sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Portugal medieval explicado ás crianças do 4º ano

No livro do 4º ano de Estudo do Meio, "Outros tempos outras histórias" na página 40 as autoras explicam graficamente o panorama social de Portugal no início das descobertas, portanto séc. XV (portanto já Idade moderna).



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A imagem acima só por si dispensa comentários, mas convém referir os erros:

Onde está o Rei? Explicar a sociedade do séc XV sem referir o Rei é como querer correr sem uma perna. Como se trata de um livro do 1º ciclo a intenção é clara:
Omitir o Rei como a peça fulcral da sociedade é um erro muito grave, e a sociedade resume-se a um retalho de grupos que procuram o lucro pessoal.
Traduzindo o que os vários personagens dizem para a mentalidade de uma criança de 8 anos: a Burguesia (curiosamente surge no topo) quer dinheiro, a Nobreza quer dinheiro, o Clero quer mandar e o desgraçado do povo "apenas" "pretende" não ser mais espancado.
Pura ideologia marxista!

Fala-se da "Educação", de que "a Educação" falhou, e que se investe pouco, que os professores isto e aquilo... o problema é este acima focado: nas escolas não se ensina... doutrina-se ideias passadas caducas e fora da realidade actual e factual. A deturpação da História apenas leva à repetição dos erros passados, por isso é que Portugal repete-se ciclicamente desde 1910. Que espécie de adulto teremos se aos 8 anos está a aprender esta "coisa" que de História não tem nada?

bem haja

4 comentários:

editor69 disse...

Resta aparecer algo ou alguém...
aqui como o vosso blog...que diga como no filme Matrix...
vocês estão todos ligados á matriz republicana...resta-vos saber se querem o comprimido vermelho...
ou o azul...

Abraços.

Jorge Santos disse...

K calhaus!!!
Pura ideologia marxista? Hahahahaha.
Quem dera aos governos portugueses, desde 1974 que tivesse havido algum ministro sequer que fose marxista.
Então vão dizer que não era assim, no Antigo Regime? Nobreza e clero como os mais superiores e burguesia e povo logo atrás?
De facto a burguesia devia estar um pouco acima do povo.
Mas a verdade também é que a burguesia se fundiu com a nobreza através dos casamentos por conveniência, portanto não é um erro assim não mau.
O que importa é que o povo´está no fundo da tabela e é sem dúvida aquele que tem 0 privilégios e 100%obrigações.

Zé pikeno já disse para parar de ver filmes, que isso faz-lhe mal.
Depois acaba por ser o homem das frases feitas.

Nuno Castelo-Branco disse...

Bah, Space_aye, lá está você com o seu nick made in USA a debitar enormidades: pois então, parece-lhe que o rei não pertencia à estrutura do estado? E como explica a muito frequente aliança entre a coroa e o chamado terceiro estado? Fim da tabela... e então? Agora, com a "democracia" como é?
E já agora, como alegado marxista (já o leu?), diga-me como explica dialécticamente o enraizamento da autocracia, bonapartismo, culto da personalidade e despotismo nos países que tiveram o o pouco invejável privilégio de ser administrados por essa casta de iluminado? Diga lá, queremos ver até onde vai a sua democracia!

Anónimo disse...

Aliança entre a coroa e o terceiro estado? Não está a falar do exemplo de Portugal de certeza absoluta.
Pois isso nunca aconteceu nem com a burguesia, quanto mais com o povo.
E aconteceu na Holanda apenas com a burguesia.
Por cá o rei recusava sequer pensar que os burgueses, mais cultos do que os nobres, pudessem alguma vez chegar aos cargos publicos.
Essa mentalidadezinha absolutista destruiu Portugal.
Quanto ao Bonapartismo, é apenas o resultado do poder que por vezes também incitado por maus conselheiros acaba muitas vezes por dominar os próprios governantes.
Foi o que aconteceu com Napoleão, que se tornou ele mesmo num rei absoluto, coisa que era contrária aos seus ideiais.
É a natureza do ser humano, e particularmente a natureza do ser humano fraco que era Napoleão.
E que ao fim e ao cabo era apenas um grande general, não mais que isso.