o governo
Fontes: aqui
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Aos primeiros raios-de-centenário
O falhado "25 de Abril" de Janeiro de 1912 ?
«O dia 13 de Março é, pois, uma data que marca o divórcio da República com o proletariado », in Terra Livre, n.°6, 20 de Março de 1913
O mês de Janeiro contráriamente ao mês de Abril tem, em Portugal, a especialidade de forjar insurreições derrotadas?
Não sabemos. Sabemos, sim, que foi a 31 de Janeiro de 1891 que, no Porto, os republicanos, apesar de contrariados pelo Directório vêm para a rua, para morrerem ao rubro como mártires de uma causa minoritária; a 18 de Janeiro de 1934, o operariado de diversas localidades, com destaque para a Marinha Grande, Silves, Setúbal e Almada, levanta-se em «armas» contra a manipulação das suas associações de classe e, mais uma vez, sai derrotado!
Janeiro parece funcionar como um mês fatídico para o operariado, e como um mês propício ao ensaio de firmeza do Poder, espécie de «pano da amostra», para as suscessivas «classes dirigentes». Assim aconteceu também em Janeiro de 1912.
A república do centro comercial
do Chiado abriram as portas
comemoração integrada nas comemorações do centenário da República
Coimbra recria a inauguração , à 100 anos , de um espaço comercial detido por um dos principais financiadores do movimento republicano.
Ontem como hoje a economia mistura-se com a politica e o resultado raras vezes é o bem comum.
Facto curioso é ser , a abertura de um centro comercial, ponto alto das comemorações do centenário da República. Prova de que as acções do partido republicano resumiam-se à capital, não tendo a única cidade com universidade um facto relevante para comemorar ou elemento digno de nota naquela que foi sempre considerada como uma "revolução esperada"
O Edifício Chiado foi inaugurado, a 24 de Abril de 1910, como filial dos Grandes Armazéns do Chiado lisboetas. "Expandiram-se por todo o país. Chegaram a ter mais de 20 sucursais. A de Coimbra foi das primeiras". É Berta Duarte, directora do Museu Municipal (cuja sede é ali), quem o afirma. Também ela saiu à rua de chapéu e vestido a rasar o chão.
"Achámos que devíamos fazer uma programação condigna, para celebrar o centenário do Edifício", explica Berta Duarte, numa pausa. O arranque remonta há, precisamente, um ano, quando foi publicado o primeiro volume do catálogo "Telo de Morais - Colecção", com parte do espólio fixo do Museu Municipal - Edifício Chiado.
talvez daqui a 100 anos comemorem a entrada de Portugal na UE com os festejos do aniversário da abertura do Colombo, demonstrando que no interior de Portugal o provincianismo ainda é regra
Ontem, como em 1910, damas e cavalheiros, republicanos
e monárquicos assistiram à inauguração do espaço comercial, assim afirma o "Diário de Coimbra" na edição de hoje.
«As nossas 18 agências espalhadas pelo país permitem fazer chegar às mais remotas localidades produtos do máximo requinte e qualidade, pelos mesmos preços e regalias de Lisboa ou do Porto, longe de qualquer charlatanismo comercial». Depois das boas-vindas ao novo espaço comercial de Coimbra, o proprietário dos Armazéns do Chiado, Abílio Nunes dos Santos, apresentava o novo gerente da sucursal de Coimbra, Joaquim Sal Júnior. Os dois representados por actores, vestidos à época e rodeados de personagens também retiradas do dia 25 de Abril de 1910.
«Servir bem o público, ganhando pouco», era, no entender o gerente, o lema adoptado pelos Armazéns do Chiado, que vendiam desde produtos de mercearia aos mais finos tecidos e adornos, vestidos chiques e fatos talhados à medida, perfumes, louças, vidros e móveis.
Damas e cavalheiros, o senhor presidente da Câmara, vereadores e, em especial, as senhoras vereadoras foram saudados, mas o ambiente de festa não ocultou a tensão vivida entre republicanos e monárquicos. Este é «um exemplo de arrojo e de grandeza de vista dos proprietários, pese embora os tempos difíceis e perturbados que vivemos», alertava Joaquim Sal Júnior, lembrando escândalos económicos envolvendo a corte ou a dissolução do Parlamento pedida dias antes por D. Manuel.
fonte:SomosPortugueses
A República de Abril
Cronologia da república - 26 de Abril
- 1912
Tumultos no liceu Rodrigues de Freitas no Porto
- 1913
Protesto pela falta de trigo
Manifestação da federação radical republicana
- 1914
É fechado o jornal “O Povo” de Lisboa
- 1915
Dissolução da câmara municipal de Évora
- 1920
É fechado o jornal “O Democrata” dos Açores
- 1925
É fechado o jornal “O Marão” de Vila Real
- 1926
Cunha Leal incita o exército a salvar a república
Fontes: aqui
domingo, 25 de abril de 2010
25 de Abril sempre...
Os corvos
Confrontos com a GNR
Cronologia da república - 25 de Abril
- 1911
Afonso Costa considera que as religiões estão condenadas ao desaparecimento
O grão mestre da maçonaria vaticina o fim dos seminários em Portugal
Tumultos em Carrazeda
Tumultos no Porto
Manifestações de desempregados em Lisboa
Em Freixianda, propagandistas eleitorais são apedrejados
- 1915
É fechado o jornal “Notícias do Norte” de Braga
- 1919
Greve de corticeiros
- 1920
Tumultos entre o exército e a população em Beja. São efectuadas 21 prisões
- 1923
Atentado à bomba em Lisboa
Em Aljustrel, os operários abandonam o trabalho, em protesto pela falta de abastecimento de trigo
- 1924
Greve dos padeiros
Fontes: aqui
sábado, 24 de abril de 2010
A 1ª República na Nazaré
Repressão
Cronologia da república - 24 de Abril
- 1912
É fechado o jornal “O Diário do Porto”
- 1915
Dissolução das câmaras municipais de Setúbal e Sobral de Monte Agraço
- 1920
Intensa fuga de capitais
- 1924
O presidente da associação de armadores é ferido a tiro em Lisboa
Fontes: aqui
sexta-feira, 23 de abril de 2010
NO PRESIDENT !
Leia tudo AQUI, no Combustões. Texto e muitas fotos inéditas, tiradas por Miguel Castelo-Branco. Esta tarde, em Bangkok.
"Um indivíduo acercou-se e identificou-se como professor do ensino secundário. É simpatizante de Abhisit mas deixou-me boquiaberto com a terminologia. "Sabe, 90% dos tubarões e exploradores deste povo são amigos de Thaksin. No campo democrático e daqueles que amam o Rei, a maioria são pessoas como nós, que trabalham, se levantam cedo e deitam cedo, que fazem ginástica orçamental para sobreviver". Feliz por ver que da boca de um homem que ganha duzentos Euro por mês saltam crepitantes as palavras que esperava. Disse-lhe que na Europa era o mesmo: quanto mais ricos, ociosos e metidos nas curibecas, mais pró-isto e pró-aquilo, conquanto nunca lhes metam as mãos na carteira.
A maioria trazia um grande autocolante destinado a enviar um recado para o mundo, infelizmente mal informado pelos media ditos de referência, que fazem clara campanha a favor do plutocrata Thaksin servindo-se exageros e semi-verdades misturadas com totais mentiras. Não [queremos] presidente, resume a natureza do conflito. Thaksin quer a república oligárquica e plutocrática, o poder absoluto para governar a seu bel prazer. Os tailandeses sabem que tal república, que os defensores do multimilionário crismaram já de Estado Novo, seria o fim da democracia e o fim da separação de poderes. Depois, há a repulsa profunda pelo terrorismo, pelo vandalismo e pela protecção que Thaksin tem recebido dos regimes autoritários ex-comunistas da região. Agora, para os defensores do governo, Thaksin é, apenas um traidor."
Vasco Pulido Valente, o Dalai Lama e a verdade histórica
Cronologia da república - 23 de Abril
- 1912
Conflitos com operários em Vila Nova de Gaia resultam em prisões e feridos graves
Na greve operária do Porto há tiroteio e rebentamento de bombas
- 1915
Dissolução de várias câmaras municipais
Fontes: aqui
quinta-feira, 22 de abril de 2010
O povo protege a Coroa
Hoje, em Bangkok. Siga todos os acontecimentos AQUI
"A hora tremenda do juízo final" (Raúl Brandão)
As histórias tremendas dos reis irancundos, cercados de concubinas e de um luxo roubado ao pouco que restava à subsistência do povo. Da tropa pronta a espezinhar quem ousasse reclamar o pão a que os filhos dos pobres tinham direito. E da Nobreza, que é como quem diz, da luxúria, da intriga e da depravação. Em tempos de centenário da nossa velha Ilda, tais são as intrujices que correm por aí, na blogosfera, nos jornais, em conferências de alguns insígnes "democratas".
Há pouco dei com este texto de Raul Brandão (in «Vale de Josafat», 1933), que não consta fosse esclavagista e expressa os desabafos do Autor com os seus próprios leitores. Ora vejam, senhores iluminado-republicanos e éticos:
«A vida modificou-se nos últimos vinte anos (...). Ninguém pensa hoje como ontem (...) Eu sou do tempo em que ser rico não era uma afronta para os pobres. (...) hoje só se é pobre com desespero. Na provincia que conheço, as palavras senhorio e fidalgo tinham quase a mesma significação. Muitos senhorios viviam com os caseiros e quase como eles. Estou a ver daqui as casas antigas que mal se distinguem das da lavoura - as mesmas pedras denegridas, as mesmas janelas sem vidros o mesmo lar enfumado, o mesmo celeiro escuro para guardar o pão.
Quando um ex-Presidente da República o diz, em ano de centenário:
Laços de família.
Uma das mais frequentes críticas à ideia de Monarquia é a questão da hereditariedade. «Se ele pode ser rei, porque é que eu também não posso sê-lo?», como se qualquer um de nós, anónimos cidadãos pudesse, efectivamente, alcançar o lugar de presidente da república. É esta ilusão de igualdade, de acesso democrático e igual, que conserva a ideologia republicana naquele pedestal de superioridade onde se acolhe uma parte dos políticos. Mas quando se trata de consolidar o poder abaixo dessa alta ideia republicana, a hereditariedade dá muito jeito. De resto, a República Portuguesa está cheia de exemplos de dinastias empresariais, políticas e profissionais. Desde os Santos Silva, e os Soares, republicanos, laicos e socialistas, até aos Azevedo ou Champalimaud, sem esquecer as pequenas clientelas familiares que preenchem as vagas das Câmaras Municipais, Secretarias de Estado, Empresas Públicas, etc, onde filhos e filhas sucedem a pais, sobrinhos a tios, etc, num nepotismo facílimo de aclarar pela leitura, ainda que fastidiosa, do Diário da República. É que a ética republicana - esse hipotético estado mental em construção - sabe que o voto é apenas uma das fases do processo de obtenção do poder. Segue-se-lhe o sangue e o dinheiro, dois factores que os políticos republicanos portugueses souberam manobrar muito bem desde o século XIX.
"A Monarquia do Norte nunca teria resistido". Conferências do Museu bernardino Machado
Em mais uma das várias conferências que se vão realizando pelo País (sobre a temática: centenário da implantação da I República)abordou-se a implantação e colapso da Monarquia do Norte de 1919.
Mau grado a leveza com que se ainda aborda o conturbado periodo subsequente ao Sidonismo, o ângulo continua a ser as movimentações dos "conservadores" apoiados pelo clero, discurso semelhante ao que vigorava nas decadas de 70-80, onde estas "forças" seriam a "reacção"... mais uma vez apoiada pelo clero, nem poderia ser diferente para certas ilustres personalidades.
A insistência na suposta existência de uma cortina de obscuridade protagonizada por forças conservadoras que ciclicamente aparece referenciada nos manuais escolares, face à insistência no carácter "redentor" das revoluções armadas tem sido um dos maiores obstáculos à correcta abordagem da estrutura sócio-económica nacional e as suas ligações com as revoluções e governos que se sucedem... não pucas vezes se arma em punho apontada ao povo que se pretende "libertar".
Não pretendeu mais, Paiva Couceiro, que o justo referendo sobre um regime que se implantou pelo terrorismo nas ruas de Lisboa e se espraiou pelo Pais por cabo eléctrico. Um referendo que ainda hoje é actual e necessário para perceber se o golpe de 1910 foi uma transição natural ou um corte radical no curso da História e na sustentabilidade de uma certa forma de estar no mundo.
Portugal, 100 anos após 1910, hoje não tem motivos de orgulho sobre o seu passado recente. Nação endividada e desrespeitada pelos seus congéneres aparece, nas bocas do mundo, como uma referência negativa um exemplo daquilo que não se deve fazer. Cem anos depois é tempo de arrear caminho e perceber que nem todos os atalhos levam ao destino, se ainda houver uma réstia de racionalidade para o entender.
«Em mais uma conferência sobre As Grandes Questões da República, organizadas pela Câmara/Museu Bernardino Machado, Artur Coimbra, mestre em História, falou da contra-revolução monárquica e da acção de Paiva Couceiro, um dos poucos monárquicos que não se conformou com a implantação da República e combateu-a com recurso a armas. Este general monárquico/conservador liderou a contra-revolução a partir da Galiza, onde se exilou com outros monárquicos. No campo militar, organizou um pequeno exército e fez duas incursões pelo norte transmontano. A primeira vez aconteceu um ano depois da instauração da República, limitando-se a hastear a bandeira monárquica em Vinhais; na segunda, em 1912, entrou por Valença, Vila Verde e Chaves, conseguindo, com a ajuda do padre Domingos, alguns levantamentos populares em Cabeceiras, Celorico de Bastos, Fafe e Vieira do Minho. Incursões que foram rapidamente neutralizadas.
Ao nível político, Paiva Couceiro exigiu aos governantes republicanos a realização de um plebiscito e a restauração da Carta Constitucional de 1826.
Mais tarde, foram efectuados outros ataques ao republicanismo, com a ajuda do clero. O mais importante ocorreu em 1918, com a proclamação da Monarquia do Porto, pela Junta Militar do Norte, que dividiu o país em dois: do Vouga para cima monárquico e para sul republicano. Este sonho do regresso à Monarquia durou 25 dias, uma vez que foi derrotado pelo exército republicano, mas este foi um período de grande terror e violência, que ficou conhecido pelo Reino da Traulitânia.
Segundo o orador, a Monarquia do Norte, como ficou conhecida, dificilmente teria outro desfecho que não a derrota, porque não contou com o apoio do Rei D. Manuel II, exilado na Inglaterra, nem teve o reconhecimento de Espanha e Inglaterra.
...está agendada para o dia 21, sobre o tema "A resistência operária à I República", com o professor Paulo Guimarães.»
Fonte: Jornal regional "cidade Hoje" de 22-4-2010
Detenção de padres
Cronologia da república - 22 de Abril
- 1911
Guerra Junqueiro considera Afonso Costa uma pessoa perigosa
- 1913
Campanha internacional de protesto contra a situação dos presos políticos em Portugal
Eusébio Leão, embaixador na Itália, desmente as afirmações da duquesa de Bedford, acerca da situação dos presos políticos em Portugal
- 1915
Prisão dos vereadores da câmara municipal de Lisboa
Fontes: aqui
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Cronologia da república - 21 de Abril
- 1915
- 1918
- 1925
É fechado o jornal “A Capital” de Lisboa
Fontes: aqui
terça-feira, 20 de abril de 2010
Os disparates da História de Portugal
Subversão em Bangkok: o velho esquema.
Acabado o período de férias do Songkran, a população urbana começa a regressar à capital e por aquilo que as imagens dos derradeiros dias têm mostrado, vai crescendo o tom de indignação pelo sórdido espectáculo oferecido semana após semana, a um mundo quase indiferente. Os tailandeses são um povo orgulhoso e cioso da questão das aparências - não gostam de perder a face - e a profunda degradação das zonas mais frequentadas pelo florescente turismo ocidental, é de molde a enervar os ultrajados residentes e comerciantes. A liderança thaksinista aposta na ruína económica e no crescer do descontentamento que obrigue o regime a baixar os braços. Por outro lado, espera-se uma progressiva participação popular em quotidianas manifestações em defesa da Lei, da Constituição e da Coroa, daí a pressa dos subversivos em jogar tudo por tudo nos próximos dias, ao mesmo tempo que orquestram manobras de diversão, como "apelos ao Rei", "rendição", etc. Em qualquer país europeu, uma situação que tivesse atingido uma fracção daquilo a que temos assistido, já há muito teria sido tratada de forma lapidar, para nem sequer referirmos os "métodos dinâmicos" utilizados mais para o Leste, onde o regime do presidente Putin não hesita em utilizar toda a força do Estado para a manutenção da sua segurança interna. Isto, perante o generalizado alheamento ocidental, dada a importância da Rússia. Os negócios falam antes do sangue derramado.
O plano do assalto ao poder obedece a um conhecido e muito clássico esquema gizado pelo desaparecido Komintern e seus sucedâneos. Os métodos são facilmente adaptáveis a cada uma das situações nacionais onde urge intervir e contam sempre com a contemporização das sociedades liberais, reféns de palavras de ordem daquilo a que genericamente designamos hoje como "politicamente correcto", princípio da não-violência e contemporização perante as investidas dos radicais. Em suma, os reds são uma ínfima minoria, hábil e vergonhosamente escudada por detrás de gente naive e indefesa, onde avultam idosos e crianças de colo, enquadrando o esquema geral de resistência às forças do Estado. As etapas para as cartadas decisivas, estão há muito previstas:
1. Provocar a todo o transe a máxima violência urbana entre "massas desprotegidas" e forças militares "opressoras". Vivemos no império da informação e os sediciosos conhecem as reticências dos sectores liberais no uso de uma autoridade que a imprensa facilmente generalizará em termos de "tirania, abuso de poder, prepotência", etc. A liderança thaksinista - refugiada nos hotéis de luxo da "zona de combate" -, quer a guerra custe o que esta custar, nem que para isso acabe por impor acordos que logo rejeitará, inventando todo o tipo de desculpas para tal.
A imprensa afecta à subversão e as suas conhecidas correias de transmissão nos grandes interesses económico-financeiros no Ocidente, tenderão a propalar notícias gizadas pelos thaksinistas, apresentando agora as "milícias encapuzadas" como se "terroristas do governo e seus aliados" se tratassem. Clássico, este processo de vitimização. 20.000, 50.000 pessoas insurrectas nas ruas de Bangkok, podem parecer uma enorme multidão para os europeus que se habituaram à morigeração de costumes militantes. Na Tailândia, 1.000.000 de militantes - e não é este, nem de longe, o caso em questão! - são uma ínfima minoria, engrossada apenas pela agit-prop muito activa e teleguiada do exterior e por estrangeiros que se mantêm no país. O governo tailandês conhece essa situação, tal como a divulgou ao mundo há apenas alguns dias.
2. Apelar ao Rei
O ponto fundamental a reter, consiste no facto da liderança vermelha não desejar qualquer dissolução parlamentar que não seja imediata.
Perdida a luta pelas massas urbanas que não possuem, decidirão a clássica manobra de diversão, apelando directamente ao Palácio, mas manifestam desde já as exigências leoninas que são facilmente previsíveis e inaceitáveis:
a) imediata dissolução do Parlamento.
b) formação de um governo "até eleições" do Pueh Thai - o mal disfarçado partido de Thaksin - que se encarregará de "preparar futuras eleições". Dadas as escabrosas situações que se verificam nas províncias onde o thaksinismo instalou uma mafiosa rede de poder oligárquico-financeiro-empresarial de cacicagem e generalizada dependência, podemos imaginar o tipo de eleições que o "novo governo" poderá organizar.
c) imparável tentativa de afastar os principais concorrentes da ida às urnas. No poder "provisório", alegarão todo o tipo de razões para interditar o PAD, tal como já estão a fazer relativamente ao mais antigo Partido do país, o Partido Democrático que agora tentam dissolver. Apenas concorrerão com anões políticos.
d) vão anunciar uma imediata "revisão constitucional com intuitos modernizadores". Isto implica a bem pensada preparação da opinião pública, exaltando por enquanto a figura do Rei, mas exigindo a liquidação de instituições que alegadamente "afastam a Coroa do povo". O alvo primordial é a cabeça do regime e o Conselho Privado que na Tailândia, faz a vez do nosso Conselho de Estado, mas bastante mais influente que o de Lisboa. A conseguirem o intento, o Palácio fica-lhes nas mãos, sem contacto com qualquer força viva do país, seja ela da sociedade civil ou militar.
e) romenização da monarquia, seguindo grosso modo o modelo que Estaline e Gheorgiu-Dej impuseram ao rei Miguel I e à Roménia dos anos de 1944-47. Foi a isso mesmo que ainda há menos de dois anos assistimos no Nepal.
Contando com o declínio da saúde de S. M. e o seu eventual desaparecimento - que acima de tudo hoje esperam e desejam -, teremos o já iniciado processo de diabolização dos sucessores à Coroa e a laboriosa preparação para um referendo que dite nas urnas - quase sem manifestação de posição contrária -, o resultado pretendido por Pequim. Este é antes de tudo, um processo de luta pela hegemonia regional.
No apelo ao Rei - que sabem ser difícil ou praticamente impossível de ver compactuar com a subversão -, poderão também estar a prever o silêncio do Palácio, avesso à luta partidária. Então, na habitual estratégia bolchevique, apontarão baterias contra a Instituição, declarando-a ... parcial!
Este é um esquema velho de praticamente um século e que tem sido adaptado às circunstâncias de cada um dos alvos pretendidos.
Nesta luta pela conquista do vasto espaço estratégico que controla a passagem entre o Índico e o Pacífico, a China tudo tem feito para atingir os mares quentes do sul. Bases "informais" na Birmânia, a conquista das alturas dos Himalaias que para sul do Nepal lhe oferecem uma excelente posição em direcção ao odiado rival indiano, a aproximação a Teerão e uma activa penetração em toda a África austral e oriental. A Tailândia é apenas um peão a abater e no caso de um por enquanto improvável sucesso, privarão os EUA de um aliado vital, interrompendo um dos elos da corrente amiga que liga os americanos ao Japão, Taiwan, Tailândia e Índia.
Os próximos dias aconselham a atenção dos poderes ocidentais.
Cronologia da república - 20 de Abril
- 1911
Guerra Junqueiro considerou a lei da separação da igreja do estado como estúpida por ferir o sentimento religioso português
- 1912
Incidentes em Macau
- 1913
Protestos em Aveiro
A Maçonaria distingue Afonso Costa com o grau 30 de cavaleiro Kadosch
- 1915
Amnistia a todos os presos políticos
- 1916
O governo declara o estado de sítio na ilha terceira
O governo manda submeter à censura toda a correspondência postal para o estrangeiro
O governo manda submeter à censura todas as comunicações telegráficas com o estrangeiro
- 1920
No julgamento do caso “Monarquia do Norte” Guerra Junqueiro defende um dos implicados
- 1921
Greve na Universidade de Coimbra
Fontes: aqui
segunda-feira, 19 de abril de 2010
À conversa
Salazar ou a 2ª República - sempre a República
O fado da bandeira
Sem falares do teu passado
Verde, verde, que esmoreces
Com a castelhana a teu lado
Verde esperança! Sangue ardente!
Verde sangue derramado!
Uma mentira pungente
Para esconder um pecado
Eu se disser o que penso
Da tua cor centenária
Digo o que vejo e lamento
És bandeira partidária
O que fizeste da história!
E das cores da tua idade!
O que fazes da memória!
Que exemplo p'rá mocidade!
Cronologia da república - 19 de Abril
- 1911
Distúrbios no colégio das missões ultramarinas em Cernache do Bonjardim
- 1912
A Índia pede ao ministério das colónias reforço militar
Duelo à espada entre Egas Moniz e Norton de Matos
- 1918
Salazar toma posse como catedrático da faculdade de Direito de Coimbra com dispensa de prestação de provas
Obtêm de igual modo o grau de doutorado em Direito
- 1924
É fechado o jornal “A Actualidade” de Braga
Fontes: aqui
domingo, 18 de abril de 2010
A estratégia repúblicana
A FARSA DAS REPÚBLICAS "DE HOJE"
Cronologia da república - 18 de Abril
- 1911
O governo destitui o bispo de Beja das suas funções episcopais
- 1924
Greve dos funcionários públicos
- 1925
Golpe militar de Filomeno da Câmara
O governo declara o estado de sítio em todo o país, suspendendo a constituição
António Sérgio é a favor da ditadura fascista
Fontes: aqui
sábado, 17 de abril de 2010
Lisboa acolhe reunião mundial de maçons - Jornal a Bola de 16-4-2010
«Há uma enorme convergência entre os valores maçónicos e os republicanos, de igualdade, liberdade, cidadania e laicidade, além da fraternidade», explicou António Reis, grão mestre do GOL, em declarações reproduzidas pela edição online do i.
Valores que, segundo Reis, «estão nos tempos de hoje ameaçados».
«Há uma enorme crise ética que grassa em todo o mundo e esteve, aliás, na origem da actual crise económica e financeira» diz, lembrando que «os maçons têm obrigação de serem uma vanguarda ética e cívica destes valores, como o foram no passado, em que estiveram sempre na primeira linha da salvaguarda destes valores».
O encontro internacional, que repete eventos semelhantes realizados em Estrasburgo, Atenas e Istambul, vai realizar-se num hotel de Lisboa e será aberto a todos os que pretendam participar, incluindo não maçons.
Outros artigos acerca do mesmo assunto:
http://www.ionline.pt/conteudo/55611-macons-todo-o-mundo-reunem-se-em-lisboa-com-valores-republicanos-na-agenda-
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=445749
Monarquia bate República em duelo - JN de 17-4-2010 por Fátima Mariano
Durante um dos seus inflamados discursos na Câmara dos Deputados, o líder do Partido Republicano Português insurgiu-se contra a Monarquia e os seus representantes, deputados monárquicos incluídos. Como resposta, um desses, o conde de Penha Garcia (primo de João Franco), aproximou-se de Afonso Costa e disse-lhe baixinho: "Quem assim desconsidera a honra alheia, não pode prezar a honra própria". Como resposta apenas um seco "Logo falaremos".
Assim que terminou o seu discurso, Afonso Costa constituiu os seus padrinhos para tratarem do duelo, escolhendo para o combate a espada francesa. O conde de Penha Garcia era muito melhor espadachim do que o líder do PRP, o que deixou os padrinhos e as testemunhas preocupadas.
Nesta disputa estava em causa muito mais do que uma simples defesa da honra. Os dois protagonistas estavam em lados opostos de uma guerra que há muito tinha espoletado.
Os monárquicos receavam que se Afonso Costa fosse mortalmente ferido, os grupos populares aguerridos espalhariam a ideia de qu ele tinha sido assassinado. Os republicanos, por seu lado, temiam ficar sem o seu líder, indispensável para levar a cabo o derrube da Monarquia.
Antes de se dirigir ao local do duelo, Afonso Costa escreveu a Bernardino Machado: "Vou tranquilo para este lance. Se for fisicamente vencido, o meu sangue regará a terra sagrada da Pátria, e mais um passo se terá dado para a República. Bato-me pela nossa causa e, por isso, quando a sorte me for pessoalmente adversa, convido-o, a si em nome de todo o nosso Partido, a dar à minha memória a compensação de uma vitória próxima".
O duelo realizou-se pelas 11 horas na estrada militar da Ameixoeira, palco habitual deste tipo de contendas.
Temendo que uma eventual morte de Afonso Costa o tornasse um mártir, algumas testemunhas afiançaram que o conde de Penha Garcia se limitou a desferir um ligeiro golpe no braço esquerdo do adversário, deixando-o a sangrar um pouco.
Tuga, paga lá o Falcon!
Custa-nos perto de Dezoito Milhões de Euros por ano, aos quais se somam todas as despesas inerentes aos seus antecessores vivos. Comitivas enormes e restante acessorizing on the rocks, são parte integrante do estafadíssimo Esquema a que nos habituámos. A tudo isto teremos ainda de somar Cimeiras, eventos festivos fora de Palácio, ajudas de custo para o servicismo permanente, viagens de Estado e consequentes imprevistos técnicos, ciclónicos, vulcânicos, etc, etc, etc.
E se Sua Excelência fizesse precisamente aquilo para que serve um Chefe do Estado, ou seja, representar de quando em vez o nosso país? Bem sabemos que um chefe de Partido - mais ou menos oculto mas nem por isso menos evidente - terá sempre dificuldades para encarnar a totalidade do povo de um país quase milenar.
Há uma semana, morreu em trágicas circunstâncias o seu homólogo de Varsóvia, acompanhado pela mulher e por dezenas de altos dignitários do Estado polaco. Viajavam num velho avião.
Cavaco Silva encontra-se a uma pequena distância de Cracóvia, onde se deslocarão personalidades tão insignificantes como os dirigentes da Rússia, EUA e Alemanha. Merkel dormiu esta noite em Lisboa e depois partiu para Roma, de onde seguirá por via terrestre até Cracóvia.
Mas afinal, quem é Cavaco Silva?!
A resposta é simples. Consiste num semi de difícil definição constitucional, mas isso não o impede minimamente de em tempos de contenção que o próprio não se cansa de alardear, fazer uma longa viagem em limusina fretada, com a respectiva escolta e segurança, coisa que até se compreende. Assim que com todos os luxos - também compreensíveis e igualmente aceitáveis - chegue a Barcelona, não regressará a Lisboa num voo low-cost - como sempre faz a Rainha Sofia de Espanha -, nem sequer numa viagem da TAP. Não senhor. O Exmo. Sr. Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva, Presidente da III República Portuguesa, Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Portuguesas e Grão-Mestre das Ordens Honoríficas, terá, assim como a respectiva cônjuge, um exclusivo e despesista Falcon à espera. Isto, para que na próxima 2ª feira possa retomar a sua agenda de contactos, por sinal a ser preenchida pelo novo chefe do seu Partido político. Há assuntos que não podem esperar. Coisas dos tempos que se avizinham, os da reeleição.
Faça aquilo para que serve essencialmente o Chefe do Estado. Represente o país se souber ou puder, coisa altamente duvidosa, pelo que se viu e vê.
Longe vão os tempos em que o Chefe do Estado viajava de comboio, quase incógnito e com escasso séquito.
Quem quer repúblicas, que as pague!
Cronologia da república - 17 de Abril
- 1911
O governo cria em Moçambique a Guarda Cívica
- 1915
Proliferação pelo país de vários centros monárquicos
- 1916
O governo civil de Lisboa é exonerado
- 1922
Pacto de Paris no qual D. Manuel II aceita o sucessor indicado pelas cortes devido à falta de descendência directa
- 1923
Greve das costureiras do Porto
Fontes: aqui
sexta-feira, 16 de abril de 2010
MANSOS SOMOS NÓS, PÁ!
Portugal no ano 2000
A ética republicana de Francisco Louçã
Bem prega Frei Tomás...
É publicada hoje no Diário de Notícias (não encontro o artigo online) uma elucidativa carta aberta de Paulo Teixeira Pinto a Francisco Louça sobre a sua atitude de se manter cobardemente escudado no estatuto Imunidade Parlamentar, após o ministério público o ter tentado constituir como arguido pela prática de crime de difamação. Assim o DIAP se viu obrigado a dar por encerrado o processo “embora se verifiquem fortes indícios da autoria do crime pelo Sr. Deputado Francisco Louçã” segundo despacho de 25 de Fevereiro.
Subversão republicana-ditatorial
O Finland Plot em acção, AQUI !
E entretanto, começa o refluxo da maré. Esta manhã, muitos milhares saíram para as ruas de Bangkok, em defesa da Monarquia e da Democracia.
O vulcão amigo
Cavaco Silva está retido em Praga, devido a uma daquelas maravilhas com que a mãe Natureza brinda os seus filhos humanóides.
Após ter escutado da boca de Vaclav Klaus aquilo que todos sabemos ... "aqueles que aceitaram isso, agora terão de suportar as consequências do seu acto (...) inimaginável que alguns países europeus possam admitir determinados défices (...), como ministro das Finanças ou 1º ministro, nunca admitiria isso"., agora as cinzas não deixam o co-responsável governamental e semi-presidencial regressar à base.
Que tal umas longas férias em Carlsbad? Sem bilhete de regresso e com a correspondente marcação de reservas adicionais para umas, digamos... 400 personalidades de relevo da nossa vida pública. Isso é que era!
Ora leiam AQUI o que nos espera.
Cronologia da república - 16 de Abril
- 1911
É fechado o jornal “O Concelho de Bragança”
- 1920
Um comício no Porto é alvo de ataques terroristas
Fontes: aqui