sábado, 14 de março de 2009

A génese da nossa regeneração


Todos conhecemos as infra-estruturas de ensino construídas nas grandes cidades ao tempo da monarquia liberal. Todos reconhecemos pela sua traça característica o múltiplo equipamento construído pelo Estado Novo, ainda hoje parcela decisiva na oferta nacional. O abarracamento pré-construído é o estilo que marca o pós 25 de Abril em matéria de construção escolar onde impera o pladur e a cobertura lusalite ou argibetão. De facto no período democrático da república as prioridades foram as auto-estradas, centros comerciais e estádios de futebol. Passados mais de trinta anos, com um parque escolar muito degradado, começa-se finalmente a notar sinais de mudança com o anúncio de muitos milhões para a sua recuperação. E haverá com certeza mais boas notícias: por exemplo aqui no Estoril foi recentemente inaugurada a escola básica nº 1 de Alapraia, unidade modelar até do ponto de vista arquitectónico.
Em matéria de ensino, onde se joga o futuro e a proficiência e da nação, fica ainda a faltar a aposta mais difícil, porém decisiva: a reconstrução das escolas por dentro, na sua vocação e substancia. Desafio para o qual o regime não tem força ou vontade.

Na imagem D. Carlos em visita às obras do Lyceu Passos Manuel em Lisboa

1 comentário:

Nuno Castelo-Branco disse...

E o cómico da situação do "faz de conta", consistiu na azáfama de re-inaugurações promovidas pelo prp após 1910. Os liceus "franquistas" viram as coroas ser destruídas nos frontões e bastas vezes substituídas pela bola com a sigla RP. Mudam-se os símbolos e finge-se construir, para que umas décadas passadas, os basbaques ficarem a sonhar com a "república". Liceu Camões, Passos Manuel, Pedro Nunes, etc, etc, enfim, todos os grandes estabelecimentos de ensino da capital. Que ridículo...