terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ao jantar não comam Repúblicas


Hoje jantei com duas pessoas no âmbito de um projecto profissional. Um empresário de sucesso na área alimentar e um gestor de topo do sector bancário e político no activo. Entre o repasto houve um tema em comum: o sabor amargo do regime! Não sabia o pendor ideológico dos dois nem eles, porventura, sabem que eu sou um monárquico convicto – quero dizer, não tenho os meus argumentos construídos na areia ou numa divagação familiar – mas não deixa de ser curioso tantas críticas vindo de dois homens de bem com a vida!
Vou transcrever o mais fiel possível o desabafo da vida real.
Disse-me o afamado empresário:
– Cada vez penso mais onde Portugal vai parar com esta República!...
– Não me diga (disse eu, mais ou menos por estas palavras)!
– É que o "estado" confunde-se cada vez mais com o partido no poder e não vejo que o "nosso" chefe de estado esteja imune deste coisa... dos partidos, até parece que governa ao sabor das "facturas"... sinto-me sem poder para alterar o que seja, disse o outro conviva.
– ... não se preocupem, não tarda vai haver eleições, digo para os "sossegar".
– ... eu não me preocupo (disse o empresário), só não vejo solução para uma República que nos faz comemorar um desgosto de país sem vitórias que não sejam a impressão de uma digestão mal feita...

Mais frase menos frase, nenhum pediu a sobremesa! Venha o cafézinho que a conta é sempre enviada para nós. Quem nos manda comer Repúblicas...

1 comentário:

João Afonso Machado disse...

Boa Nuno!
Aproveite esses contactos. Quem tem noções de responsabilidade tem noções da porcaria.
O mais virá a seu tempo.
Abraço.