terça-feira, 30 de novembro de 2010

A legitimidade da república

Nunca é demais falar.

Adenda: A "discussão" no fórum já começou e alastrou-se rápidamente. Felizmente falar de Monarquia começa a incomodar muita gente.

O grande democrata.


Em 1967 Cavaco Silva escreveu e assinou por baixo, num documento público que estava "Integrado no actual regime político", acrescentando um reparo: "Não exerço qualquer actividade política". Estas declarações vêm firmar o que já sabíamos sobre o carácter do actual Presidente da República: é da fibra da maioria dos portugueses, daqueles que a 6 de Outubro de 1910 eram todos republicanos e que no dia 25 de Abril de 1974 juraram a sua intrínseca democracia. A história recente deste país tem sido feita por estes homens, tão versáteis como cobardes. Condições absolutamente necessárias para se ser um bom estadista.

O preconceito no tratamento social na República Portuguesa

Por várias razões, não difíceis de intuir, o uso dos títulos a seguir à "implantação" terrorista da República ampliou-se, generalizou-se e tomou a forma de "escadaria" no percurso social. Não há país mais pretensioso no uso dos títulos que a república Portuguesa. Qualquer bacharel é Doutor X, qualquer licenciado é o Senhor Doutor Engenheiro XY. Este abuso desapropriado numa República laica e igualitarista podia pressupor uma lógica compreensão face ao significado das distinções – nobiliárquicas ou não –, as suas origens e, sem complexos, do seu significado enquanto "património" pessoal. Mas não...



Ler o resto aqui.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cronologia da república - 2ªedição - 29 de Novembro

  • 1911


Abertura do “Tribunal das Trinas”

Greve dos camponeses Alentejanos

  • 1913

Prisões políticas em Torres Novas

  • 1914

É fechado o jornal “O Trabalho” de Viana do Castelo

  • 1915

Entram em greve as costureiras do Porto

Governo nº9 da república presidido por Afonso Costa (107 dias). O governo é organizado por indicações parlamentares por vontade de Bernardino Machado

  • 1917

O arcebispo de Braga é expulso do país por ordem do governo

  • 1921

Os partidos políticos não conseguem criar estabilidade no país

  • 1923

Aumento da contribuição predial

Despedimentos na função pública

Comparticipação do estado nos lucros das sociedades anónimas

  • 1925

O governo regulamenta as condições de ida para o estrangeiro de indivíduos obrigados a cumprir o serviço militar

  • 1926

O governo alarga os poderes do Presidente da República

Enquanto não fosse eleito o Presidente da República, o poder era assumido pelo 1ºministro




Fontes

domingo, 28 de novembro de 2010

Cronologia da república - 2ªedição - 28 de Novembro

  • 1913


É fechado o jornal “O Rebate” de Lisboa

  • 1914

Desordem em Setúbal

  • 1918

O governo aprova os programas do ensino secundário

  • 1922

Gago Coutinho é dispensado por lei de todas as provas e exames para a obtenção do diploma de observador aeronáutico





Fontes

sábado, 27 de novembro de 2010

Notícias da Itália

Deixando de lado as misérias e mediocridades do nosso triste quotidiano, recomendamos um olhar muito atento a este importante trabalho que da Itália chega. Uma grande quantidade de textos que tem Portugal como objecto de interessado estudo e reflexão. Sem grande surpresa, deparamos com aquilo que há décadas alguns dizem sem que sejam escutados, ou pior ainda, sendo desprezados pela turba que deixa o país nesta situação desesperada.

Os próprios italianos o dizem: temos de nos ver livres daqueles que condenam Portugal a uma desnecessária canga.

"- Portugal é um país central no complexo euro-atlântico e não pode submeter-se a orla periférica do Mitteleuropa;

- A comunidade cultural, linguística e afectiva dos países herdeiros da expansão portuguesa não é um adereço retórico; detém hegemonia económica, demográfica e política sobre a América do Sul e encontra em Angola o mais poderoso Estado da África negra após a África do Sul, posto que a Nigéria perdeu a sua grande oportunidade;

- Portugal está virado para os grandes espaços. Mais que uma inclinação, há uma verdadeira pulsão existencial que o impele a viver fora da Europa;

- Portugal não está condenado a desaparecer: há um grande potencial nos futurivéis, conquanto nos libertemos do Euro, que nos empobreceu;

- O Estado Social e as suas quimeras nórdicas levou o país à miséria, pelo que a ideia de Estado Social se deve adaptar aos recursos do país;

- A CPLP pode ser o pan in herbis de algo realmente grande e a ideia peregrina de juntar todos os países resultantes das fases imperiais de Portugal é, mais que uma nostalgia, uma ideia moderna e actualíssima na era da globalização;

- A Lusosfera não é um mito. Haverá dirigentes à altura para a alavancar ?"
Tudo AQUI, no Combustões, com um video de uma importante entrevista a não perder.

Cronologia da república - 2ªedição - 27 de Novembro

  • 1910


Protesto de caixeiros

  • 1911

Desalojamento de sacerdotes em Lisboa

  • 1925

Manifestações pela protecção das colónias





Fontes

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A dívida da república:


Há uma formula de nos livrarmos dela: os mercados que nos fiquem com a república como penhor.

Cronologia da república - 2ªedição - 26 de Novembro

  • 1911


Tumultos populares em Lisboa

18 mortos e 200 feridos num protesto radical

Tentativa de linchamento de Machado Santos

  • 1914

Conflitos entre a Carris e a Câmara Municipal do Porto

  • 1917

Greve dos operários do Município de Lisboa

  • 1919

A assembleia manda ocultar todos os processos de imprensa compreendendo os meses de Dezembro de 1917 e 1918





Fontes

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

República caloteira

Do Jornal de Notícias de hoje, acerca da greve: «Podemos parar um dia, mas não há folga para o défice e para a dívida pública da República portuguesa».
Pois não. Nem há dinheiro para a pagar. Só mesmo com a República a esmifrar Portugal e os portugueses.

União Ibérica

Onde já ouvi isto? Será que as Canárias têm um atmosfera hipnótica que leva ao Iberismo?

Nepal: restauração à vista

"A queda da monarquia foi, como todos sabem, um golpe minuciosamente preparado pela China, em estreita colaboração com diplomatas da União Europeia, com tamanha similitude com a crise dos "Camisas Vermelhas" na Tailândia que dir-se-ia ter sido o complot tailandês de Abril-Maio últimos a reedição do bem sucedido golpe de Estado no Nepal. O golpe plutocrático-comunista na Tailândia falhou, porque a monarquia está mais sólida e profundamente entranhada no ser e nos modos do povo. Mas tudo tem o seu tempo. Aos nepaleses, bastaram dois anos de república para poderem comparar. Nós somos mais masoquistas: assistimos ao longo de um século ao deslizamento da liberdade, do orgulho e do elementar direito a escolher, até chegarmos a este nadir humilhante de pelintrice esfarrapada. Os nepaleses são, pois, mais lestos. Que concluam o trabalho o mais rápido possivel, é tudo quanto desejamos."
Ler o texto todo, aqui, no Combustões

Essa é que é essa!

Passam hoje 165 anos sobre o nascimento de Eça de Queirós, para quem os republicanos se resumiam a "um grupo inquietante de pobretões descontentes" (A Capital). A visão certeira e arguta do escritor, intemporal. Parabéns, Eça!

Cronologia da república - 2ªedição - 25 de Novembro

  • 1910


Greve dos trabalhadores da companhia do gás e electricidade de Lisboa

Greve de ferroviários

  • 1911

O bispo da Guarda é proibido pelo governo de residir no seu distrito durante dois anos

Conflitos promovidos pela federação radical, devido à existência de curandeiras chinesas

  • 1917

É fechado o jornal “O povo de Abrantes”

  • 1918

É fechado o jornal açoriano “O Atlântico”

  • 1919

É preso um elemento implicado no atentado contra Afonso Costa

  • 1922

O governo aprova o regulamento da faculdade de enfermagem

  • 1924

É fechado o jornal “Jornal do Norte” de Braga

  • 1925

Extinção do ministério do trabalho

 
 
 
Fontes

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

As Greves e as Repúblicas.



Greves. Algo a que a Primeira República se habituou rapidamente, a Segunda reprimiu e a Terceira desvaloriza. Nada de novo em Portugal desde 1910.

Polémica na maçonaria, porquê??


Cronologia da república - 2ªedição - 24 de Novembro

  • 1910


Greve de ferroviárias

  • 1911

Manifestação da carbonária contra o governo

  • 1912

Greve dos trabalhadores de cortiça em Silves

  • 1915

Greve geral em Guimarães

  • 1917

Existência de sociedades criminosas

  • 1922

Desordens em Ponta Delgada, derivado às eleições municipais

  • 1923

Sobre o governo de Ginestal Machado, António Lino pensa que a desconfiança em relação aos políticos têm de acabar, para Portugal não entrar numa ditadura




Fontes

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Apit'ó comboio (das comissões do TGV) !

Estes senhores do Centenário, não contentes em reivindicar fardos e fardos de excentricidades para a comemoração de coisa alguma, resolveram agora dar luz verde-vermelha de arranca-pára dos caminhos de ferro, como improváveis encarrilados impulsionadores da República em Portugal.

Uma muito risível anedota, dado ser mais uma clara fraude cometida pelos habituais amigos do alheio. Quando se sabe que mais de 80% das linhas férreas nacionais foram planeadas e construídas pela "nefanda Monarchia", virem agora os comissionistas do projecto TGV fazer propaganda aos comboios, não deixa de ser uma ridícula pouca vergonha. Querem obra que dê para o conto, é tudo.

Sabemos qual o fito da mudança de agulhas. Falam do Caminho de Ferro que a Monarquia construiu, preparando outro tipo de carris que conduzem directamente a certo tipo de contabilidade, provavelmente off-shore em qualquer paraíso tropical ou à beira das Colunas de Hércules. A exposição sobre os caminhos de ferro, embalada com laçarotes verde-rubros, indicia o pestilencial assunto TGV, onde alguns arredondarão o pecúlio por outrem prometido e impacientemente aguardado. Daí a insistência.

Porque não se dedicam a brincar com uns Marklin dos velhos tempos em que eram crianças privilegiadas?

São desavergonhados e não merecem qualquer tipo de crédito.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Cronologia da república - 2ªedição - 22 de Novembro

  • 1912


O governo nomeia o júri do concurso para a construção do monumento ao marquês de Pombal em Lisboa

  • 1914

Protestos em Lisboa

Jaime Cortesão critica o governo

  • 1915

Greve dos estudantes de liceu

  • 1918

Greve de ferroviários

Actos de sabotagem

Fecho de associações operárias

  • 1921

É fechado o jornal “O trabalho” de Angra do Heroísmo

  • 1925

As eleições legislativas ocorrem com inúmeros protestos pelo país






Fontes

domingo, 21 de novembro de 2010

Cronologia da república - 2ªedição - 21 de Novembro

  • 1910


Distúrbios em Alter do Chão

  • 1920

É proibido um comício de trabalhadores da câmara municipal de Lisboa

  • 1922

Atentado bombista numa igreja em Lisboa

Abandono dos campos pelos camponeses de Aljustrel em solidariedade com grevistas presos





Fontes

sábado, 20 de novembro de 2010

"O Tempo e a Alma"

O provecto Dr. José Hermano Saraiva continua dando lições de isenção e imparcialidade no seu programa "O Tempo e a Alma". Infelizmente, a fazer parte da grelha da RTP2, não vá correr-se o risco de portugueses em demasia o acompanharem.
Sobre essas exposições oficiais que o Centenário - antes da crise o expulsar - prodigalizava, nuna autêntica girândola de mentiras, hoje mesmo o Prof. Saraiva pegou no tema e contou tudo direitinho. O Regicidio, como conditio sine qua non, as trapalhadas de 5 de Outubro, a loucura de Afonso Costa, a I Gerra Mundial, Sidónio, a anarquia, o 28 de Maio, Salazar... Tudo muito bem explicado, diferenciando as Repúblicas todas - a I, a II, a III - para acabar alertando para a gravíssima situação actual. Do possivel fim de Portugal.
Há, reamente, programas e vozes que são ainda um grande antídoto contra os venenos aspergidos pelo GOL e sus muchachos.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

As 2ªs "damas" na República das Igualdades


A Democracia


A "democracia" também faz ponte? Ou faz feriados?


Cronologia da república - 2ªedição - 19 de Novembro

  • 1910


O governo determina a definição de uma obra de arte

  • 1911

É fechado o jornal “Democracia do Norte” de Viana do Castelo

É fechado o jornal “O semanário” de Chaves

Greve de padeiros

Conflitos dos grevistas com a polícia

  • 1918

Numa greve de ferroviários há a ocorrência de sabotagem

  • 1920

Segundo o governo, os nativos das colónias Portuguesas só têm a cidadania se integrarem os usos Portugueses

  • 1921

O general Gomes da Costa prepara uma conspiração militar

  • 1922

É fechado o jornal “Liberal” da Covilhã

  • 1924

O governo é derrubado pela Assembleia

  • 1925

É fechado o jornal “O democrático” de Évora

Revolta em Angola






Fontes

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Palavras para quê?

Nesta capa do próximo número da The Economist a bandeira da República Portuguesa é pequena e esfarrapada. Eu até chego a ter pena, não do país, nem dos portugueses, mas dos políticos e da sua ética republica... e acho que não vale a pena bater mais no ceguinho. Tudo é tão mau que qualquer propaganda não chega para limpar a obra deste regime centenário. Ela aí está, numa jangada de náufragos. Não tarda que a bandeira verde e rubra se substitua por uma branca. De rendição.

Repúblicas (republicanos) "informais"

"... A troca de presentes entre Cavaco Silva e Barack Obama não será feita presencialmente entre os dois presidentes, durante o seu encontro no Palácio de Belém, ao final da manhã de sexta-feira, mas serão entregues por via protocolar."

Intimidade e cordialidade para quê? São duas Repúblicas, concerteza.

Cronologia da república - 2ªedição - 18 de Novembro

  • 1915


O governo proíbe a exportação de enxofre

  • 1917

Atentado bombista no Porto

  • 1918

Greve geral promovida pela União operária Nacional

O exército, a mando do governo, ocupa as estações dos caminhos de ferros, para, evitar uma greve de ferroviários

Camponeses fazem greve em Évora e os seus líderes são deportados para África

Os efeitos da greve de Évora fazem-se sentir no Algarve e em Setúbal

Manifestação de operários gráficos

Manifestação de marceneiros

Prisão de sindicalistas

  • 1919

O governo revoga o decreto que mobilizou membros da GNR para patrulhas no país

O governo declara livre o comércio da batata, arroz e feijão

  • 1920

Tentativa de derrube da República em Lisboa

 
 
 
 
Fontes

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

“O dois em um”

Este amigável com a Espanha é a melhor promoção alguma vez feita ao conhecido ‘dois em um’, champô e amaciador ao mesmo tempo! Marca ‘centenário’, produto da união ibérica, o modo de usar é simples: - organiza-se um campeonato de futebol a meias com o vizinho, e para parecer que é mesmo a meias, fricciona-se o champô no cérebro dos portugueses de forma enérgica e convincente! Enxagua-se de seguida, mas antes que o cérebro recupere aplica-se o amaciador, à base de vaselina e outras essências, para enfim percebermos porque é que a maioria dos jogos importantes se joga em Espanha ficando o refugo para Portugal. Em cabeças espessas ou mesmo carecas pode ser necessária uma segunda lavagem para se apurarem todas as vantagens do produto. Até porque joga a nosso favor a realização de uma meia-final! É aqui que entra o TGV! Os portugueses ainda não sabem, é um dos segredos da organização, mas a meia-final prometida será literalmente uma meia final, ou seja, a primeira parte joga-se em Lisboa, ao intervalo as equipas e demais comitiva metem-se no TGV (Poceirão) e acabam o jogo em Madrid. Mas atenção não vai ser sempre assim, no futuro só temos direito a um quarto de hora.

Cronologia da república - 2ªedição - 17 de Novembro

  • 1910


Sindicalistas são presos

Sai um artigo num jornal a pedir o fim das greves



  • 1914

É proibida uma revista satírica do exército português

O governo convoca a assembleia da república

  • 1917

Os liceus nacionais são encerrados pelo governo devido a greve estudantil

  • 1920

O governo aumenta o crédito para despesas com a manutenção da ordem pública

Greve de marítimos

  • 1922

São despedidos pessoal da função pública

Em entrevista, Leote Rego alerta para a ambição da África do Sul em relação a Moçambique

 
 
 
 
Fontes

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Lá se fazem, cá se pagam

Suspeito de uma senhora pró-pró-igualitária que já deve estar a roer as unhas para ser convidada e ir mostrar umas toilettes novas...! Isto se...

Qual é a coisa, qual é ela...


... tem rodados mas nunca andou nos carris, diz-se igual mas anda desigual no tratamento dos seus e tem muitos problemas de tracção, em vez de andar para a frente... anda para trás.

Momentos de glória: a 1ª República e o PREC!

O Sr. Daniel Oliveira, um persistente excitado mental de fim de semana, decidiu afirmar que os portugueses tiveram o seu momento de afirmação na 1ª República e no PREC de 1975. Foi este o peixe que no passado sábado, a rede conseguiu trazer para os porões do arrastão Expresso.

É pouco, mas um bom exemplo daquilo que certa gente nos quer fazer engolir.

Cronologia da república - 2ªedição - 16 de Novembro

  • 1910


Protestos no Rossio contra as greves

Greve nos eléctricos

Protestos de 4000 sapateiros e pedreiros

Greve de ferroviários

  • 1915

Nomeação de um biógrafo sobre o Marquês de Pombal

  • 1917

É fechado o jornal “O povo do Algarve” de Tavira

  • 1918

Atentados bombistas em Lisboa





Fontes

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

E o Centenário? Já acabou?

Onde está a República? Escondeu-se da gente? Dissolveu-se como uma sociedade comercial? Sem dizer nada? Porquê?
E as grandiosas comemorações do Centenário? A massa que lhe foi destinada?
Andamos para aqui já sem assunto, sem essas caricatas calinadas que logo denunciávamos... Não, não me parece uma conduta correcta. Encerraram os festejos ou realizam-nos à porta fechada. Porquê?
Será que afinal a República sempre está em crise e eles não dizem nada? Será que os dez milhões já se foram todos, no mesmo fogacho em que eles deram cabo das finanças de Portugal?
Estamos para aqui na mais inquietante ignorância e não há que nos elucide. Isso não é ético. O Sr. António Reis e o seu olimpico GOL deviam tomar conhecimento. Sou da opinião que lhe dirijamos um protesto, um abaixo-assinado.

15 de Novembro

D. Manuel II, 1889-1932

domingo, 14 de novembro de 2010

Mais um realíssimo despropósito


Posando com a selecção vitoriosa o Rei da monarquia espanhola
segura a taça de campeões do Mundo.

Porque eles não sabem mais o que fazer para ludibriar a arraia, em jeito de anedota ou por pura caturrice foi agendado no âmbito comemorações do centenário da República um jogo particular Portugal vs Espanha no próximo dia 17 no Estádio da Luz. De resto a iniciativa afigura-se-me bastante arriscada, pois é fácil prever que a equipa da Real Federação Espanhola de Futebol, aliás campeã do mundo em título, prepara-se para nos dar mais uma lição futebol Imperial.

sábado, 13 de novembro de 2010

Cronologia da república - 2ªedição - 13 de Novembro

  • 1911


Afonso Costa “Não quiseram governar comigo, não puderam governar sem mim”

  • 1919

O governo autoriza a importação de açúcar cristalizado, proibindo a produção nacional desse produto

É fechado o jornal “A evolução” de Vila Real

  • 1920

Roubo no convento de Lorvão

  • 1922

É fechado o jornal “A Palavra” de Lisboa

 
 
 
 
Fontes

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Há 19 anos


Timor - vamos ajudar? Esse o repto lançado por El-Rei D. Duarte III, em 1987, a todos os portugueses de consciência, a quem não poderia ser indiferente o drama dos então ainda nacionais do outro extremo do planeta.
Muitos, muitissimos, de nós, vulgares cidadãos, respondemos, e fez-se o que se pode para conseguir condições de melhoria de vida para os timorenses.
O Estado republicano ignorou a questão. Fez ouvidos de mercador. Como já antes assobiara para o lado, ao ouvir os ecos do assassinato do Ten.-Coronel Maggiolo Gouveia e dos seus subordinados e, de um modo geral, todos as notícias da guerra civil que chegavam à capital.
Até que as televisões estrangeiras o trairam - ao Estado republicano - miserávelmente. Através das suas imagens, cruas e reais, o Pais tomou conhecimento do massacre do cemitério de Santa Cruz, em que as tropas indonésias mataram e feriram centenas de estudantes de Timor.
Faz hoje 19 anos!
Foi uma aflição. E agora que o Estado não podeia continuar ignorando o que todo o povo já sabia? Bradaram os tribunos republicanos, organizou-se um ridículo navio que chegou até perto de Timor para fugir, de rabo entre as pernas, à primeira intimação dos indonésios. Recorreu-se às instâncias internacionais, foi um alarido, a indignação geral, - a farsa generalíssima, afinal, só para deitar um pouco de areia aos olhos dos portugueses. Como se tudo não pudesse ter sido evitado antes!
E assim se invoca um dos mais gloriosos momentos da República - esse em que a Indonésia invadiu território português disparando indiscriminada e fatalmente contra portugueses. Sem reacção dos governantes republicanos.

Portugal de ontem e de hoje

Notícia tirada daqui

* Nota: o problema é que esse tipo de brothers está hoje em todo lado e ocupa os primeiros degraus da pirâmide do poder. Degraus a contar de cima para baixo, claro.


Acerca do lúcido post "Vergonhosa " Barraca" na Camioneta Fantasma"


Muito bem diz o Nuno Castelo Branco. Chega a ser revoltante tanta e premeditada cegueira. Muita gente que se diz rever nos "valores" da república – e uma maioria da que se diz de "esquerda" – vive e alimenta-se de slogans e frases mastigadas sobre a "liberdade". Até quando vão defecar muitos gajos acham que essa "liberdade" se deve a uma revolução dos intestinos. No fundo sofrem de diarreia cerebral.

A coerência e a visão

Numa coisa tenho de concordar, há homens de coerência e visão; qual D. João II, um autarca de Paredes pretendeu (ou concretizou) erguer o maior mastro do mundo e lá no alto esvoaçar a maior bandeira do mundo. Eis-la, a ideia, no seu todo plena de sentido. Lá no alto, em todo o seu pano, a bandeira da pobreza, do desemprego, da desigualdade social da República, da frustração, um dos maiores índices de risco para empréstimo bancário do mundo. Mesmo que a crise não tenha permitido erguer o "tal" mastro a ideia fica pela oportunidade. Desde já, deve o povo agradecer o privilégio de tal visão, de coerência, do Centenário da República. Estão a vê-la? Sim. Olhai, lá no alto, essa bandeira-espelho – pena que já esfarrapada pelos ventos desta cíclica tempestade centenária que nos depaupera.

Vergonhosa " Barraca" na Camioneta Fantasma

Há dois anos e meio, aqui deixámos um post alusivo à Camioneta Fantasma. Não pretendendo reeditá-lo por razões óbvias - dois anos passaram e o texto é perigosamente actual -, torna-se contudo imperiosa a constante atenção, por tudo aquilo que se vai fazendo em ano de Centenário. A propaganda não esmorece, é bem paga através de subsídios e de promessas de pecúlios relativamente garantidos a quem sujeita a honorabilidade da sua profissão, aos desmandos de quem pode e manda. Poderá ser o caso de uma peça de teatro que está em cena em Lisboa? Como tema,A Camioneta Fantasma - ou A Noite Sangrenta -, torna-se sempre num aliciante, porque além de controverso pelo próprio acontecimento de há oito décadas, ainda provoca estupefacção pela violência de que se revestiu. Num país então submetido a correrias, cenas de pancadaria e ribeiros de sangue que jorravam pelas ruas em direcção à grande sarjeta colectiva em que Portugal se tornara, a Camioneta Fantasma consistiu num dos muitos episódios que ingloriamente distinguiram a 1ª República. Eram comuns os ajustes de contas entre grupos furiosamente inimigos e granizavam insultos, calúnias e as consequentes ameaças à integridade física dos visados. Fosse no Mercado da Praça da Figueira ou no areópago de S. Bento, eram escassas as variações sobre o mesmo tema. O país habituara-se à insegurança como sistema.

Após o Regicídio do 1º de Fevereiro de 1908, caíram todas as barreiras que estabeleciam aquela imaginária, mas muito real fronteira até então existente entre a luta política e o puro e simples livre arbítrio. As deploráveis cenas de generalizadas sovas e sevícias praticadas contra clérigos e civis conotados com o regime deposto, as intermináveis levas de presos políticos, a tortura exercida nas prisões do Estado, as quadrilhas de bandoleiros que coagiam cidades e campos, horrorizaram a Europa onde o novo verbo portugaliser, ganhou declarado relevo em qualquer conversa que tivesse como ponto de interesse a desordem, violência ou ilegalidade. De facto, tornou-se normal a fuzilaria e o bombismo entre rivais, fossem eles elementos civis ou unidades das forças armadas do Estado. A Polícia e a Guarda combatiam o exército, alternando com a Marinha e os "voluntários civis" - as milícias partidárias -, as preferências na escolha de amigos ou aliados de ocasião. O Palácio de S. Bento era um centro de irradiação de sedições de diversos matizes, excitando ânimos e fazendo trovejar acusações gravíssimas e bastas vezes infundadas, onde a falta de decoro e o desbragamento de falas e argumentos, minaram irreversivelmente, qualquer resquício de respeito que ainda alguns poderiam acalentar perante aquilo que normalmente se designa por Poder. Espancava-se e matava-se, como parte dos jogos onde a oposição política e inimizades pessoais se amalgamavam numa dificilmente identificável confusão, conduzindo a violências inauditas e irreparáveis.

Os "Democráticos" de Afonso Costa, não podiam condescender com aqueles que durante o breve consulado presidencialista de Sidónio, os haviam alijado do apetecível exercício do poder. O clientelismo que se tornara infrene e conquistara todo o tipo de posições que permitiam o controlo da máquina do Estado, ao mesmo tempo que atemorizava a sociedade civil até à submissão, provocou um profundo sentimento de frustração entre um vasto espectro da sociedade portuguesa. O exclusivismo e o falsear descarado daquilo que se considerava ser a vontade popular expressa por magérrimos cadernos eleitorais, tiveram como companhia a ruína económica com o consequente desemprego, a fuga para o estrangeiro, a fome e a tristemente célebre crise das subsistências, além das desoladoras notícias dos desastres que se sucediam nas frentes de combate na Flandres, em Angola e em Moçambique. De facto, a "enxerga de percevejos" de que Guerra Junqueiro se queixava, era o resultado de mais de três décadas de feroz delapidar daquele património de civilidade que pior ou melhor, o sistema constitucional do Rotativismo tinha conseguido instituir em Portugal. Os republicanos foram modernos propagandistas, naquele sentido que atingiria o seu clímax na década de 30 e que hoje, talvez poderia ter quase como inocentes correspondentes, um certo jornalismo de escândalos que alimenta os tablóides, onde um simples título é por si, uma lápide que condena qualquer reputação à maldição eterna. Há oitenta anos, a situação era infinitamente mais grave e nociva, não tendo correspondência com qualquer uma daquelas cenas que os portugueses já presenciaram desde 1976. É difícil conceber uma realidade jamais experimentada, nem mesmo tendo paralelo o já distante PREC. A 1ª República foi pior, infinitamente pior.

O assassinato de Sidónio - às mãos de um radical e alucinado "libertador" republicano -, reavivou a memória da tarde do 1º de Fevereiro e pode ter desencadeado o imparável processo de ajuste de contas que apenas podia chegar ao fim, com o desaparecimento físico dos odiados rivais. Sidónio contara com a colaboração dos monárquicos, desejosos de poderem participar na política que há quase uma década lhes era vedada. As cartas e diários dos principais vultos republicanos - como Relvas e Chagas, por exemplo -, são um excelente e perturbante exemplo do profundo trabalho de charrua que ia revolvendo ódios velhos, simultaneamente lançando as sementes da colheita final de vidas que chegariam ao epílogo, num futuro não muito longínquo. Atraso mental, desonestidade, inépcia e banditismo, eram alguns dos epítetos que surgem página após página, demonstrando a inconsistência de um regime que não concitava o respeito de que desesperadamente necessitava. Tal como Junqueiro foi um dos mais evidentes responsáveis morais pelo assassinato do Rei e do Príncipe Real, outros correligionários do PRP acirraram rancores e engendraram discórdias que apenas poderiam levar à queda do sistema instaurado em 5 de Outubro de 1910.

Machado Santos detestava profundamente o sistema que Afonso Costa despoticamente instituíra, onde a inépcia, escandalosamente caminhava a par da violenta prepotência sobre todos aqueles que não faziam parte do esquema de dependências entretanto consagrado. Após a morte de Sidónio e da proclamação da Monarquia do Norte, regressou o costismo em toda a sua força e mais disposto que nunca, à liquidação dos adversários que ainda poderiam oferecer alguma resistência ao seu projecto de monopólio do poder. Para mais e em pleno processo de consolidação da revolução soviética, surgiram novos procedimentos organizativos e de acção, pelo que não eram de surpreender ocorrências de cariz subversivo que denunciavam a inelutável dissolução do Estado como autoridade universalmente aceite. O terror extremo desanima os adversários e galvaniza os executantes, eis o princípio básico e imutável do livro de instruções da subversão. Há ainda que reconhecer que em caso de sucesso, garante-lhes uma legitimidade susceptível de se prolongar indefinidamente.

Esta Camioneta Fantasma - ou Noite Sangrenta -, pode ser incluída na série de ocorrências que tal como a chamada Leva da Morte e o Regicídio, jamais foram perfeitamente clarificadas à luz do exercício da justiça. Na verdade, uma das principais preocupações do PRP, consistiu em abafar o processo que correndo nos tribunais, procurava deslindar cumplicidades e comprometimentos de uma vasta rede de conspiradores que derrubara a Monarquia nos fatídicos minutos da tarde do 1º de Fevereiro de 1908. O volumoso Processo do Regicídio desapareceu sem deixar rasto e embora os dias posteriores ao crime denunciassem a clara implicação dos centros de decisão republicanos - disso se gabava abertamente a sua propaganda -, jamais houve uma verdadeira vontade em apurar a verdade dos factos. O mesmo aconteceria uma década depois, quando após a liquidação de Machado Santos, Maia, Granjo e outros, se tornou impossível trazer a verdade à barra do tribunal. O medo era imenso, generalizado e as forças ocultas - hoje encaradas como aspectos exóticos de um passado distante -, eram poderosas e omnipresentes, obrigando ao silêncio e à resignação.

O teatro A Barraca, decidiu levar à cana uma peça que reaviva toda a caduca catilinária despejada então pelos evidentes responsáveis que haviam beneficiado com o crime. Durante o sidonismo, os caídos na Noite Sangrenta, tinham sido tácitos aliados dos monárquicos e eram em definitivo, ferrenhos inimigos declarados daquilo a que já se chamava de Nova República Velha, ou seja, o predomínio dos "Democráticos" de Costa. É certo que esta peça teatral parece feita de encomenda, talvez fruto de mais uma acção benemérita da Comissão que tem aposto o seu logo a torto e a direito, mostrando trabalho*. No entanto, a desonestidade intelectual de tão evidente e grosseira, apenas poderá ser desculpada pela ignorância de quem se atreve a tanto.

Ignorância ou cupidez?, eis a questão.

Apenas como indicação da total inconsistência do argumento, aqui deixamos um pequeno excerto da apresentação do texto parido algures numa Barraca subsidiada não se sabe bem por quem:

«A História e o futuro vivem de saber ler o passado. Não será despiciendo saber toda a verdade sobre os crimes que se abateram sobre os dirigentes do 5 de Outubro, onze anos depois de terem conquistado a liberdade para o povo português.»

"Conquistado a liberdade para o povo português". Inacreditável? Não, esta é a "estória" que os milhões catados aos contribuintes paga, para ser propagandeada para escândalo de alguns e desinteresse da imensa maioria. Antes assim.

*Ainda ontem, quinta-feira, vimos o pepsodêntico sorriso do sr. Artur(inho) Santos Silva na vernissage de António Barreto. Entre um croquete e um vinho do Porto, fez-se notar.


Cronologia da república - 2ªedição - 12 de Novembro

  • 1910


Conflitos entre Republicanos

  • 1911

É fechado o jornal “Beira Baixa” de Castelo-Branco

O ministério de João Chagas é exonerado

Governo nº2 da república, presidido por Augusto de Vasconcelos (216 dias), com 3 membros do partido democrático, 3 apoiantes de Brito Camacho e 1 apoiante de António José de Almeida

  • 1916

É fechado o jornal “O Liberal” do Funchal

É fechado o jornal “O concelho de Viseu”

  • 1922

É fechado o jornal “A voz do Povo” de Lisboa

  • 1923

É fechado o jornal “O trabalho” de Coimbra

 
 
 
 
Fontes

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A Batalha dos Juros

A República Portuguesa, todos o sabem, continua em guerra contra a União Europeia. As baixas que tem sofrido são gloriosos feitos de armas contra o invasor. A todo o tempo se esperam reforços oriundos de Macau (antiga China). Enquanto tal, as nossas imortais tropas avançam corajosamente contra as hordas imensas dos Juros.
Neste pormenor, mais um esquadrão de Cavalaria, armado até aos dentes.
Até à vitória final, povo nosso !!!
(P.S. Os festejos do centenário prosseguem daqui a 100 anos...)-

Mais uma República aniversariante


... e de parabéns estão todos...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Telegrama

Chegou hoje um telegrama
FMI a caminho
A dívida é soberana
Ai chora, chora, baixinho!
.
São contas do centenário
São juros do carbonário
A república falida
E Portugal foi à vida!
.
Acabaram-se os segredos
Companheiro, põe-te a pau
Vão-se os anéis e os dedos
Vai Sines depois de Macau!
.
Para salvar o que resta
Se há um pingo de vergonha
Pátria, outrora risonha,
Ergue-te, luta, protesta!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

7,02 por cento

É quanto custa hoje a dívida ré-pública no mercado europeu. Parece que não adiantou a negociata com os chineses. Meses antes, 7 por cento, diziam os réus-público , seria a taxa-limite.
Agora jão não é?
Qual será?
Não há tecto. Só poderá haver a nossa revolta, o "irra!" monumental dos portugueses. Esta carraça não despega de outro modo.

Abuso no Museu Nacional de Arte Antiga


Estão desesperados. Agora, até as obras de arte produzidas na época dos Descobrimentos, são anexadas à comemoração da República de ópera bufa. Inaudito, para não dizermos mais. É este, o convite oficial que aqui apresentamos. Diz tudo acerca da gente que está à frente deste país e é sem dúvida, uma violência imposta à direcção do Museu Nacional de Arte Antiga, além de uma falta de respeito pelos visitantes.

"EXPOSIÇÃO

Primitivos Portugueses (1450-1550) O século de Nuno Gonçalves

Museu Nacional de Arte Antiga


11 de Novembro 2010 a 27 de Fevereiro 2011

18 de Novembro 2010 a 27 de Fevereiro 2011

Exposição com o apoio da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República


Resumo
Reunindo e colocando em confronto mais de 160 pinturas dos séculos XV e XVI, reconstituindo alguns dos mais belos retábulos portugueses desse período, esta exposição ensaia um panorama crítico, actualizado e de grande dimensão, acerca dos chamados Primitivos Portugueses e visa demonstrar como o estudo técnico e material desse património contribui decisivamente para renovar e aprofundar o seu conhecimento. Assinalando o centenário da primeira apresentação ao público, em 1910, dos Painéis de S. Vicente, que desde então passaram a constituir, nacional e internacionalmente, a obra “fundadora” e mais célebre da arte da pintura em Portugal, a exposição procura também documentar e questionar as noções de “originalidade artística” e de “identidade nacional” tradicionalmente associadas ao brilhante ciclo criativo dos Primitivos Portugueses, iniciado por Nuno Gonçalves e depois prosseguido e consolidado pelos nossos pintores da primeira metade do século XVI.

Contando com a colaboração de muitas colecções públicas e privadas, a selecção de peças privilegiou quer os painéis retabulares mais importantes, quer as pinturas menos conhecidas, algumas oportunamente restauradas para esta ocasião. Do estrangeiro, comparecem importantes obras de museus de Itália, França, Bélgica e Polónia.

A estrutura da exposição tem uma dominante de ordenação cronológica mas combina essa sequência de base com um agrupamento das obras em função dos confrontos comparativos (estilísticos, iconográficos, etc.) que importa suscitar.

O percurso integra uma vasta quantidade de materiais gráficos, incluindo uma zona exclusivamente dedicada ao conhecimento, exposição e polémicas relacionadas com os Primitivos Portugueses desde 1910. Inclui também uma vasta documentação laboratorial associada à investigação do processo criativo das pinturas mais relevantes.

O núcleo expositivo no Museu de Évora é especialmente dedicado aos pintores luso-flamengos e às oficinas activas na cidade nas primeiras décadas do século XVI.

Comissário: José Alberto Seabra Carvalho"


Cronologia da república - 2ªedição - 9 de Novembro

  • 1918


É fechado o jornal “O proletário” de Estremoz




Fontes

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Os amigos da nossa República


Estão a ver os nossos Marocas todos a berrar pela defesa dos Direitos Humanos? Claro que estão, andamos nisso há décadas. Mas agora é diferente, os Marocas não gostam de vestir a tanga vindo aí os frios do inverno. Vai daí... Olá China, República Popular!
E vai de hastear bandeiras condizentes. Popularuchas. Parece que trazem dinheiro para que o povo abafe a sua revolta contra as mordomias dos grandes. Dos senhores ético-republicanos, comemorantes dos 100 anos da velhota.
É assim. E já foi tão mau: aquando da I GG, ou da parvoíce colonial. Portugueses, abram os olhos. Ou não se queixem.
P.S. Parece que Sócrates impôs à China, nesta visita de Hu Juntao a abolição da pena de morte. ele, subjugadamente, aceitou...

Cronologia da república - 2ªedição - 8 de Novembro

  • 1924


José Rodrigues Migueis reconhece que as eleições na província são falseadas

  • 1925

Na eleição nº5 para o congresso da república, Salazar candidata-se por Arganil como activista do CCP

Segundo Raul Proença o problema da República é o esmagamento dos pequenos partidos




Fontes

domingo, 7 de novembro de 2010

Os românticos do punho erguido


O amigo (presidente) chinês ("amigo" do povo dele e dos nossos problemas) está em Portugal a comprar a nossa incompetência. Tinta e seis anos depois da data mais sagrada para os românticos do punho erguido contra a ditadura da II república, o chefe supremo da ditadura visita Portugal com palavras de cooperação económica. A política, essa, a moral, deve ser deixada de lado; os direitos humanos, esses, são relativos; o que importa é dinheiro muito dinheiro. Trinta e seis anos depois da data mais sagrada para os românticos do punho erguido a ditosa "revolução" não vale mais do que uma pobreza assustadora e a ausência de esperança. O amigo chinês sabe bem a nossa história, tal como os demais chineses gosta muito de roletas e casinos. Um grande casino tem sido este (outrora) país nas mãos dos vendilhões da I república, da II e da III de "Abril". Pobres românticos manetas.

Cronologia da república - 2ªedição - 7 de Novembro

  • 1918


As disciplinas que devem vigorar nos vários cursos das Faculdades de Letras de Coimbra e Lisboa, são determinadas pelo governo

  • 1922

Distúrbios e agitação social em Lisboa com mortos e feridos

  • 1924

A polícia acaba com as comemorações do 7º aniversário da revolução russa

  • 1925

O tribunal militar absolve os implicados no 18 de Abril

António Sérgio é apologista de “uma ditadura de reforma”

O impulso messiânico da república acabara





Fontes

sábado, 6 de novembro de 2010

Nem Cavaco, nem outro qualquer

Engana-se, Dr. Rui Ramos: Portugal não precisa de Cavaco Silva, pois já o conhece há trinta anos. Aliás, não precisa de nenhum presidente. Basta!

Repúblicas amigas


O presidente da República Popular da China visita a República Portuguesa. Tão amigas, dizem, que são. De facto há uma história em comum. Foram repúblicas implantadas com regicídio, genocídio, tortura, opressão, terrorismo, ditadura e lavagem cerebral. A nossa é uma "democracia", dizem! A Chinesa está a "abrir-se" ao mundo. Vêm comprar os nossos portos marítimos, bancos, dívidas, por isso o nosso presidente da república e governo devem "abrir" os braços a estes nossos amigos, principalmente, a estes amigos tão amigos do seu povo, que eles são.

Estudar a história de Portugal

O presidente desta república incitou os jovens a estudar a história de Portugal naquela que foi a única frase coerente que lhe ouvi em ano de centenário. Obrigado sr. presidente. É esse o papel primordial deste blogue. Que a história não seja esquecida, manipulada, adulterada pelas conveniências. Que os Portugueses saibam o que foi o terrorismo político que assolou este país e cujos tiques e tentáculos permanecem tão evidentes.

Cronologia da república - 2ªedição - 6 de Novembro

  • 1911


Instabilidade em Angola

António José de Almeida é insultado e espancado em Lisboa e no Porto

  • 1918

Proclamação dos “núcleos de oficiais” assinada pelo General Jaime Leitão de Castro

  • 1919

Novo atentado contra o industrial Alfredo da Silva

  • 1920

A assembleia contrai um empréstimo para despesas com a manutenção da ordem pública

  • 1921

O governo dissolve a assembleia da República

  • 1924

O governo nacionaliza a agência financial do Rio de Janeiro

  • 1925

É fechado o jornal “O Democrata” de Coimbra

É fechado o jornal “A defesa” de Coimbra





Fontes

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Cronologia da república - 2ªedição - 5 de Novembro

  • 1910


Continuação da lógica do caciquismo local e dos aparelhos partidários, como consequencia da predominância do regional sob o nacional, como se estivessemos numa nova forma de feudalismo.

  • 1913

É fechado o jornal “O porto da horta”

  • 1919

Bernardino Machado é reintegrado como professor na faculdade de ciências de Coimbra

  • 1921

Governo nº29 da república, presidido por Carlos Maia Pinto. (41 dias)

Gabinete que mobiliza participantes da noite sangrenta, como dissidentes do partido democrático. Manuel Maria Coelho demitiu-se para evitar uma intervenção estrangeira pois havia o medo europeu de dar-se uma revolução bolchevista em Portugal




Fontes

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

«Comemorar "esta" República?»

É este, exactamente, o título de uma carta do leitor Américo Marcelino, de Lisboa, publicada hoje no JN. Transcrevo apenas o seu início:
«Se eu tivesse de optar entre o regime monárquico e o regime republicano, racionalmente escolheria a república. Confesso, porém, que uma vez instalado qualquer destes regimes, salvaguardadas as regras da democracia, não mexeria uma palha para provocar a sua substiuição e, muito menos, seria cúmplice da série de crimes e violentações em que importou a instalação da República».
E, já agora, a sua finalização: «Comemorar "esta" República? para além de isso significar um atestado de menoridade a monarquias progressistas como a inglesa ou sueca... algum pudor deveria levar a esquecer discretamente algumas das páginas negras da nossa História...».
Façam V. Ex.cias o favor de ler o texto na íntegra. É muito salutar. E encorajador - porque assim vamos conhecendo portugueses - cada vez mais portugueses - sabendo apreciar pela sua própria cabeça.

Coisas do progresso

Três cores que tudo dizem: Etiópia, Bolívia, Congo, Camarões, Guiné-Conacri, Guiana, Gana, Burkina Faso, Togo, Benim, Senegal, Mali, "República Portuguesa" e... CAVACO SILVA. Todo um progama.


Brincadeiras no convento: post ao Papa, Cardeal-Patriarca e Bispos portugueses

O governo concedeu alguns benefícios fiscais à Igreja que pelo que parece, não está assim tão afastada do Estado como os comemoracionistas querem fazer crer. O mais certo, é ter existido algum acordo tácito ou táctico entre as duas instituições, num toma lá-dá cá que não pode ter deixado de ser apercebido por alguns. Há um ano, em voz fininha e melosa, o bispo do Porto tecia loas ao 31 de Janeiro. Já em 2010 e assim que chegou a Portugal, o Papa passou uma esponja de água benta sobre todas as violências e ilegalidades cometidas pela República Portuguesa, quase celebrando um Te Deum aos acontecimentos do 5 de Outubro de há cem anos. O pobre homem não deve andar bem informado, porque se conhecesse o que está em causa, recusar-se-ia a participar num certo petit-commerce de indulgências que se faz à descarada. De facto, o Papa, o Cardeal-Patriarca e os Bispos, deviam mostrar algum respeito por aqueles religiosos que em Portugal se sacrificaram no exercício das suas funções.
Os programas televisivos e as conferências multiplicam-se, pretendendo deixar uma luminosa aguarela das maravilhas do relacionamento entre a Igreja e a 1ª República, num estranho re-arranjo polifónico da História, decerto sob a batuta dos chefes de orquestra Rosas & Rollo. Pretendendo contribuir para este clima de Saúde e Fraternidade, passaremos a divulgar alguma investigação no M.N.E., aqui deixando uma modestíssima contribuição especialmente dedicada à Conferência Episcopal Portuguesa, assim como a Sua Santidade o Papa:

"Sir, - I read with feelings of disgust in Saturday's "North Mail", an interview which one of your foreign correspondents had with an English resident in Portugal on the past and the future affairs of Portugal. He gives a glaring misrepresentation of the real facts os the situation at the time of the revolution. He states that there were no attacks on the convents and monasteries.
On wednesday, October 5th, about 5 o'clock, the massacre of the inmates of the monasteries began. The Lazarist College of Arroios, at Lisbon, was singled out as one of the special objects on which the scum of Lisbon, encouraged and aided by the military "heroes", wrecked their vengeance. The drunken mob burst into the college, after having broken the doors and windows. They first meet in the corridor the Rev. Pere Barros-Gomes, aged 72. They rushed upon him, and one of the mob stabbed him with a poignard, and, not content with this brutality, they beat the aged priest with the butt end of their muskets on the head and chest until death ensured. They then continued their bloody drama by riddling the body of Father Fragues with bullets while he was imploring of them in Portuguese: "For the love of God, do not kill anybody". After this double assassination the band of ruffians dispersed through every part of the college, ransacking, plundering, and smashing everything they could lay their hands on.
The jesuits suffered a greater amount of persecution. Twenty-three of them were incarcerated in a space that could hardly give decent accomodation to three, while now the despots are pursuing the Jesuit beyond the ocean with their animosity. So "politely" were the Good Sisters treated, that one of them, an English lady, had lost her reason.
It was against Christianity that the revolution was directed, planned and executed. By driving the priests out of the country, by eliminating the name of God from the schools, and persecuting religion generally, they consider this the most efficient way to bring into existence as Godless and atheistic. people. This is made manifest by the fact that every member of the dictatorship is a Freemason, and by their subsequent iniquitous laws agains the Church.
- Yours, etc...

An Irish Liberal,
Prudhoe-on-Tyne, Dec. 31, 1910"

Despacho enviado em 7-1-1911 a Bernardino Machado, ministro dos Negócios Estrangeiros, por Jerónimo da Câmara Manoel, 1º secretário* da Legação de Portugal em Londres
Maço I, Série A, nº13, Arquivo do M.N.E., Lisboa

*Adesivo

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A evolução republicana


A República calou-se. Qual um pato bufo. Descomemorou-se. Vai à deriva, tão mais à deriva quanto gastou uns milhões de euros afirmando que sabia para onde ia. Burla sem imaginação, a da República, cobradora - colectora - de impostos. Esbanjou e agora esmifra. Com o à-vontade de uma aventureira qualquer.
É o fim. O dela, claro. Os portugueses, percebem-se capazes de levantar a cara. E de, finalmente, cobrar os cobradores. O conto do vigário tem os dias contados. Já somos só nós...
Avisa a Polícia: atenção ao golpe do esticão. Mudo, bufo, mas eficaz.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Esperava-se mais de um jurista


No último Boletim da Ordem dos Advogados recebido, uma crónica bradava, eufórica, que em 5 de Outubro de 1910 teriam acabado os subditos e começado os cidadãos...
Porque nesta fase do campeonato, já toda a gente, menos os escassos republicanos, percebeu o logro da República (vd., por exemplo, a sondagem a decorrer no AVENTAR), limito-me a deixar aqui, a propósito, um excerto do discurso de D. Pedro V, na cerimónia da sua coroação. Ei-lo:
«Farei manter, quanto em mim caiba, os direitos, as garantias e a liberdade dos cidadãos portugueses. Empenhar-me-ei, dentro da esfera das prerrogativas reais em promover por todos os meios a pública prosperidade».
Estavamos em 1855. Mas já então a terminologia utilizada traduzia a modenidade dos conceitos que a demagogia de agora quer ocultar.

Continua, soma e segue

Como vai votar nas Presidenciais?

  • Cavaco Silva (3%, 88 Votes)
  • Manuel Alegre (1%, 41 Votes)
  • Fernando Nobre (7%, 198 Votes)
  • Duarte Pio (40%, 1.174 Votes)
  • Francisco Lopes (1%, 16 Votes)
  • Defensor Moura (0%, 3 Votes)
  • Candidato Vieira (4%, 131 Votes)
  • António Pedro Ribeiro (0%, 9 Votes)
  • Não voto (42%, 1.223 Votes)
  • Em branco (2%, 48 Votes)
  • José Pinto-Coelho (0%, 9 Votes)

Total Votantes: 2.940