quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Engorda


O tempo passa e os cidadãos nem reparam no peso deste regime. Não estamos a falar de gramas. Estamos a falar de toneladas. A República passou a ser o Estado. O Estado passou a imiscuir-se na política legislativa. A independência entre o Estado e a política, ou um Estado independente, apolítico, não existe em República. O Estado passou a ser um assunto "privado" ou arrendado de 5 em 5 anos. A República está a engordar e a arrotar caprichos vai para 100 anos. E pesa, descaradamente. Até quando os cidadãos vão querer alimentar este regime?


** Adenda, para os mais sensíveis: esta foto montagem procura ir ao encontro da alegórica-República, a mesma que passou a personificar o regime da mama e que foi mandada colocar, por decreto, em tudo quanto era sítio, e que, como tal, é esculpida de peito ao léu. Acontece que, nesta foto actual, a República já está gorda de tanto fartar.

4 comentários:

Amélia das Marmitas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
JP disse...

Não compreendo: "O Estado passou a imiscuir-se na política legislativa". O que é isto? Melhor, como não será assim, em qualquer Estado?

João Amorim disse...

Caro JP

O Estado como Nação! Estado como realização cultural de indivíduos. Estado enquanto pátria e História uníssona, dos que estão, dos que passaram. O Estado não pode ser uma "entidade particular"! O Estado não pode ser "política" nem se Organizar segundo objectivos individualistas. O Estado – ATRAVÉS DOS SEUS SÍMBOLOS E DO SEU REPRESENTANTE – não deve possuir uma orientação partidária e pessoalista. A política – a "vida" política – deve pertencer aos cidadãos os quais se devem organizar enquanto forças sociais e/ou políticas com critérios assumidos e construidos em forma de lei, de éticas, de uma Constituição.

Já imaginou um novo partido político (pode ser um dos actuais) com maioria absoluta – ou terrorismo absoluto – mudar o nome deste seu país, mudar os símbolos nacionais para as cores do símbolo do partido "ganhador", mudar o nome das cidades, entrar na sua vida, na sua casa, obrigá-lo a mudar o seu nome e dos seus irmãos, obrigá-lo a assumir uma toponímia desconhecida??? Pois pode parar de imaginar. Recue a 5 de Outubro de 1910: estamos a pagar a conta.

Nuno Castelo-Branco disse...

Para nem sequer falarmos na "reforma" do português, logo após 1910.
Não me consta que os ingleses ou franceses se ralem muito com o ph em vez do f, etc.