D. Manuel Clemente esclarece que os eventos celebrativos visam reflectir sobre a «contemporaneidade portuguesa»
A Igreja Católica não vai “fazer comemorações do 5 de Outubro”, uma data da “sociedade portuguesa”, mas pretende “potenciar uma reflexão cultural acerca desta realidade que se chama Portugal”, referiu este Sábado, em Fátima, D. Manuel Clemente.
O Bispo do Porto falava durante o Encontro Nacional de Referentes da Pastoral da Cultura, promovido pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC).
Este organismo da Igreja Católica promove, de 2008 a 2011 um ciclo de reflexão sobre a identidade portuguesa que passará, entre outros, pelo centenário da República, no nosso país, mas também pelas Invasões Francesas, de cujos “escombros nasce o Portugal contemporâneo”, segundo D. Manuel Clemente.
O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais esclareceu que não se deve ver este ciclo como uma comemoração do 5 de Outubro de 1910, assegurando que a intenção é integrar este acontecimento na “contemporaneidade portuguesa”.
“Nesta altura, andamos todos na sociedade portuguesa em volta do tema de Portugal, o seu significado como este colectivo que nos engloba a todos”, explica à ECCLESIA.
A apesar de não haver iniciativas próprias do SNPC, D. Manuel Clemente sublinha que há instâncias com “uma vocação cultural específica” que colaboram nas comemorações, como é o caso do Centro de Estudos de História Religiosa da UCP, com uma “colaboração activa nas comemorações oficiais” do centenário da República.
Numa intervenção intitulada “Costurar o Presente com as linhas do Futuro”, D. Manuel Clemente salientou ser falso dizer que o catolicismo em Portugal reagiu mal à implantação do liberalismo, em 1820.
“O «movimento católico», entre 1840 e 1910, contou em Portugal com algumas personalidades, laicas ou eclesiásticas, que conseguiram dialogar com a sociedade liberal, em cujo espírito participavam”, indicou.
Este responsável disse também ser falso dizer que a Igreja em Portugal, no seu todo, sentiu o 5 de Outubro como “uma catástrofe”. “Muitos católicos apreciariam a República como regime e até como ultrapassagem da incapacidade política e administrativa do constitucionalismo monárquico, na sua fase final”, recordou.
O Bispo do Porto, especialista em História da Igreja, defendeu que o problema esteve “no enquadramento religioso previsto pela «Lei da Separação» de 20 de Abril de 1911, que não respeitava a identidade própria do Catolicismo, enquanto Igreja hierárquica e transnacional”.
Posteriormente, assinalou, “os católicos da República procuraram que esta respeitasse a Igreja e contasse com ela para a «regeneração» do país, ideal que igualmente compartilhavam”.
Em relação ao futuro, D. Manuel Clemente diz a actualidade traz aos católicos “novos desafios”, resumidos no individualismo “pós-moderno” na cultura, bem como a “grande frustração social e económica, na presente crise global”.
“Interessa-nos, sobretudo, 2010”, precisou o prelado perante delegados de várias dioceses portuguesas.
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticia_ ... tipoid=154
9 comentários:
Ora tomem lá! Haja alguém que tenha juízo!
Juízo???
A igreja comemora o inicio da inquisição. Logo é logico que não comemore o 5 de outubro.
Qual a inquisição ? A dos republicanos ? Que eu saiba abundam na internet fotos de republicanos a medir crânios de Jesuitas, não nos esqueçamos de quem fazia o mesmo e eram republicanos ... Os Nazis !
Pois a Igreja nun ca teve uma inquisição. Quanto aos jesuítas, a igreja queimava gente viva
Ou isso também é invenção de republicano?
E a vossa inquisição?
Na primeira república, a Formiga Branca
Na 2ª a PIDE
E não digam que não, pois na sede da António Maria Cardoso lá estava hasteado o miserável trapo a que a lata de alguns chama bandeira nacional.
Em 2010 os padrecos vão todos dar corda aos sapatos e sair do pais. VIVA AFONSO COSTA
Com vocês no porão a remar ao som do tambor, tal escravos da própria estupidez
bem haja
A vossa inquisição???
Eu nunca participei numa inquisição...
Mas vê-se o calibre dos vossos argumentos.
Justificam um crime com outro crime, tipo comunista.
Na António MAria CArdoso, estiveram muitos portugueses que lutaram pela liberdade, e não necessáriamente monarcas...
Vê-se bem que este ricardo ferreira é tão republicano como eu sou padreco.estes tipos estão tão desesperados que atê inventam VIVA A REPUBLICA SEUS FILHOS DA MÃE
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