segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Birds of a feather flock together*

Publicada em Vias de Facto. Clique para aumentar.


A árvore genealógica acima publicada é um extraordinário documento sobre a perpetuação do poder económico e político em Portugal nos últimos 150 anos, entregue a uma burguesia liberal e económica, próxima da maçonaria. Esta nova aristocracia nada tem a ver com o conceito de aristocracia portuguesa do Ancien Régime, a qual, aliás, estava (como sempre esteve), nas vésperas do liberalismo, falida e totalmente dependente dos credores. Pelo contrário, os senhores das famílias Silva, Mayer, Espírito Santo e outras, construíram-se nos balcões da mercearia, conspirando contra a velha Ordem, segundo eles decrépita e avessa ao progresso. Mas como acontece com qualquer complexo mal resolvido, o objecto odiado é também o objecto do desejo e, nesse sentido, não foi preciso muito para que a velha Ordem fosse substituída por um novo estado de coisas, governado por esta oligarquia de antigos marçanos que acalentaram a ideia de República para o bom sucesso dos seus negócios. Os netos, bisnetos e trinetos desses senhores ainda aí estão, financiando a causa republicana, enquanto ela lhe for útil aos seus negócios. E ainda há quem se espante com isto.

* provérbio inglês, cuja tradução pode ser "pássaros da mesma plumagem acasalam entre si".

3 comentários:

João Amorim disse...

Curioso esta "árvore" ter sido elaborada pelos meninos da esquerda que à volta da fogueira curtem permanentemente a inveja e o ressabiamento.

Anónimo disse...

Sou simpatizante monárquico e sinceramente penso que estar a demonizar os empresários que, apesar de tudo geram riqueza e criam empregos, só serve para fazer o jogo das múmias marxistas do BE e do PCP.
O que são milhares de milhões de euros geridos por estes homens em comparação com as centenas de milhares de milhões geridas pelos irmãos do Grande Oriente Lusicano, entranhados no estado e em todos os sectores?
Estes é que são os verdadeiros donos de Portugal e estes é que deveriam ser denunciados sem dó. Não foi o António Reis que escreveu no prefácio de um livro que a história da maçonaria é a história de Portugal, pelo menos desde 1822 ?

Anónimo disse...

Caro Anónimo
Não obstante o seu anonimato vou explicar-lhe que ninguém está demonizar nada. E deixe-me frisar que a promiscuidade entre o regime, a maçonaria e estas famílias não é só de hoje.