5 de Outubro de 1910. Cruzador Adamastor. Porto de Lisboa. Revoltosos entram a bordo do navio provocando um motim para se apoderarem de munições e apontar canhões para o Terreiro. O tenente Mendes Cabeçadas aponta uma arma à cabeça do capitão-mar-e-guerra Augusto Carlos Saldanha e diz: Dá-me a chave do paiol. Uma resposta: Só dou a chave a quem me confiou. E atirou-a ao mar! Os revoltosos demoraram 4 horas a rebentar com a porta-cofre. Foi o seu acto de coragem que influenciou a decisão de o manterem vivo. O resto, tortura, prisão por vários anos e não progressão na carreira. 14 de Maio, de 1915, quartel de Alcântara, Lisboa. "Repúblicanos", "civis" e militares saqueiam e assaltam pela cidade de Lisboa à procura de comida, no que se viria a transformar num "movimento revolucionário" que custa centenas de mortos. Estando nesse dia de serviço, no Batalhão Naval, Augusto Carlos Saldanha opôem-se à desordeira ocupação do quartel por simpatizantes monárquicos que o conheciam e que queriam tirar partido do facto. Foi alvejado com 6 tiros. Sobreviveu. Por mérito, foi Grande-Oficial da Ordem de Aviz e da Ordem de Torre e Espada e membro do Conselho das Ordens. O seu nome não consta no Museu da República.
Nos Carvalhos do Paraíso por João Amorim
1 comentário:
Foi apenas um monarquico obediente. Não merece reconhecimento pela história.
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