quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Uma nova "dinâmica" nos orgãos de soberania

Por outras palavras, todos começam a dizer o mesmo, têm é o preconceito de admitir que a verdadeira mudança (dinâmica) começaria pela mudança na arquitectura do Estado, na eliminação da rede tentacular dos orgãos de soberania e na representação do chefe de Estado. Um chefe de estado descomprometido, isento e que "puxasse isto a sério", através da mobilização suprapartidária.

"Que pequenino efeito?
(...) Precisávamos de uma dinâmica nos órgãos de soberania e termos um Presidente que puxasse isto a sério e não temos.

Mas o Presidente da República está empenhado em que o PSD viabilize o OE...
Na fase actual, as preocupações em relação à passagem do OE situam-se naqueles que dominam o "centrão político" para se manterem no poder. Este pingue-pongue podia ser dinâmico, mas é um jogo. Por isso é que há pouco falava numa certa burguesia instalada que é preciso instabilizar. (...)

O PSD viabilizará o OE?
Estou convencido de que viabilizará. Mas só por uma lógica de manutenção do poder. E é aqui que entra a fragilidade do cenário das presidenciais. O actor [PR] é muito fraco e comprometido com o processo.

1 comentário:

JSM disse...

É verdade. É um preconceito terrível, um complexo de inferioridade terrível! Nunca tiram conclusões das premissas que enunciam! No fundo resvalam para a mentalidade cesarista - todos querem que o filhinho deles seja presidente da república, mesmo sabendo que isso não pode ser. Não sabem abdicar em favor de um árbitro comum. Daí que os povos do sul tenham sempre problemas de arbitragem. Compare-se, por exemlo,o público do futebol em Portugal e em Inglaterra! Está aí a diferença... de maturidade que (em termos colectivos) é sinónimo de civilização. O Carvalho da Silva não chega lá.
Saudações monárquicas